Efeitos agudos do treinamento de força com perda de velocidade em adultos jovens

Resumo

A relação entre os índices de esforço e fadiga parece ser um fator determinante no efeito e nas adaptações subsequentes do treinamento de força em adultos jovens. A metodologia de treinamento baseada em velocidade permite o ajuste imediato desses parâmetros, tornando a relação dose-resposta mais eficaz para cada sessão. O objetivo deste estudo é identificar os efeitos do treinamento de força baseado na velocidade propulsiva média (VPM) com diferentes porcentagens de perda da velocidade de execução (VL de 10 % e VL de 40 %) sobre o índice de fadiga e o índice de esforço em um grupo de adultos jovens não treinados. Dez adultos jovens participaram de uma sessão de treinamento de agachamento profundo com uma VL de 10 %, e 78 horas depois, com uma VL de 40 %. O VPM, o número de séries e as repetições foram registrados para estimar os índices de esforço e fadiga. Foram realizadas análises descritivas (média e desvio padrão) e análise das diferenças médias com o teste t para amostras relacionadas. A melhor média de VPM do treinamento com 10 % de VL foi de 0,73 (± 0,098); o índice de fadiga foi de 5,75 (± 4,42); e o índice de esforço foi de 4,50 (± 4,01). A melhor média de VPM do treinamento com 40 % de VL foi de 0,72 (± 0,107); o índice de fadiga foi de 20,4 (± 5,25); e o índice de esforço foi de 15,05 (± 5,28). Foram encontradas diferenças médias estatisticamente significativas na VPM média (média 0,11 ± 0,47 p=0,000); na potência média (média 30,63 ± 30,74 p≤0,012); no índice de fadiga (média -14,11 ± 5,13 p=0,000); e no índice de esforço (média -10,54 ± 4,40 p=0,000). O ajuste da carga e do volume de treinamento com base nos índices de fadiga e esforço poderia maximizar as adaptações musculares e minimizar o risco de lesões durante o exercício, garantindo a sustentabilidade de longo prazo dos programas de treinamento e dos métodos de avaliação da força.