Uma disputa pelo “estatuto estudantil”: movimento estudantil entre os debates e embates sobre o que é ser um “bom” ou “mau” estudante no Brasil (1961-1968)
DOI:
https://doi.org/10.17533/udea.trahs.n24a04Palavras-chave:
movimento estudantil, ditadura civil-militar, história do estudante, história da educação, movimento socialResumo
O artigo apresenta o movimento estudantil brasileiro, durante a ditadura civil-mitar, pensando-o pelo “estatuto do estudante”, ou seja, sobre como os valores e formas de ser desta categoria social foram disputados nos discursos, principalmente da imprensa diária e educacional. O artigo analisa jornais, revistas educativas, materiais didáticos, fotografias e testemunhos. A maneira como os estudantes devem se comportar balizou a perseguição de suas associações, evidenciou uma disputa geracional pelo termo e fez surgir a contraposição do “bom estudante”, quieto e estudioso, como um valor patriótico, em confronto aos seus pares em mobilização política.
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