Efeitos do Treinamento Intervalado de Alta Intensidade (HIIT) sobre a potência muscular e o desempenho desportivo em para-ciclistas

Resumo

O objetivo do estudo foi analisar os efeitos do treinamento intervalado de alta intensidade (HIIT) sobre a potência muscular e o desempenho atlético de paraciclistas do sexo masculino nas classes T1 e T2 durante quatro semanas. Foi realizado um estudo quase experimental e não controlado com uma amostra não probabilística de quatro participantes do sexo masculino (23,25 ± 7,27 anos; 175,25 ± 3,35 cm; 62,10 ± 1,84 kg) com paralisia cerebral, membros da Comissão Departamental de Paracycling de Cauca, Colômbia. Os quatro atletas realizaram o HIIT em um cicloergômetro durante quatro semanas, com duas sessões por semana. O treinamento baseou-se na intensidade em watts (W) de potência de pico, medida em um teste de esforço para o HIIT longo e no teste anaeróbico de Wingate para o HIIT curto, realizados antes do treinamento. A carga de exercício e sua resposta fisiológica foram monitoradas pela frequência cardíaca (FC) e pela escala de taxa de esforço percebido (TEP) ao término do exercício. Os dados foram analisados com o programa estatístico SPSS 24.0. Foram utilizadas estatísticas descritivas e os testes Shapiro-Wilk, t de Student para amostras pareadas e de Wilcoxon para dados não paramétricos. Três atletas concluíram o estudo. Houve mudanças numéricas positivas no teste anaeróbico de Wingate (342,76 ± 113,32 W vs. 399,73 ± 104,92 W) e no VO₂máx (2358,88 ± 345,68 ml-kg^-1 min^-1 vs. 2497 ± 63,21 ml-kg^-1 min^-1). Os tempos de contrarrelógio individual de 14 km (2489 ± 4,24 s vs. 2338,25 ± 18,73 s) e de 20 km (2775 s vs. 2674 s) foram reduzidos para as classes esportivas T1 e T2, respectivamente. Portanto, quatro semanas de treinamento HIIT afetaram positivamente o VO₂máx, a potência muscular e o desempenho esportivo de atletas de paraciclismo das classes T1 e T2.