Pastagens heterogêneas de capim Marandu (Urochloa brizantha) sob lotação contínua melhoram a ingestão de matéria seca em ovinos
DOI:
https://doi.org/10.17533/udea.rccp.e358801Palavras-chave:
comportamento ingestivo, consumo de nutrientes, consumo de pasto, estrutura do pasto, forragem disponível, ovinocultura, ruminação, tempo em pastejoResumo
Antecedentes: A estrutura da pastagem pode afetar diretamente o comportamento ingestivo e o consumo de ruminantes em pastejo, especialmente sob regimes de lotação contínua. Pastos mais heterogêneos, com maior variabilidade na altura das plantas, tendem a promover seletividade, o que pode interferir na ingestão e eficiência alimentar dos animais. Objetivo: Avaliar como diferentes estruturas horizontais de pastagens de capim-marandu (Urochloa brizantha cv. Marandu), mantidas com altura média de 25 cm, influenciam o comportamento alimentar e o consumo de ovinos. Métodos: O estudo foi conduzido entre setembro de 2019 e março de 2020, utilizando 16 ovinos mestiços das raças Santa Inês e Dorper, distribuídos em oito piquetes com dois tratamentos: 1) pastagem menos heterogênea (coeficiente de variação da altura <35%) e 2) pastagem mais heterogênea (coeficiente de variação da altura >35%). Foram avaliadas variáveis de consumo, digestibilidade dos nutrientes, comportamento ingestivo (tempo em pastejo, ruminação, ócio, refeições, número e intervalo entre refeições e ruminações), além da massa de forragem, composição morfológica e composição bromatológica da pastagem. Os dados foram submetidos à análise de variância (ANOVA), adotando-se o teste F a 10% de significância (P<0,10).Resultados: Pastagens mais heterogêneas proporcionaram maior consumo de matéria seca pelos ovinos (P<0,10). Entretanto, não foram observadas diferenças significativas (P>0,10) na digestibilidade dos nutrientes, na composição química das amostras simuladas de pastejo, nem nos parâmetros comportamentais dos animais. Conclusão: Em condições de lotação contínua, pastagens de capim-Marandu com maior heterogeneidade (coeficiente de variação entre 50,32% e 60,64%) favorecem o maior consumo de matéria seca por ovinos. Ainda que a heterogeneidade não tenha afetado a digestibilidade nem o comportamento alimentar em termos quantitativos, os animais pastam com maior frequência durante o dia, concentrando os períodos de ruminação e ócio durante a noite, sob as mesmas condições experimentais.
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