Milho colombiano vs. Americano: qualidade, composição química, teor de micotoxinas e energia metabolizável

Autores

  • Yandy J. Aguillón-Páez Universidade Nacional da Colômbia
  • Liliana Betancourt Universidade Nacional da Colômbia
  • Gonzalo J. Díaz Universidade Nacional da Colômbia

DOI:

https://doi.org/10.17533/udea.rccp.v35n1a04

Palavras-chave:

alimentação animal, composição química, energia metabolizável aparente, frangos de corte, micotoxinas, milho, milho colombiano, milho dos EUA, qualidade dos grãos, qualidade do grãos de milho, toxinas fúngicas, valor nutricional, Zea mays

Resumo

Antecedentes: O milho é quantitativamente uma das culturas mais importantes em nível mundial (ocupando o segundo lugar depois do trigo), sendo um dos principais ingredientes em dietas para animais. Objetivo: Avaliar e comparar a qualidade do milho, o teor de micotoxinas, a composição química e a energia metabolizável aparente (EMA) do milho nacional e importado. Métodos: A qualidade do grão (sistema de classificação do USDA) foi determinada em 30 amostras de milho produzido na Colômbia e 21 amostras de milho importado. Quinze amostras de cada tipo de milho foram submetidas a análise proximal e dez amostras de cada milho foram analisadas para determinar o perfil de ácidos graxos. O conteúdo de micotoxinas foi determinado em 30 amostras de milho da Colômbia e em 23 amostras de milho importado. Resultados: Seis das trinta amostras colombianas analisadas para qualidade de grão corresponderam a grau US1 (melhor qualidade) frente a nenhuma das amostras importadas. Na categoria “grau amostra” (menor qualidade) foram encontradas 10 e 6 amostras de milhos importados e colombianos, respectivamente; Quinze das 21 amostras de milho importado apresentaram contaminação com sementes de feijão soja. Não foram encontradas micotoxinas de fungos Aspergillus spp. (ocratoxina A) ou apenas níveis muito baixos em poucas amostras (aflatoxinas). As fusariotoxinas, deoxinivalenol e zearalenona foram detectadas em 61 e 43% das amostras de milho importado, respectivamente, mas não foram detectadas em nenhuma amostra do milho colombiano. O milho colombiano apresentou menor conteúdo de carboidratos (85,4 vs. 86,7%) porém maior conteúdo de gordura crua (3,8 vs. 3,1%). Os valores de AME foram 3.697 e 3.378 kcal/kg para as amostras de milho colombiano e importado, respectivamente. O perfil de ácidos graxos de ambos tipos de milho foi similar. Conclusões: Os resultados do presente estudo mostram diferenças significativas entre o milho de origem colombiana e o milho importado dos Estados Unidos, em especial no conteúdo de gordura crua e AME, fusariotoxinas e sementes contaminantes (soja). Estes achados sugerem que o milho de produção colombiana pode apresentar vantagens de tipo nutricional e toxicológica frente ao milho importado dos Estados Unidos.

|Resumo
= 807 veces | HTML (ENGLISH)
= 0 veces| | PDF (ENGLISH)
= 401 veces|

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Yandy J. Aguillón-Páez, Universidade Nacional da Colômbia

https://orcid.org/0000-0001-5559-4510
Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade Nacional da Colômbia, Bogotá, Colômbia.

Liliana Betancourt, Universidade Nacional da Colômbia

https://orcid.org/0000-0003-0172-7896
Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade Nacional da Colômbia, Bogotá, Colômbia.

Gonzalo J. Díaz, Universidade Nacional da Colômbia

https://orcid.org/0000-0002-9858-0845
Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade Nacional da Colômbia, Bogotá, Colômbia.

Referências

Agama-Acevedo E, Salinas-Moreno Y, Pacheco-Vargas G, Bello-Pérez LA. Características físicas y químicas de dos razas de maíz azul: morfología del almidón. Rev Mex Cienc Pecu 2011; 2(3):317-329. URL: http://www.scielo.org.mx/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2007-09342011000300002&lng=es&tlng=es.

Aguillón-Páez Y, Romero L, Diaz G. Effect of full-fat sunflower or flaxseed seeds dietary inclusion on performance, egg yolk fatty acid profile and egg quality in laying hens. Animal Nutrition 2020; 6(2):179-184. DOI: https://doi.org/10.1016/j.aninu.2019.12.005

AOAC. Association of Official Analytical Chemists. Official Methods of Analyses. 2006. 18th Ed. Gaithers burg MD, USA.

Carrillo W, Carpio C, Morales D, Vilcacundo E, Alvarez M, Silva M. Content of fatty acids in corn (Zea mays L.) oil from Ecuador. Asian J Pharm Clin Res 2017; 10(8):150-153.

DOI: http://dx.doi.org/10.22159/ajpcr.2017.v10i8.18786

Céspedes A. Desarrollo y estandarización de tres técnicas analíticas por cromatografía de alta eficiencia (HPLC) y determinación de los niveles de con aflatoxinas, zearalenona y ocratoxina A en materias primas y alimento terminado empleados para la nutrición de aves y cerdos en Colombia.Trabajo de grado para optar por el título de Magister en Ciencias, Postgrado en Salud y Producción Animal 1997. Facultad de Medicina Veterinaria y de Zootecnia, Universidad Nacional de Colombia.

Christensen CM, Kaufmann HH. Deterioration of stored grains by fungi. Annu Rev Phytopathol 1965; 3(1):69-84.

CIMMYT. Centro internacional de mejoramiento de maíz y trigo. Calidad de grano para técnicos postcosecha. Laboratorio de calidad nutricional de maíz. México D.F. 2016; Pág 1-10.

Diaz G. Toxicología de la micotoxinas y sus efectos en avicultura comercial. Editorial Acribia. Zaragoza (España); 2020.

Diaz G, Céspedes A. Natural occurrence of zeralenone in feeds and feedstuffs used in poultry and pig nutrition in Colombia. Mycotoxin Res 1997; 13(2):81-87. DOI: https://doi.org/10.1007/BF02945070

FDA U. Guidance for Industry on Fumonisin Levels in Human Foods and Animal Feeds. Dockets Management Branch (HFA-305). Rockville, MD: US Food and Drug Administration. 2001. URL https://www.fda.gov/regulatory-information/search-fda-guidance-documents/guidance-industry-fumonisin-levels-human-foods-and-animal-feeds

FENALCE. Federación Nacional de Cultivadores de Cereales y Leguminosas. Comunicado de los agricultores nacionales de maíz. [access date: November 2019] URL: https://www.fenalce.org/alfa/pg.php?pa=60

Győri Z. Corn: Grain-Quality Characteristics and Management of Quality Requirements. In: Wrigley C, Batey I, Miskelly D, editors. Cereal Grains: Assessing and Managing Quality. 2nd ed. Woodhead Publishing; 2017. p. 257- 290. DOI: https://doi.org/10.1016/B978-0-08-100719-8.00011-5

Harwood J. 13 Environmental effects on plant lipid biochemistry. In: Harwood JL, editor. Plant lipid biosynthesis: fundamentals and agricultural applications. Vol 67. Cambridge University press; 1998. p.305

Hernández C, Rodríguez Y, Niño Z. Efecto del almacenamiento de granos de maiz (Zea mays) sobre la calidad del aceite extraido. Inf. Tecnol 2009; 20(4):21-30. DOI: http://dx.doi.org/10.4067/S0718-07642009000400004

Lee HJ, Ryu D. Worldwide occurrence of mycotoxins in cereals and cereal-derived food products: public health perspectives of their co-occurrence. Agric Food Chem 2017; 65(33):7034-7051. DOI: https://doi.org/10.1021/acs.jafc.6b04847

Leeson S, Summers J. Scott’s. Nutrition of the chicken. 4rd edition. University Books, Guelph, Ontario, Canada. 2001. p. 42.

Martos P, Thompson W, Diaz G. Multiresidue mycotoxin analysis in wheat, barley, oats, rye and maize grain by high-performance liquid chromatography-tandem mass spectrometry. World Mycotoxin J 2010; 3(3):205-223. DOI: https://doi.org/10.3920/WMJ2010.1212

Micolucci V. Producción mundial de maíz 2019/2020. Food news. Noticias diarias de la industria de alimentos y bebidas América Latina. [access date: January 2019] URL: https://www.foodnewslatam.com/paises/89-peru/9203-producci%C3%B3n-mundial-de-ma%C3%ADz-2019-2020.html

Ministerio de salud y protección social. (2013). Niveles máximos de contaminantes en los alimentos destinados al consumo humano. Resolución 4506 del 30 de octubre de 2013.

National Research Council. Nutrient requirements of poultry (9th rev.), Natl. Acad. Press, Washington, D.C 1994. DOI: https://doi.org/10.17226/2114

Norma Técnica Colombiana. NTC 535-1. 2014. Alimento para animales maíz. Editada por el Instituto Colombiano de Normas Técnicas y Certificación (ICONTEC). Apartado 14237. Bogotá, D.C. Editada 2014-11-06.

Norma Técnica Colombiana. NTC 6027. 2013. Determinación de toxinas T-2 y HT-2 en granos de cereal mediante limpieza por inmunoafinidad y cromatografía líquida con detección de fluorescencia. Editada por el Instituto Colombiano de Normas Técnicas y Certificación (ICONTEC). Apartado 14237. Bogotá, D.C. Editada 2013-11-27.

Norma Técnica Colombiana. NTC 5961. 2012. Determinación de deoxinivalenol (DON) en harina de trigo blanca, harina de trigo integral y salvado de trigo mediante cromatografía líquida de alta eficiencia / extracción de fase sólida. Editada por el Instituto Colombiano de Normas Técnicas y Certificación (ICONTEC). Apartado 14237. Bogotá, D.C. Editada 2012-12-21.

Norma Técnica Colombiana. NTC 5472. 2007. Determinación de ocratoxina A en cereales y sus derivados por cromatografía líquida de alta eficiencia, HPLC. Editada por el Instituto Colombiano de Normas Técnicas y Certificación (ICONTEC). Apartado 14237. Bogotá, D.C. Editada 2007-03-28.

Norma Técnica Colombiana. NTC 4881. 2000. Método de análisis de Zearalenona de ocurrencia natural. Editada por el Instituto Colombiano de Normas Técnicas y Certificación (ICONTEC). Apartado 14237. Bogotá, D.C.

Norma Técnica Colombiana. NTC 1232. 1996. Método de análisis de aflatoxinas de ocurrencia natural (B1, B2, G1 y G2). Editada por el Instituto Colombiano de Normas Técnicas y Certificación (ICONTEC). Apartado 14237. Bogotá, D.C. Primera actualización 2001-09-11.

Perilla NS, Cruz MP, De Belalcazar F, Diaz, GJ.. Effect of temperature of wet extrusion on the nutritional value of full‐fat soya beans for broiler chickens. Br Poult Sci 1997; 38(4):412-416. DOI: https://doi.org/10.1080/00071669708418011

Sakomura N, Rostagno H. Métodos de pesquisa emnutriçao de monogastricos. Metodologias para avaliar o conteúdode energía dos alimentos. 2ª ed. Jaboticabal:Funep. Universidade Federal de Viçosa. 2016. P.53.

Statistix 9. (2008). User’s Manual, Analytical software. Tallahassee, Florida.

Tovar CDG, Colonia BSO. Producción y procesamiento del maíz en Colombia. Revista Guillermo de Ockham 2013; 11(1):97-110. DOI: https://doi.org/10.21500/22563202.604

Tovar, T. (2008). Caracterización Morfológica y termica del almidon de Maíz (Zea mays L) obtenido por diferentes metodos de aislamiento.Universidad autónoma del estado de Hidalgo. Tesis pregrado. Pachuca de Soto, Hidalgo.

USDA-GIPSA. United States Standards for Corn. (1996). USDA Grain Inspection, Packers and Stockyards Administration (GIPSA). [access date: December 2019]

URL: http://www.gipsa.usda.gov/fgis/standards/810corn.pdf

Vanegas-Angarita, H. CEO Federación Nacional de Cultivadores de Cereales y Leguminosas. Personal communication. 2019.

Williams CH, David DJ, Iismaa O. The determination of chromic oxide in faeces samples by atomic absorption spectrophotometry. J Agric Sci 1962; 59(3):381-385. DOI: https://doi.org/10.1017/S002185960001546X

Publicado

2021-12-20

Como Citar

Aguillón-Páez, Y. J., Betancourt, L., & Díaz, G. J. (2021). Milho colombiano vs. Americano: qualidade, composição química, teor de micotoxinas e energia metabolizável. Revista Colombiana De Ciencias Pecuarias, 35(1), 36–48. https://doi.org/10.17533/udea.rccp.v35n1a04

Edição

Seção

Artigo original de pesquisa