“ A alma da mulher brasileira explodiu em vibrante protesto”. Condições de trabalho feminino e formas de resistência em fábricas têxteis do Rio de Janeiro nas primeiras décadas do século XX

Autores

  • Felipe Augusto dos Santos Ribeiro Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.
  • Isabelle Cristina da Silva Pires Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil

DOI:

https://doi.org/10.17533/udea.trahs.n12a04

Palavras-chave:

Condições de trabalho, operárias têxteis, relações de gênero, modos de resistência.

Resumo

Este artigo pretende analisar as relações de gênero em fábricas de tecidos do Rio de Janeiro, destacando as condições do trabalho feminino nos primeiros anos do século XX, bem como os modos de resistência utilizados pelas tecelãs diante de diversos tipos de exploração. As operárias têxteis trabalhavam longas horas, em ambientes insalubres, recebiam remunerações menores do que as atribuídas aos homens e ainda eram vistas por estes como mão de obra concorrente. Contudo, diversas trabalhadoras lutaram coletivamente por melhores condições de trabalho e vida. Destarte, este estudo prioriza a abordagem dessas ações de reivindicação exercidas dentro e fora das fábricas.

|Resumo
= 470 veces | PDF
= 323 veces|

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Felipe Augusto dos Santos Ribeiro, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.

 

Doctor en História, Política e Bens Culturais por el Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (CPDOC) de la Fundação Getúlio Vargas (FGV). Actualmente realiza una estancia posdoctoral en el Instituto Multidisciplinar de la Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.

 

Isabelle Cristina da Silva Pires, Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil

Estudiante de Maestría en História, Política e Bens Culturais del Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (CPDOC) de la Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Referências

FONTES MANUSCRITAS

Arquivo Nacional, Rio de Janeiro (AN)

Acervo da Fundação Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro (BN)

FONTES IMPRESSAS

Prefeitura do Distrito Federal. Recenseamento do Rio de Janeiro (Districto Federal). Realisado em 20 setembro de 1906. Rio de Janeiro: Officina da Estatística, 1907.

PERIÓDICOS

A Época (Rio de Janeiro) 1913-1917.

A Lanterna (Rio de Janeiro) 1916.

A Razão (Rio de Janeiro) 1917-1918.

A Voz do Trabalhador (Rio de Janeiro) 1908-1913.

Brazil Operário (Rio de Janeiro) 1903.

Correio da Manhã (Rio de Janeiro) 1903-1909.

Gazeta Operária (Rio de Janeiro) 1902-1903.

Jornal do Brasil (Rio de Janeiro) 1901.

O Baluarte (Campos) 1911.

O Fluminense (Niterói) 1907.

O Malho (Rio de Janeiro) 1903.

The Rio News (Rio de Janeiro) 1899.

BIBLIOGRAFIA

Azevedo, Francisca Nogueira de. Malandros desconsolados: O diário da primeira greve geral no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Relume-Dumará: Prefeitura, 2005.

Blay, Eva Alterman. Trabalho domesticado: a mulher na indústria paulista. São Paulo: Editora Ática, 1978.

Chalhoub, Sidney. Trabalho, lar e botequim: o cotidiano dos trabalhadores no Rio de Janeiro da Belle Époque. Campinas: Editora da Unicamp, 2012.

Esteves, Martha de Abreu. Meninas perdidas: os populares e o cotidiano do amor no Rio de Janeiro da Belle Époque. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1989.

Farnsworth-Alvear, Ann. “El misterioso caso de los hombres desaparecidos: género y clase en el Medellín de comienzos de la era industrial”. Historia y Sociedad 3 (1996): 141-167.

Fraccaro, Glaucia Cristina Candian. “Os direitos das mulheres – Organização social e legislação trabalhista no entreguerras brasileiro (1917-1937)”. Tese de doutorado em História, Universidade Estadual de Campinas, 2016.

Gazzola, Tranquillo e Maria Lúcia Franco Azambuja. “A mulher e o processo produtivo”. Publicatio UEPG – Ciencias Humanas 8.1 (2000): 31-49.

Goldmacher, Marcela. “A ‘Greve Geral’ de 1903: O Rio de Janeiro nas décadas de 1890 e 1910”. Tese de doutorado em História, Universidade Federal Fluminense, 2009.

Hahner, June E. Emancipação do sexo feminino: A luta pelos direitos da mulher no Brasil, 1850-1940. Florianópolis: Ed. Mulheres / Santa Cruz do Sul: EDUNISC, 2003.

Lloyd, Reginald. Dir. Impressões do Brazil no seculo vinte: sua historia, seo povo, commercio, industrias e recursos. Londres: Lloyd’s Greater Britain Publishing Company, 1913.

Matos, Maria Izilda e Andrea Borelli. “Espaço feminino no mercado produtivo”. Nova História das Mulheres no Brasil. Orgs.Carla Bassnezi Pinsky e Joana Maria Pedro. São Paulo: Editora Contexto, 2013.

Monteiro, Ana Maria Ferreira da Costa. Empreendedores e investidores em indústria têxtil no Rio de Janeiro: 1878-1895. Uma contribuição para o estudo do capitalismo no Brasil. Dissertação de mestrado, Universidade Federal Fluminense, 1985.

Moura, Esmeralda Blanco Bolsonaro de. Mulheres e menores no trabalho industrial: os fatores sexo e idade na dinâmica do capital. Petrópolis: Editora Vozes, 1982.

Oliveira, Márcio Piñon de. “Quando a fábrica cria o bairro: estratégias do capital industrial e produção do espaço metropolitano no Rio de Janeiro”. Scripta Nova - Revista Electrónica de Geografía y Ciencias Sociales 10.218 (2006). http://www.ub.edu/geocrit/sn/sn-218-51.htm (25/09/2017).

Pena, Maria Valéria Junho. Mulheres e trabalhadoras: presença feminina na constituição do sistema fabril. Rio de Janeiro: Paz e Terra. 1981.

Perrot, Michelle. As mulheres ou os silêncios da história. Bauru: EDUSC, 2005.

Rago, Margareth. Do cabaré ao lar: a utopia da cidade disciplinar. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1985.

Schettini, Cristiana e Fabiane Popinigis. “Empregados do comércio e prostitutas na formação da classe trabalhadora no Rio de Janeiro republicano”. ArtCultura 11.19 (2009): 58-74.

Stein, Stanley J. Origens e evolução da Indústria têxtil no Brasil – 1850/1950. Rio de Janeiro: Campus, 1979.

Stolcke, Verena. “Mulher e trabalho”. Estudos Cebrap 26 (1980): 81-117.

Versiani, Flávio Rabelo. “Industrialização e economia de exportação: a experiência brasileira antes de 1914”. Revista Brasileira de Economia 34.1 (1980): 3-40.

Weid, Elisabeth von der e Ana Marta Rodrigues Bastos. O fio da meada: estratégia de expansão de uma indústria têxtil: Companhia América Fabril: 1878-1930. Rio de Janeiro: Fundação Casa Rui Barbosa / Confederação Nacional da Indústria, 1986.

Weinstein, Barbara. “As mulheres trabalhadoras em São Paulo: de operárias de não-qualificadas a esposas profissionais”. Cadernos Pagu 4 (1995): 143-171.

Downloads

Publicado

2018-07-17

Como Citar

dos Santos Ribeiro, F. A., & da Silva Pires, I. C. (2018). “ A alma da mulher brasileira explodiu em vibrante protesto”. Condições de trabalho feminino e formas de resistência em fábricas têxteis do Rio de Janeiro nas primeiras décadas do século XX. Trashumante. Revista Americana De Historia Social, (12), 54–75. https://doi.org/10.17533/udea.trahs.n12a04

Edição

Seção

Número temático: "Historia social del trabajo de mujeres en perspectiva de género. América Latina, siglos XIX y XX"