Relação entre o colesterol e a qualidade espermática em touros Chino Santandereano (Bos taurus)
DOI:
https://doi.org/10.17533/udea.rccp.e358073Palavras-chave:
competência de funcionalidade espermática, esperma, lipídios de membrana, membrana do esperma, motilidade espermática, pecuária, qualidade do esperma, qualidade seminal, reprodução bovina, seleção de touroResumo
Antecedentes: A avaliação dos parâmetros de qualidade seminais é muitas vezes o passo inicial na seleção touros para fins de reprodução ou conservação. Embora esses parâmetros forneçam perspectivas sobre competência em fertilidade, pesquisando na dinâmica molecular que ocorre dentro dos espermatozoides pode-se complementar esta avaliação reprodutiva primária. O colesterol, como uma das moléculas mais ativas na superfície da membrana do esperma, tem sido associado a processos críticos que conferem características funcionais necessárias para atingir o ovócito e realizar a fertilização. A complexidade da dinâmica do colesterol na superfície do esperma, incluindo remodelação lipídica da membrana, é relevante para numerosos processos, como maturação espermática, capacitação e reação acrossômica. Objetivo: Estabelecer a correlação entre parâmetros de qualidade espermática e níveis de colesterol em espermatozoides de touros Chino Santandereano, uma raça crioula colombiana conhecida pela sua alta qualidade de esperma, mas infelizmente enfrentando extinção iminente. Métodos: Foram coletadas amostras de sêmen de dez Chino Santandereano Touros para avaliar motilidade, viabilidade e competência de funcionalidade espermática (SFC) imediatamente após a coleta. Simultaneamente, o colesterol foi extraído das membranas dos espermatozoides usando uma solução de metanol-clorofórmio, e os níveis de colesterol foram medidos por espectrofotometria, utilizando um pacote comercial específico. Foi empregado um Teste de correlação Pearson para determinar a relação entre concentrações de colesterol e parâmetros de qualidade seminal. Resultados: Os resultados revelaram uma forte correlação negativa entre a quantidade de colesterol e a media de SFC. Adicionalmente, as quantidades de colesterol também foram associadas negativamente à motilidade dos espermatozoides. Isso sugere que a dinâmica do colesterol, especialmente a saída do colesterol, desempenha um papel mais significativo na funcionalidade do esperma do que o conteúdo de colesterol. Conclusões: Monitorar o colesterol que sai da membrana do esperma parece ser uma alternativa interessante para complementar a avaliação reprodutiva inicial em touros. A natureza complexa dessas relações merece mais trabalho experimental para compreender completamente as implicações do colesterol no potencial reprodutivo de touros Chino Santandereano e oferecem perspectivas sobre como melhorar a qualidade do esperma em outras raças também.
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