Divergência morfométrica entre Bothrops atrox e Bothrops asper (Cobras: Viperidae)
DOI:
https://doi.org/10.17533/udea.acbi.329496Palavras-chave:
Morfometria multivariada, análise de componentes principais multigrupo, Bothrops atrox, Bothropsasper, alometria, tamanho, conformação sem tamanhoResumo
Análises morfométricas tradicionais foram utilizadas para quantificar as diferenças na variação morfológica entre Bothrops atrox e Bothrops asper, cuja posição taxonômica é controversa. Para isso, foram examinados doze B. atrox fêmeas e dezesseis machos e dezenove B. asper fêmeas e onze machos. Um conjunto de cinco distâncias entre pontos anatômicos foi selecionado para uso na análise de componentes principais multigrupo (PCAmg). O primeiro componente principal (CPmg-1) foi responsável pela maior parte da variação no nível intragrupo e foi considerado um estimador de tamanho. A projeção ortogonal dos indivíduos no CPmg-1 gerou resíduos que foram considerados representantes da conformação biológica livre de tamanho, pois por construção matemática estão livres de alometria intragrupo. Tais resíduos foram usados em análises discriminantes, usando a primeira variável canônica resultante para representar a conformação de tamanho livre. Além disso, as análises discriminantes possibilitaram avaliar a capacidade de reclassificar corretamente os indivíduos em seus grupos. Em ambos os sexos, os resultados revelaram diferenças significativas no tamanho e na conformação livre de tamanho entre B. atrox e B. asper. Devido à técnica utilizada (ACPmg), grande parte das diferenças morfométricas pode ser atribuída ao componente genético da variância fenotípica total, o que sugere um nível significativo de divergência genética entre as duas entidades biológicas. No entanto, a separação morfométrica não foi total, com um nível baixo, mas significativo de indivíduos que não puderam ser atribuídos corretamente aos seus respectivos táxons. Para chegar a conclusões mais definitivas sobre a posição taxonômica, estudos com mais populações são necessários, usando ferramentas analíticas adicionais, como a morfometria geométrica.
Downloads
Referências
Applied Biostatistics Inc. 1998. NTSYSpc version 2.02j. Websi-te: http://www.ExeterSoftware.com.Albertson RC, Kocher TD. 2001. Assessing morphological di-fferences in an adaptive trait: a landmark-based morpho-metric approach. J Exp Zool 289:385-403.Bolaños R. 1984. Serpientes, venenos y ofidismo en Centroamé-rica. Editorial Universidad de Costa Rica, San José.Bookstein FL. 1996. Combining the tools of geometric morpho-metrics. In: Marcus LF, Conti M, Loy A, Naylor GJ, SliceDE (eds.). Advances in morphometrics. New York, PlenumPress, pp. 131-152.Brattstrom BH. 1964. Evolution of the pit vipers. Trans SanDiegoSoc Nat Hist 13:185-268.Burger WL. 1971. Genera of pitvipers (Serpentes: Crotalidae).Ph. D. thesis, University of Kansas. Kansas, USA.Burnaby TP. 1966. Growth-invariant discriminant functions andgeneralized distances. Biometrics 22:96-110.Campbell JA, Lamar WW. 1989. The venomous reptiles of LatinAmerica.Cornell University Press, Ithaca, New York.Dujardin JP. 2001. Introducción a la morfometría con énfasis enTriatominae y Phlebotominae. Libro electrónico, ECLATwebsite: http://www.eclat.fcien.edu.uy.Futuyma DJ. 1998. Evolutionary biology. 3.a ed., Sinauer Asso-ciates Inc., Sunderland, Massachusetts, USA.GarcíaM. 1998. Aspectos clínicos y epidemiológicos del acci-dente ofídico en Antioquia y Chocó. En: Otero R, Ángel R,García M (eds.). Primer Simposio Colombiano de Toxino-logía. Universidad de Antioquia. Medellín, Colombia, pp.109-119.Hoge AR. 1965. Preliminary account on neotropical Crotalinae(Serpentes, Viperidae). Mem Inst Butantan 32:109-184.Hoge AR, Romano-HogeSA. 1980. Poisonous snakes of theNew World. Part I. Checklist of the pit vipers Viperoidea,Viperidae, Crotalinae. Mem Inst Butantan 42/43:179-310.Jaramillo N. 2000. Partición en tamaño y forma de los caracteresmétricos y su interés en los estudios poblacionales aplica-dos a los Triatominae. Tesis de doctorado, Universidad deAntioquia. Medellín, Colombia
Jaramillo N, Dujardin JP. 2002. Análisis morfométrico: signifi-cado biológico del tamaño y la conformación. En: Gulh F,Schofield CJ (eds.). Cuarto Taller International sobre Gené-tica Poblacional y Control de Triatomíneos. CIMPAT, Uni-versidad de los Andes, Bogotá, Colombia, pp. 151-166.Klingenberg CP. 1996. Multivariate allometry. In: Marcus LF,Corti M, Loy A, Naylor GJP, Slice D (eds.). Advances inmorphometrics. New York, Plenum Publications NATO ASI,pp. 23-49.Klingenberg CP, Zimmermann M. 1992. Static, ontogenetic,and evolutionary allometry: a multivariate comparison innine species of Water Striders. Am Nat 140:601-620.Landis JR, Koch GG. 1977. The measurement of observer agree-ment for categorical data. Biometrics 33:159-174.Manly BFJ. 1991. Multivariate statistical methods: a primer.Chapman & Hall, London, UK.Microsoft. 2002. Microsoft Excel 2002. Microsoft Corp. USA.Monteiro LR, Diniz-Filho JAF, Dos Reis SF, Araujo ED. 2002.Geometric estimates of heritability in biological shape. Evo-lution 56:563-572.Otero R, Tobón GS, Gómez LF, Osorio R, Valderrama R,Hoyos D, Urreta JE, Molina S, Arboleda JJ. 1992. Acci-dente ofídico en Antioquia y Chocó. Aspectos clínicos yepidemiológicos. Acta Med Col 17:229-249.Pérez-Santos C, Moreno GA. 1988. Ofidios de Colombia. Mono-grafía. Museo Regionale di Scienze Naturali. Torino, Italia.Peters JA, Orejas-Miranda B. 1970. Catalogue of the Neotropi-cal Squamata. Part 1. Smithsonian Institution Press. Was-hington, USA.Puorto G, Salomão MG, Theakston RDG, Thorpe RS, WarrellDA, Wüster W. 2001. Combining mitochondrial DNA se-quences and morphological data to infer species bounda-ries: phylogeography of lanceheaded pitvipers in the Bra-zilian Atlantic forest, and the status of Bothrops pradoi(Squamata: Serpentes: Viperidae). J Evol Biol 14:527-538.Rohlf FJ, Marcus FL. 1993. A revolution in morphometrics.TrendsEcol Evol 8:129-133.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os autores autorizam exclusivamente a revista Actualidades Biológicas a editar e publicar o manuscrito submetido, desde que sua publicação seja recomendada e aceita, sem que isso represente qualquer custo para a Revista ou para a Universidade de Antioquia. Todas as ideias e opiniões contidas nos artigos são de responsabilidade exclusiva de Os autores. O conteúdo total das edições ou suplementos da revista é protegido pela Licença Internacional Creative Commons Atribuição-NãoComercial-Compartilhamento pela mesma Licença, portanto não podem ser utilizados para fins comerciais, mas sim para fins educacionais. Porém, cite a revista Actualidades Biológicas como fonte e envie uma cópia da publicação em que o conteúdo foi reproduzido.