A recusa do corpo sexuado na anorexia
DOI:
https://doi.org/10.17533/udea.affs.v21n41a10Palabras clave:
anorexia, recusa, corpo, puberdadeResumen
Neste artigo, debruçamo-nos sobre a hipótese de que a anorexia, a qual se desencadeia em resposta à puberdade, pode ser concebida como uma recusa do corpo sexuado, sobretudo daquilo que nesse corpo correlaciona à emergência de um novo gozo sexual. A passagem pelo cruzamento da puberdade implica para o adolescente também uma paradoxal iniciação sexual, que não é isenta de impasses. Assim, a anorexia surgiria como uma resposta do sujeito frente a uma dificuldade, ou mesmo, uma impossibilidade de adentrar à lógica da sexuação e assumir um corpo sexuado. Com o intuito de enriquecer essa discussão, apostamos na articulação entre os recursos de imagem e de discurso empreendidos no filme Tem um vidro sob minha pele (2014) da diretora Moara Passoni, abordando pontos específicos condizentes à nossa problemática e extraindo consequências para uma clínica psicanalítica com a anorexia.
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