10.17533/udea.efyd.v35n2a07

URL DOI: http://doi.org/10.17533/udea.efyd.v35n2a07

Artículos de investigación

 

EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR: A PRESENÇA DA PESQUISA-AÇÃO

 

EDUCACIÓN FÍSICA ESCOLAR: LA PRESENCIA DE LA INVESTIGACIÓN-ACCIÓN

 

SCHOOL PHYSICAL EDUCATION: THE PRESENCE OF ACTION RESEARCH

 

 

Cíntia Aparecida Garcia1

Joilson Meneguci2

Flávio Henrique Lara da Silveira Zaghi3

Renata Damião4

Regina Maria Rovigati Simões5

 

1 Doutoranda e mestrada pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro, especialista pela Universidad Federal de Minas Gerais.

Pesquisadora em el grupo Desempenho Humano e Esporte e em el grupo Núcleo de Estudios de Actividade Física & Saúde.  Professora de Fisioterapia do Centro Universitário de Patos de Minas (Patos de Minas-Brasil).

cintiaagar@hotmail.com

2 Doutorando e mestrado pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro.

Professor sustituto do Departamento de Ciências do Esporte da Universidade Federal do Triângulo Mineiro, membro da Sociedade Brasileira de Atividade Física & Saúde, Sedentary Behaviour Research Network (SBRN) e Núcleo de Estudos em Atividade Física & Saúde (NEAFISA) (Patos de Minas-Brasil).

joilsonmeneguci@yahoo.com.br

3 Mestrado pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro e Licenciado em Educação Física pela Universidade Federal de São Carlos (Patos de Minas-Brasil).

flaviozaghi@hotmail.com

4 Doutora e mestrada pela Universidade Federal de São Paulo.

Professora Associada na Universidade Federal do Triângulo Mineiro (Patos de Minas-Brasil).

damiaorenata@hotmail.com

5 Pós-Doutora e mestrada pela Universidade Metodista de Piracicaba, doutora pela Universidade Estadual de Campinas.

Professora Adjunta do Programa de Pós-Graduação em Educação Física da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (Patos de Minas-Brasil).

rovigatisimoes@uol.com.br

 

García, C. A., Meneguci, J., Zaghi, F., Damião, R., & Simões, R.(2016). Educaçãofísica escolar: a presença da pesquisa-ação. Educación Física y Deporte, 35 (2), 403-426, Jul.-Dic. http://doi.org/10.17533/udea.efyd.v35n3a07


RESUMO

O presente trabalho teve como objetivo apresentar os estudos de vanguarda que utilizam a investigação da ação de metodologia em educação física. Recopilação procurou as investigações publicadas em bancos de dados, Biblioteca Virtual em saúde, LILACS, SciELO e Portal Periódicos CAPES, dos descriptors: action research, Educação física e educação física escolar.. Baseado na análise de conteúdo de Moraes (1999), 16 artigos foram selecionados e divididos em três categorias: 1) Contido de lições; 2) Planejamento e pedagógica prática e 3) Formação. Os resultados mostraram que o uso da investigação-ação pode ser considerado como uma importante dimensão educativa para o desenvolvimento da educação física.

PALAVRAS-CHAVE: Escola, Educação Física, Ensino.

 

RESUMEN

El presente trabajo tuvo como objetivo presentar el estado del arte de estudios que utilizaran la metodología investigación-acción en la educación física escolar. La recopilación de datos buscó investigaciones publicadas en las bases de datos: Biblioteca Virtual en salud, LILACS, SciELO y portal de periódicos CAPES, a partir de los descriptores: investigación-acción, educación física y educación física escolar. Con base en el Análisis de Contenidos de Moraes (1999), 16 artículos fueron seleccionados y distribuidos en tres categorías: 1) Contenidos de las lecciones; 2) Planificación y práctica pedagógica; y 3) Formación profesional. Los resultados mostraron que el uso de la investigación-acción puede ser considerada como una dimensión educativa significativa para el desarrollo de la educación física escolar.

PALABRAS CLAVE: Escuela, Educación Física, Enseñanza.

 

ABSTRACT

This report aims to present the state of art of studies that use action research methodology in Physical Education. The research looked for investigations published in the databases: Virtual Health Library; LILACS; SciELO; Journal Portal CAPES, through the descriptors: action research, physical education and physical education at school. Based on Content Analysis of Moraes (1999), 16 articles were selected and divided in three categories: 1) Lesson content; 2) Planning and teaching practice and 3) Vocational training. The results showed that the use of action research can be considered as a significant educative dimension for the development in Physical Education.

KEYWORDS: School, Physical Education, Teaching.

 

 

INTRODUÇÃO

Nas últimas décadas as preocupações relativas aos problemas educacionais no país vêm se tornando significativas. Para uma educação de boa qualidade, a escola necessita assumir o compromisso político e pedagógico, buscando caminhar com autonomia crítica e coletiva, acenando a possibilidade de mudança a partir da integração de saberes e atitudes políticas dos educadores (Venâncio & Darido, 2012).

O espaço escolar se caracteriza por múltiplos interesses e manifestos, que podem inferir na vida dos sujeitos, sendo nele e a partir dele que se instaura a prática pedagógica, constituindo-se em um local de possibilidades ou de limites tanto para o ato de ensinar como de aprender.

Neste contexto, a área da Educação Física ocupa o status de um elemento curricular sem uma clara definição de sua função no espaço escolar (Neira, 2008). Esta realidade é uma das preocupações do campo da Educação Física escolar, tanto que se observa na literatura, uma gama de produções acadêmicas que versam sobre práticas pedagógicas (Bracht, Pires, Garcia & Sofiste, 2002).

Uma forma de trabalhar uma proposta pedagógica, juntamente com a prática docente e com o projeto político pedagógico, é por meio da pesquisa-ação, que representa um veio privilegiado para a discussão de um dos maiores impasses enfrentados pelos educadores: a relação entre a teoria e a prática (Almeida & Fensterseifer, 2007; Miranda & Resende, 2006). Além disso, pode auxiliar no processo de formação continuada dos professores, associando o conhecimento da realidade com a prática pedagógica (Almeida & Fensterseifer, 2007).

Desde a sua origem, a pesquisa-ação adota uma postura diferenciada diante do conhecimento, pois busca simultaneamente conhecer e intervir na realidade da pesquisa. Essa imbricação entre pesquisa e ação faz com que o pesquisador, inevitavelmente, faça parte do universo pesquisado, o que, de alguma forma, anula a possibilidade de uma postura de neutralidade e de controle das circunstâncias de pesquisa (Franco, 2005).

A pesquisa-ação, de acordo com Thiollent (2008), é considerada uma metodologia de pesquisa, que acrescenta diversas técnicas da pesquisa social, realizada em estreita associação com uma ação ou com a resolução de um problema coletivo, no qual pesquisadores e participantes estão envolvidos de modo cooperativo e participativo.

O planejamento da pesquisa-ação tem como ponto de partida uma “fase exploratória” e como ponto de chegada “a comunicação dos resultados”. Intermediando estes dois grandes momentos incide uma multiplicidade de caminhos que devem ser seguidos conforme as circunstâncias e o cronograma de atividades. Os “atores”, nas ações investigadas, produzem, utilizam informações, orientam, tomam decisões e implementam as ações (Ens, Ploharski & Salles, 2001).

Visando analisar se a Educação Física escolar tem se apropriado da pesquisa-ação como uma estratégia metodológica de investigação, este artigo tem como objetivo apresentar e analisar o estado da arte de estudos que utilizam a metodologia pesquisa-ação na Educação Física escolar.

 

MÉTODOS

O estudo de revisão, tipo estado da arte, analisou um corpo de conhecimento relativo às temáticas da Educação Física, da escola e da pesquisa-ação. Textos sobre o estado da arte são de caráter bibliográfico e contribuem para a sistematização e avaliação da produção acadêmica em determinada área do conhecimento e num período previamente estabelecido, vislumbrando responder aspectos e dimensões que devem ser elucidados (Ferreira, 2002).

As etapas desenvolvidas constituíram-se de um levantamento dos artigos que utilizaram a pesquisa-ação em estudos sobre Educação Física, disponíveis online até o ano de 2013. A opção por um banco de dados virtual justifica-se por possibilitar boa visibilidade e garantir o acesso a pesquisas mais recentes sobre o tema.

As ferramentas de busca foram a Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) da Biblioteca Regional de Medicina (BIREME), pesquisa método integrado em todos os índices e fontes; a Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), formulário avançado; o Scientific Electronic Library Online (SciELO), formulário básico; e Portal Periódicos Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), busca avançada, através da combinação dos descritores: pesquisa-ação, educação física e educação-física escolar. Estas bases de dados foram selecionadas por constituírem referência para a área da Educação Física.

Em todas essas buscas foram utilizados como filtro o país da publicação (Brasil) e o idioma (português) e das revistas eletrônicas (brasileiras) só foram computadas as que possuíam ISSN (International Standard Serial Number - Número Internacional Normalizado para Publicações Seriadas).

Vale destacar que não foram considerados nos artigos pesquisados os textos utilizados em anais de congressos e artigos publicados em blogs. Outros aspectos evidenciados nesse estudo foram: a identificação das regiões da federação onde os trabalhos foram desenvolvidos, nível de ensino, revista e ano de publicação.

No levantamento foi obtida uma listagem de 36 artigos. Destes, foram excluídos 16, pois 14 eram duplicados, um não retratava o tema de interesse e um não foi publicado em revista nacional, perfazendo um total de 20 artigos a serem analisados, como apresentado na Tabela 1.

Tabela 1: Número de artigos encontrados e selecionados de acordo com as bases de dados pesquisadas.

Base de dados

Número de artigos encontrados

Número de artigos selecionados

BVS

10

10

LILACS

7

0

SciELO

6

4

Portal Periódicos CAPES

13

6

Total

36

20

Os 20 artigos selecionados foram catalogados, lidos e seus conteúdos analisados. Dentre as possibilidades de análise, optou-se pela Análise de Conteúdo proposta por Moraes (1999). Considerando que o pressuposto era verificar se o trabalho atendeu as etapas de realização da pesquisa-ação, ou seja 1) planejamento, 2) ação e 3) análise, esta técnica se propõe a responder – para dizer o quê? Desta forma para Moraes (1999, p.3), “o estudo se direciona para as características da mensagem propriamente dita, seu valor informacional, as palavras, argumentos e ideias nela expressos. É o que constitui uma análise temática”. Constitui uma metodologia de pesquisa usada para descrever e interpretar o conteúdo de toda classe de documentos e textos. Essa análise, conduzindo a descrições sistemáticas, qualitativas ou quantitativas, ajuda a reinterpretar as mensagens e a atingir uma compreensão de seus significados num nível que vai além de uma leitura comum.

Para isso houve dois momentos distintos, mas, ao mesmo tempo, interligados. O primeiro previu a análise do material coletado com o objetivo de identificar as Unidades de Análise e o segundo, a partir da seleção das Unidades de Análise, foi feita a classificação em Categorias. No tocante a identificação das Unidades de Análise, foi feito, necessariamente, uma redução dos achados para que, dessa forma, encontrasse as palavras chave de análise. Essas palavras chave, que emergiram da redução dos documentos analisados, fornece aos pesquisadores possibilidade de categorizar os achados.

Dos 20 artigos analisados, quatro trabalhos, que propuseram em sua metodologia a realização de uma pesquisa-ação, não possuíam tais características, reduzindo o número para 16 artigos. Estes foram analisados enquanto região de federação onde foram realizados, o nível de ensino pesquisado, a revista e ano de publicação.

Vale considerar que por se tratar de uma pesquisa realizada online, de acesso livre e público, não houve a submissão ao Comitê de Ética e nem a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.

 

RESULTADOS

A Tabela 2 apresenta a análise das características dos 16 artigos incluídos no presente estudo. Analisando as características citadas, observa-se que as regiões Sul e Sudeste foram as que mais se destacaram com estudos relacionando a pesquisa-ação em Educação Física escolar. De acordo com as investigações realizadas, todos os níveis de ensino foram estudados, dando-se uma relevância específica para o ensino fundamental em 13 dos 16 trabalhos apresentados.

Tabela 2: Características dos artigos selecionados enquanto local, nível de ensino pesquisado, revista publicada e ano de publicação.

Autor(es) (ano)

Cidade(s)

Estado

Nível(is) de Ensino

Periódico

Barroso & Darido (2010)

Vinhedo, Campinas e Valinhos

SP

Ensino Fundamental

Revista Brasileira de Educação Física e Esporte

Betti (2010)

 

 

Ensino Fundamental

Educar em Revista

Betti (2006)

 

 

Ensino Fundamental e Médio

Movimento

Brandl & Henn (2009)

Marechal Cândido Rondon

PR

Ensino Fundamental

Caderno de Educação Física: Estudos e Reflexões

Ferreira (2008)

 

 

Ensino Fundamental

Motriz

Freire & Feijó (2008)

Florianópolis

SC

Ensino Fundamental

Revista Brasileira Ciência do Esporte

Impolcetto & Darido (2007)

 

SP

Ensino Fundamental

Motriz

Kravchychyn et al. (2008)

Maringá

PR

Médio

Movimento

Marante & Santos (2008)

 

 

Educação Infantil e Ensino Fundamental

Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte

Mendes & Pires (2009)

Florianópolis

SC

Ensino Fundamental

Revista Brasileira Ciência do Esporte

Nascimento & Almeida (2007)

Santo Augusto

RGS

Ensino Fundamental

Movimento

Neira (2007)

Osasco

SP

Ensino Fundamental

Motriz

Neira (2008)

Osasco

SP

Ensino Fundamental

Pensar a Prática

Souza & Freire (2008)

São Paulo

SP

Médio

Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte

Souza & Pich (2013)

Itajaí

SC

 

Movimento

Venâncio & Darido (2012)

São Paulo

SP

Ensino Fundamental

Revista Brasileira de Educação Física e Esporte

A predominância destas regiões também pode ser identificada no estudo de Matos et al. (2013) sobre procedência territorial de artigos acerca de conteúdos da Educação Física escolar, e de Maldonado et al. (2014) em relação aos artigos que discutem o cotidiano escolar. Tal realidade se justifica por estas regiões serem importantes na produção científica brasileira, fruto de investimentos em programas de pós-graduação, uma vez que 65% dos programas da Área 21 estão nestas regiões e 45% dos cursos nas universidades e grupos de pesquisa do estado de São Paulo.

Em relação às revistas analisadas, Movimento e Motriz foram os periódicos que mais publicaram estudos relacionados a esta temática.  É importante destacar que estes dois periódicos se encontram em estratos A2 e B1, de acordo com o Qualis Periódicos - Plataforma Sucupira da CAPES, o que proporciona relevância e fidedignidade às informações relacionadas ao tema. Considerando os anos de publicação dos estudos, foi visto um aumento do número de artigos publicados entre 2006 a 2008.

Ao analisar o conteúdo dos artigos e seguindo os pressupostos de Moraes (1999), estabeleceu-se três categorias, a saber: 1) Conteúdo das Aulas; 2) Planejamento e Prática Pedagógica; e 3) Formação Profissional, como mostra a Tabela 3.

Tabela 3: Categorias dos artigos analisados.

Categorias

Estudos: Autor(es) (ano)

Conteúdo das Aulas

Betti (2006)

Impolcetto & Darido (2007)

Nascimento & Almeida (2007)

Neira (2007)

Freire & Feijó (2008)

Neira (2008)

Mendes & Pires (2009)

Barroso & Darido (2010)

Betti (2010)

Planejamento e Prática Pedagógica

Kravchychyn et al. (2008)

Marante & Santos (2008)

Souza & Freire (2009)

Brandl & Henn (2009)

Venâncio & Darido (2012)

Souza & Pich (2013)

Formação Profissional

Ferreira (2008)

Conteúdos das aulas

Na categoria Conteúdos das aulas de Educação Física os nove artigos analisados foram subdivididos nas temáticas lutas, mídia, ética, jogos e esportes e cultura corporal. Como se percebe, há uma preocupação maior em relação ao que deve ser ministrado nas aulas de Educação Física escolar, como discutido por Millen et al. (2010).

Em relação ao conteúdo de lutas, foi encontrado apenas um estudo, o de Nascimento & Almeida (2007). Esta pesquisa trouxe como objetivo investigar o potencial pedagógico do conteúdo lutas, destacando suas contribuições na Educação Física escolar. O desenvolvimento desta investigação partiu de discussões entre os pesquisadores sobre os limites e as possibilidades de se trabalhar o conteúdo lutas na escola. Esse processo de discussões torna-se um importante instrumento formativo para o pesquisador, à medida que caminha para construção de saberes e para seu compartilhamento (Franco, 2005).

As ações foram realizadas por meio da vivência prática das lutas, visualização e análise de vídeos e abordagem das lutas no plano conceitual e procedimental. No corpo do texto os autores não explicitam qual fundamento epistemológico utilizaram para construção do artigo. A princípio, a sensação que o texto transmite é que os autores realizaram uma intervenção cujo intuito foi desmitificar os conteúdos lutas no contexto escolar, tentando quebrar o paradigma de que esse conteúdo é restritivo dentro dos muros escolares. Considera-se que, o texto avança no sentido de evidenciar que a luta deve compor o rol de conhecimentos da Educação Física, porém o autor utiliza princípios pedagógicos baseados nos parâmetros curriculares nacionais, o que de certa forma é retrógado para os dias atuais. Como resultado, após as intervenções, foi possível perceber mudanças positivas consideráveis, mostrando possibilidades de realizar a prática de lutas e estímulo para novos estudos. Como pesquisa-ação, este estudo foi concebido e realizado, visando a resolução de um problema coletivo através de uma ação, no qual os pesquisadores e participantes do problema estavam envolvidos de modo cooperativo (Thiollent, 2008).

No conteúdo das aulas referente ao tema mídia, foram encontrados três artigos que utilizaram essa temática, sendo estes de Betti (2006, 2010) e Mendes & Pires (2009).

Os estudos de Betti (2006, 2010), constituíram-se do uso de matérias televisivas, sendo que seus temas foram selecionados em conjunto por interlocutor-pesquisador e interlocutores-professores. No estudo de Betti (2006), a fase de planejamento da pesquisa-ação aconteceu em reuniões com os professores participantes do estudo para escolha de matérias televisivas a serem trabalhadas nas escolas. O outro estudo de Betti (2010) teve como propósito discutir o desenvolvimento do processo avaliativo das aulas a partir de matérias televisivas.

Os instrumentos utilizados em ambos os textos como forma metodológica variaram entre descrições das aulas, reuniões dos professores, registros de filmagem das aulas e das reuniões, debates e produção escrita dos alunos após a exibição de matérias televisivas, questões pré-elaboradas, prova escrita para os alunos, e ao final do estudo, entrevistas filmadas e posteriormente transcritas, individuais aos interlocutores-professores.

Os dois artigos de Betti (2006, 2010) apresentam como objetivo precípuo uma maneira crítica de entendimento dos alunos baseado na cultura corporal de movimento, ou seja, o autor defende a proposta de inserção dos conteúdos conceituais, no caso específico desses artigos, os temas seriam materiais televisivos produzidos pela mídia acerca de diversos temas relacionados à Educação Física. A partir desses termos, o autor defende que essa contextualização corrobora para uma apropriação crítica da cultura corporal de movimento.

Ao final, os estudos de Betti (2006, 2010) relata que após a descrição das aulas, os registros filmados, resultante das estratégias utilizadas, foram apresentados e debatidos nas reuniões de trabalho, nas quais se procurou instaurar, mediante uma interlocução argumentativa (Thiollent, 2008), o processo de reflexão-ação entre os integrantes, através de um diálogo de caráter construtivo em que os professores participantes buscavam conjuntamente soluções para os problemas.

No artigo de Mendes & Pires (2009), a construção do estudo deu-se a partir de um curso de formação continuada, com os professores de Educação Física, sobre a temática da mídia na educação. Foi realizado um levantamento de informações com os estudantes, acerca dos Jogos Pan-Americanos, vivências e registros de duas modalidades esportivas. Como resultado final do estudo, foram confeccionados materiais informativos formativos (jornal e telejornal) e a socialização desses com toda a escola, em que a pesquisa-ação colaborou para a aproximação entre ensino e pesquisa, expandindo os ciclos de ação e reflexão entre os participantes nas práticas educativas (Betti, 2010). É importante frisar que neste artigo houve uma aproximação significativa com os escritos de Betti (2006, 2010). Pode-se, portanto, considerar que houve uma convergência no tocante as bases do conhecimento que sustentam os artigos. Ambos autores, utilizam da concepção da cultura corporal de movimento e principalmente da relação mídia-educação.

Na temática jogos como conteúdo das aulas de Educação Física, foi localizado apenas o artigo desenvolvido por Impolcetto & Darido (2007), que exibiu como objetivo verificar de que maneira o princípio da ética pode ser tratado nas aulas de Educação Física escolar, por meio de seus componentes (diálogo, respeito, justiça e solidariedade) empregando o conteúdo jogos. Os instrumentos utilizados foram questionário e entrevista semiestruturada e as ações se constituíram a partir de reuniões semanais em que eram tratados basicamente os temas de Educação Física escolar, jogo e ética. É plausível afirmar que os autores utilizam os Parâmetros Curriculares Nacionais para embasar a construção desse artigo, pois se apropriam da ética, a qual é prevista como tema transversal neste documento. No corpo do texto os autores trazem a ética como conteúdo a ser trabalho intencionalmente. Não concordamos com essa citação, pois inclinamos para a proposta de que a ética seja um tema transversal e não um conteúdo.

Ao final, os professores mostraram grande aprovação indicando que a pesquisa-ação possibilita a participação direta dos profissionais que podem compartilhar experiências e buscar soluções para uma problemática comum. Pimenta (2005) afirma que a pesquisa-ação envolve sujeitos que compõem um grupo com objetivos comuns apresentando interesse por algum problema, em determinando contexto, no qual, cada sujeito atua de forma resolutiva.

Para o conteúdo jogos e esportes foram localizados dois artigos. O estudo de Freire & Feijó (2008) teve como objetivo envolver crianças em atividades lúdicas, aumentando suas possibilidades de desenvolvimento nos planos motores, intelectuais, morais, afetivos, sociais e estéticos, para fortalecer os instrumentos de compreensão da realidade em que estão inseridas. Inicialmente foi traçado um perfil das crianças e posteriormente utilizado como instrumento, relatos de forma oral e escrita das mesmas. Vale ressaltar que os autores se apoiaram na perspectiva da transdisciplinaridade, a qual nomeou como Oficina do Jogo, para a inserção do tema, pois dessa forma, as crianças que participaram da intervenção melhoram seu desempenho nas outras disciplinas escolares. Além disso, os autores buscaram em obras renomadas conceitualizar o jogo. A ação foi aplicada através de práticas lúdicas e ao final da pesquisa pode ser observado o desenvolvimento dos aspectos intelectuais, sociais, morais, motores, afetivos e estéticos das crianças.

O estudo de Barroso & Darido (2010) trouxe como objetivo construir, implementar e avaliar uma proposta de ensino do voleibol nas três dimensões do conteúdo: conceitual, procedimental e atitudinal através de encontros para discussão do assunto e elaboração das atividades. A ação do estudo constitui-se pela aplicação das aulas pelos professores participantes sobre temas importantes relacionados ao esporte e envolvimento em eventos escolares.

Na análise dos resultados foi constatado um enriquecimento no conhecimento referente à Educação Física de acordo com os objetivos que giram em torno da pesquisa-ação. Esses objetivos visam contribuir para melhor equacionamento possível do problema considerado como central na pesquisa e obter informações que, por meio de outros procedimentos, não seria possível (Thiollent, 2008).

Ao analisar os artigos relacionados à cultura corporal como conteúdo nas aulas de Educação Física os dois artigos, desenvolvidos pelo mesmo autor, Neira (2007, 2008), embora sejam pesquisa-ação, foram publicados em periódicos diferentes, revista Motriz e revista Pensar a Prática, e apresentados com muitas semelhanças. Este dado pode ser percebido quando são avaliados os itens: objetivos, parágrafos, subdivisões do texto e referências.

O objetivo dos estudos consistiu em mapear a cultura corporal da comunidade escolar por intermédio de instrumentos como questionamento aos alunos em roda de conversa acompanhado do registro em diário de campo. Foram realizadas várias formas de aprendizagem dos saberes da cultura corporal. Como divulgação dos resultados, ocorreu uma atividade de retribuição para a comunidade através de pequenas oficinas durante uma feira cultural realizada pela escola.

Ao final, pode-se concluir que a prática pedagógica desenvolvida, proporcionou aos sujeitos da educação e aos alunos, um profundo repertório de conhecimento sobre a cultura corporal, posicionando aos educandos na condição de atores na aprendizagem e na reconstrução e criação dos saberes oriundos da cultura local (Neira, 2007).

A pesquisa-ação no âmbito escolar visa o desenvolvimento da prática docente, possibilitando que esta estratégia seja um meio para aprimorar o ensino (Tripp, 2005). Assim, a proposta de conteúdos para as aulas de Educação Física, a partir do desenvolvimento de pesquisa-ação, como evidenciado nos estudos apresentados, parece ser um caminho para apresentação de novas estratégias metodológicas.  

Planejamento e Prática Pedagógica

Na categoria Planejamento e Prática Pedagógica inseridas nas aulas de Educação Física foram classificados os artigos de Kravchychyn et al. (2008), Marante & Santos (2008), Souza & Freire (2009), Brandl & Henn (2009), Venâncio & Darido (2012) e Souza & Pich (2013).

No trabalho de Kravchychyn et al. (2008), a pesquisa-ação foi desenvolvida juntamente com os alunos do Ensino Médio, através do conhecimento da realidade local, e da criação de um planejamento e nova metodologia de ensino. As aulas, sob uma nova perspectiva foram elaboradas em conjunto (professor da disciplina e pesquisadores) e aplicadas pelo professor. A análise dos resultados foi a partir de relatórios de atividades, entrevistas e questionários. As ações didático-pedagógicas e o método de ensino foram desenvolvidos de forma satisfatória, em que o modelo de pesquisa-ação escolhido caracterizou os professores como corresponsáveis além de coparticipantes.

No tocante a este artigo, vale ressaltar que os autores utilizaram da pedagogia histórico-crítica no desenvolvimento de sua pesquisa, o que influência a construção curricular proposta pelos autores. Além disso, constatou-se que houve uma valorização do componente curricular não somente dentro dos muros escolares, mas para a vida dos alunos.

O artigo de Souza & Freire (2009) também apresentou a proposta de planejamento de aulas com a participação de alunos do Ensino Médio. A pesquisa constituiu das seguintes etapas: aproximação com a instituição, elaboração de um planejamento participativo, exposição de propostas e objetivos aos alunos para as aulas de Educação Física e aplicação de formulário e questionário aos alunos. Ao final os pesquisadores concluíram que o planejamento participativo é uma ferramenta importante a ser aplicada no Ensino Médio e pode modificar o ambiente educacional, trazendo o aluno para o processo de construção, entendendo o seu mundo, possibilitando um ambiente democrático com uma abordagem aberta de ensino. Diferentemente do artigo escrito por Kravchychyn et al. (2008), Souza & Freire (2009) não deixam claro qual o entendimento de Educação Física que utilizaram para a construção do seu trabalho.

Vale destacar que os trabalhos de Kravchychyn et al. (2008) e Souza & Freire (2009) foram caracterizados como pesquisa-ação por seguirem uma metodologia cíclica, identificando primeiramente o problema, planejando uma solução, implementando, monitorando e avaliando sua eficácia como descrito por Tripp (2005).

Marante & Santos (2008), em seu estudo, propuseram o planejamento das aulas visando atender as dimensões do conteúdo conceitual, procedimental e atitudinal para alunos do Ensino Infantil e Fundamental. Os professores analisaram suas aulas a partir da análise documental e do plano de ação. O plano de ação se constituiu em fichas de observação de aulas pelos professores e análise, estudo bibliográfico sobre o tema, ações a serem tomadas para resolução dos problemas e análise dos resultados.

O estudo de Barroso & Darido (2010), também propôs o planejamento das aulas visando atender as dimensões do conteúdo conceitual, procedimental e atitudinal no ensino do voleibol. Ambos as investigações constataram que os professores e alunos conseguiram enriquecer seu conhecimento referente à Educação Física escolar.

Esses dois últimos artigos são bem similares, haja vista que os autores usaram da mesma concepção de conteúdos o que de certa maneira deixa o assunto repetitivo e maçante. Concordamos que estudos relacionados a planejamento participativo seja interessante e importante para a Educação Física, porém devemos avançar no que tange aos conhecimentos da área, buscando novas soluções e inovações.

A pesquisa-ação apresentada no estudo de Brandl & Henn (2009) apontou a contribuição dada pelos pesquisadores a partir da observação de aulas ministradas por professores de Educação Física para alunos das séries iniciais do Ensino Fundamental. O estudo deu-se pelas seguintes etapas: acompanhamento dos profissionais, descrições em ficha própria e planilhas com informações de cada atividade, análise de resultados, discussões entre professores, e palestras no final do semestre. Caminhos alternativos foram apresentados, quando houve necessidade. Os resultados da pesquisa foram satisfatórios à medida que todos os participantes apresentaram mudanças significativas em favor da prática pedagógica participativa, o que vai ao encontro dos pressupostos da pesquisa-ação.

O trabalho desenvolvido por Venâncio & Darido (2012) objetivou apresentar o entendimento que um grupo de professoras de Educação Física que trabalham no Ensino Fundamental sobre o significado do Projeto Político Pedagógico no ambiente escolar. Para isso, foram realizadas reuniões para discussão de temas, problematização do projeto político pedagógico e das vivências da prática pedagógica. Como resultado, a participação das professoras concretizou-se a partir das experiências individuais e coletivas, desencadeando um diálogo que problematizava a escola pelo olhar da Educação Física, elevando o nível de consciência do grupo de professoras, que se caracteriza como um dos princípios da pesquisa-ação (Thiollent, 2008).

Considerando que a Educação Física é um componente curricular da escola regular e que esta instituição deve ser o espaço em que se realiza o sentido de inclusão e aceitação social plena da pessoa com e sem deficiência, o estudo de Souza & Pich (2013) teve o objetivo de reorientar da prática pedagógica dos professores de Educação Física na perspectiva da inclusão escolar a partir da pesquisa-ação. Assim, foram realizadas observações livres das aulas dos professores participantes e registradas em diários de campo. Ao longo da pesquisa foram efetivadas oficinas, seminários, e, no final, dois encontros pautados nos critérios do grupo focal. A seleção das temáticas das oficinas e seminários foi definida atendendo a demanda do grupo, iniciando, porém, com a discussão conceitual da inclusão. Para os professores, a pesquisa promoveu a conscientização com relação ao aluno com deficiência e o planejamento da prática pedagógica numa perspectiva inclusiva, principalmente por suas aulas estarem voltadas ao rendimento esportivo.

A pesquisa-ação considera que a voz do sujeito faz parte da tessitura da metodologia da investigação, não se fazendo por meio de etapas de um método, mas se organizando pelas situações relevantes que emergem o processo, em que o sujeito deve tomar consciência das transformações que vão ocorrendo em si e no processo, dando um caráter formativo dessa modalidade de pesquisa (Franco, 2005).

Desta forma, constatamos que todos os artigos anteriormente citados foram construídos a partir da identificação das limitações dos procedimentos convencionais existentes voltados à resolução de problemas reais, em que os pesquisadores e participantes tiveram papéis significativos na pesquisa, ratificando os preceitos da pesquisa-ação.

Formação Profissional

Em relação à categoria Formação Profissional foi encontrado um estudo proposto por Ferreira (2008), que teve como objetivo compreender em que medida o programa formativo implementado contribuiu para a formação dos professores e dos licenciandos envolvidos. Os instrumentos de coleta se caracterizavam por encontros mensais, com o objetivo de discutir, avaliar, sugerir elementos para a intervenção docente e construir novos planejamentos de aulas aplicadas por eles, que contava com a observação participante e os diários de aula.

Como resultado foi possível destacar a construção de novas estratégias de ensino, e identificar as dificuldades que professores e licenciandos apresentaram em estabelecer os objetivos que pretendiam atingir em suas aulas.

É parte da pesquisa-ação a melhora da prática de ensino daqueles que atuam na prática pedagógica, sendo também uma estratégia metodológica para preparação inicial e continuada de docentes (Tripp, 2005). A pesquisa-ação desenvolvida com estes atores possibilita não só uma compreensão da realidade, mas sim um meio para resolução de problemas na atuação profissional. Apesar da análise de dados nos remeter a somente um artigo que trabalhe especificadamente com o tema de formação de professores, fica evidente nos outros textos descritos que a formação de professores é compreendida na interface da pesquisa-ação. Essa perspectiva não foi o objetivo principal, contudo existe um alicerce entre essa metodologia de pesquisa e a formação de professores.

Considerações finais

Não é simples definir que tipo de conhecimento é necessário à prática profissional. Os profissionais devem se desvincular de programas e modelos pré-determinados de aprendizagem, pois na sua atuação profissional o público é heterogêneo, as necessidades são diferentes, as estratégias precisam ser mudadas e os problemas se modificam constantemente.

No campo da investigação, os artigos analisados utilizaram a pesquisa-ação como metodologia e buscaram maneiras efetivas de contribuir para prática da Educação Física escolar, com a preocupação da atuação dos professores e alunos. Essa ferramenta metodológica mostrou-se eficiente no processo de ensino aprendizagem, podendo ser eficaz em discussões relacionadas ao planejamento de aulas, conteúdos a serem trabalhados e formação profissional.

Além disso, esse tipo de proposta procura unir pesquisa à ação ou à prática, ou seja, desenvolve o conhecimento e a compreensão como parte da prática, com vista a melhora-la, e isto é um dos desafios e preocupações da Educação Física na escola já há vários anos.

Agir desta maneira altera o movimento tradicional encontrado no espaço escolar, uma vez que se origina nos problemas concretos vividos no cotidiano das aulas e envolve de forma coletiva os atores do processo, o que na área da Educação é essencial (Engel, 2000).

Apesar disto, sabemos que este tipo de pesquisa tem limitações, pois demanda tempo e interesse tanto por parte dos pesquisadores, quanto daqueles sujeitos que estão sendo os atores da investigação. Contudo, fica evidente a necessidade de novos estudos que se pautem neste tipo de investigação na Educação Física escolar, uma vez que considerando a produção sobre a temática em questão, ainda são quantitativamente incipientes as investigações que versam sobre pesquisa-ação.

Talvez, o número reduzido de produções se justifique em função também da falta de generalização que ela proporciona, uma vez que o propósito da resolução dos problemas é situacional e específico. Uma outra questão é que os envolvidos devem minimamente ter conhecimento teórico para implementar este tipo de pesquisa.

Concluímos que essa metodologia de pesquisa, pedagogicamente estruturada, deva ser utilizada tanto para a produção de conhecimento bem como para a formação de sujeitos pesquisadores críticos e reflexivos na área da Educação Física escolar, pois a mudança imediata que ela proporciona é sem dúvida essencial para alterações de rotas do cotidiano escolar.

 

REFERÊNCIAS

1.      Almeida, L., & Fensterseifer, P. E. (2007). Professoras de Educação Física: duas histórias, um só destino. Movimento, 13(2), 13-35.

2.      Barroso, A. L. R., & Darido, S. C. (2010). Voleibol escolar: uma proposta de ensino nas dimensões conceitual, procedimental e atitudinal do conteúdo. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte, 24(2), 179-194.

3.      Betti, M. (2006). “Imagens em ação”: uma pesquisa-ação sobre o uso de materias televisivas em programas de educação física do ensino fundamental e médio. Movimento, 12(2), 95-120.

4.      Betti, M. (2010). Imagens em avalia-ação: uma pesquisa-ação sobre o uso de matérias televisivas em aulas de educação física. Educar em Revista, 2, 137-152.

5.      Bracht, V., Pires, R., Garcia, S. P., & Sofiste, A. F. S. (2002). A prática pedagógica em Educação Física: a mudança a partir da pesquisa-ação. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, 23(2), 9-29.

6.      Brandl, I., & Henn, C. E. B. (2009). Um estudo dos métodos de ensino utilizados nas aulas de educação física nas séries iniciais do ensino fundamental. Caderno de Educação Física, 8(14), 19-26.

7.      Engel, G. I. (2000). Pesquisa-ação. Educar em Revista, 16, 181-191.

8.      Ens, R. T., Ploharski, N. R., & Salles, S. T. C. (2001). A pesquisa e o fazer pedagógico: gerar e difundir conhecimentos. Revista Diálogo Educacional, 2(4), 67-84.

9.      Ferreira, L. A. (2008). Ensinando e aprendendo na ação docente em educação física. Motriz, 14(1), 30-40.

10.  Ferreira, N. S. A. (2002). As pesquisas denominadas “Estado da Arte”. Educação & Sociedade, 23(79), 257-272.

11.  Franco, M. A. S. (2005). Pedagogia da pesquisa-ação. Educação e Pesquisa, 31(3), 483-502.

12.  Freire, J. B., & Feijó, A. T. M. (2008). Oficinas do jogo: Uma abordagem pedagógica transdisciplinar nas séries iniciais do ensino fundamental. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, 29(3), 107-121.

13.  Impolcetto, F. M., & Darido, S. (2007). Ética como tema transversal: possibilidades de aplicação nas aulas de educação física escolar. Revista Motriz, 13(1), 14-23.

14.  Kravchychyn, C., Oliveira, A. A. B., & Cardoso, S. M. V. (2008). Implantação de uma proposta de sistematização e desenvolvimento da educação física do Ensino Médio. Movimento, 14(2), 39-62.

15.  Maldonado, D. T., Silva, S. A., & Miranda, M. L. J. (2014). Pesquisas sobre a Educação Física no cotidiano da escola: o estado da arte. Movimento, 20(4), 1373-1395.

16.  Marante, W. O., & Santos, M. C. (2008). Metodologia de ensino da educação física: reflexão e mudanças a partir da pesquisa ação. Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte, 7(2), 69-83.

17.  Matos, J. M. C., Schneider, O., Mello, A. S., & Ferreira Neto, W. S. (2013). A produção acadêmica sobre conteúdos de ensino na educação física escolar. Movimento, 19(2), 123-148.

18.  Mendes, D. S., & Pires, G. L. (2009). Desvendando a janela de vidro: relato de uma experiência escolar de mídia-educação e Educação Física. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, 30(3), 79-94.

19.  Millen, A. R., Silva, M. A. C., Costa, F. R., & Soares, A. J. G. (2010). La educación física y las políticas curriculares del municipio de Barra do Farnaó. Educación Física y Deporte, 29(2), 169-177.

20.  Miranda, M. G., & Resende, A. C. A. (2006). Sobre a pesquisa-ação na educação e as armadilhas do praticismo. Revista Brasileira de Educação, 11, 511-518.

21.  Moraes, R. (1999). Análise de conteúdo. Educação, 22(37), 7-32.

22.  Nascimento, P. R. B., & Almeida, L. (2007). A tematização das lutas na Educação Física escolar: restrições e possibilidades. Movimento, 13(3), 91-110.

23.  Neira, M. G. (2007). Valorização das identidades: a cultura corporal popular como conteúdo do currículo da Educação Física. Motriz, 13(3), 174-180.

24.  Neira, M. G. (2008). A cultura corporal popular como conteúdo do currículo multicultural da Educação Física. Pensar a Prática, 11(1), 81-89.

25.  Pimenta, S. G. (2005). Pesquisa-ação crítico-colaborativa: construindo seu. Educação e pesquisa, 31(3), 521-539.

26.  Souza, A. G., & Freire, E. S. (2009). Planejamento participativo e Educação Física: envolvimento e opinião dos alunos do Ensino Médio. Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte, 7(3), 29-36.

27.  Souza, G. C., & Pich, S. (2013). A reorientação da ação pedagógica na Educação Física sob a perspectiva da inclusão: a pesquisa-ação como caminho. Movimento, 19(3), 149-169.

28.  Thiollent, M. (2008). Metodologia da Pesquisa-ação (16ª ed.). São Paulo: Cortez.

29.  Tripp, D. (2005). Pesquisa-ação: uma introdução metodológica. Educação e Pesquisa, 31(3), 443-466.

30.  Venâncio, L., & Darido, S. C. (2012). A educação física escolar e o projeto político pedagógico: um processo de construção coletiva a partir da pesquisa-ação. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte, 26(1), 97-109.

 

Recibido: 2016-04-28

Aprobado: 2016-09-30