Le traumatisme et l'Œdipe dans la psychopathologie d'Emma à Irma
DOI :
https://doi.org/10.17533/udea.affs.v19n36a04Mots-clés :
Irma, psychopathologie, Œdipe, traumatisme, abusRésumé
Cet article présente une lecture théorique de la psychopathologie chez Freud et chez Lacan. Dans un premier temps, on a recours à des fragments cliniques d'Emma, une patiente que Freud diagnostique comme hystérique en raison d'une expérience traumatique d'abus sexuel. Puis, on reprend le rêve dans lequel Freud rencontre à nouveau la patiente. Emma, plus tard connue sous le nom d'Irma, affirme ressentir d’intenses douleurs à la gorge. Dans le rêve, la gorge de la jeune femme réapparaît à Freud et révèle la faille de sa psychopathologie. Entre Emma et Irma, Freud introduit l'Œdipe comme une nouvelle interprétation de l'étiologie de la névrose. Plutôt que de postuler le savoir œdipien comme celui qui répond à l'énigme du symptôme, l'auteur restitue la contradiction de la poésie tragique. Lacan était attentif à la lecture freudienne et a également abordé le discours philosophique et mathématique. À l’aide de la formule mathématique, analogue à celle de la gorge d'Irma, on entrevoit un objet central pour penser la psychopathologie psychanalytique.
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