Autobiografia e práticas corporais na formação de professores para uma cultura de paz
Palavras-chave:
autobiografia, cultura de paz, etnografia educacional, treinamento de professores, práticas corporais, transformação socialResumo
O currículo do Instituto de Educação Física e Esporte da Universidad de Antioquia busca compreender as raízes históricas do conflito armado na Colômbia e seu impacto nas comunidades locais, com o objetivo de contribuir para a reconstrução do tecido social por meio do conhecimento histórico, da reflexão e da análise crítica do ser, do saber, do poder e do ensino. Nesse sentido, a abordagem dos programas permite que os estagiários do Instituto enfrentem desafios educacionais em contextos de vulnerabilidade social no bairro de Santo Domingo, em Medellín, com o objetivo de promover uma cultura de paz e transformação social por meio de práticas corporais e estéticas, bem como de metodologias inovadoras. Este artigo descreve uma experiência que teve três objetivos: (1) treinar estagiários, professores e gerentes de forma ética, crítica e política, enfatizando seu papel como agentes do Estado para a construção da paz em uma comunidade marginalizada; (2) fortalecer o papel da universidade na formação de profissionais para territórios vítimas do conflito; e (3) analisar criticamente o papel dos estagiários na esfera acadêmico-comunitária. Para isso, foi realizado um estudo interdisciplinar que integrou o diálogo do conhecimento, a etnografia educacional, os círculos de pesquisa de reflexão-ação e o uso da arte como ferramenta educacional. A pesquisa se baseou no relato autobiográfico do aluno para analisar as principais experiências e relacionamentos subjacentes à realização de seu estágio pedagógico de interesse, tornando a investigação narrativa tanto um método quanto um objeto de estudo. Os resultados mostraram um impacto significativo no treinamento de novos professores, com atenção especial à relevância social, histórica e política das práticas educacionais em contextos pós-conflito. Além disso, a inclusão social e a coesão comunitária foram promovidas por meio de estratégias pedagógicas adaptadas às necessidades sociais e a uma compreensão territorial sensível.
Downloads
Referências
1. Cachorro, G. A. (2009). Prácticas corporales. Traducción de sentidos en la ciudad. Pensar a Prática, 12(2), 1-0. https://doi.org/10.5216/rpp.v12i2.6326
2. Castro-Gómez, S. (2007). Decolonizar la universidad. La hybris del punto cero y el diálogo de saberes. En S. Castro-Gómez y R. Grosfoguel (Eds.), El giro decolonial. Reflexiones para una diversidad epistémica más allá del capitalismo global (pp. 79-91). Siglo del Hombre Editores. https://www.ram-wan.net/restrepo/decolonial/14-castro-descolonizar%20la%20universidad.pdf
3. Comisión de la Verdad. (2022). Hay futuro si hay verdad. Informe final de la Comisión para el Esclarecimiento de la Verdad, la Convivencia y la No Repetición. https://www.comisiondelaverdad.co/hay-futuro-si-hay-verdad
4. Echavarría, J. M. (2018). Works. Toluca Editions.
5. Fisas, V. (2011). Educar para una cultura de paz. Quaderns de Construcció de Pau, (20), 1-10. https://escolapau.uab.cat/img/qcp/educar_cultura_paz.pdf
6. Golombek, P. R., y Johnson, K. E. (2004). Narrative Inquiry as a Mediational Space: Examining Emotional and Cognitive Dissonance in Second-Language Teachers' Development. Teachers and Teaching, 10(3), 307-327. https://doi.org/10.1080/1354060042000204388
7. Guerrero Bravo, E. E., Muñoz Bedoya, J. M., Osorio Linares, L. M., Restrepo Álvarez, L. D., y Hoyos Henao, L. V. (2022). Los círculos de investigación-acción-reflexión como ruta para la formación inicial del profesorado de educación física con pertinencia social [Trabajo de grado, Universidad de Antioquia]. https://hdl.handle.net/10495/29138
8. Jimeno Salvatierra, P. (2000). De la etnografía antropológica a la etnografía educativa. Revista Complutense de Educación, 11(2), 219-228. https://revistas.ucm.es/index.php/RCED/article/view/RCED0000220219A
9. Lemaitre Ripoll, J. (2019). El Estado siempre llega tarde. La reconstrucción de la vida cotidiana después de la guerra. Siglo XXI.
10. López de Maturana Luna, S. (2016). Posicionamiento político del profesorado: retos de la profesionalidad docente. Educación de Adultos y Procesos Formativos, (3). https://www.educaciondeadultosprocesosformativos.cl/index.php/revistas/revista-n-3/35-posicionamiento-politico-del-profesorado-retos-de-la-profesionalidad-docente
11. Martínez Bonafé, J., y Rogero Anaya, J. (2021). El entorno y la innovación educativa. REICE. Revista Iberoamericana sobre Calidad, Eficacia y Cambio en Educación, 19(4), 71-81. https://doi.org/10.15366/reice2021.19.4.004
12. Moreno Gómez, W. (2018). El cuerpo en la escuela: los dispositivos de la sujetación. Expomotricidad, (2007), 149-175. https://revistas.udea.edu.co/index.php/expomotricidad/article/view/335273
13. Smyth, J. (1991). Una pedagogía crítica de la práctica en el aula. Revista de Educación, (294), 275-300. http://hdl.handle.net/11162/70287
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Juan Pablo González Cano
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.