A ciência e o sujeito da psicanálises: Galileu, Descartes e Lacan

Autores

  • André Fernando Gil Alcon Cabral Universidade Federal de Minas Gerais

DOI:

https://doi.org/10.17533/udea.affs.v17n32a05

Palavras-chave:

pulsão, sujeito, verdade, causa material, ciência moderna

Resumo

Este escrito visa debater em que medida o sujeito com o qual a psicanálise opera pode ser visto como o sujeito da ciência. Primeiramente, retomamos a influência de Galileu e Descartes para compreender o formalismo matemático da ciência moderna. No racionalismo, o cogito representa a reciprocidade entre o ser matemático e a verdade. Em seguida, interpretamos o conceito de sujeito como exclusão interna ao objeto a, pois, trata-se de sustentar o sujeito como incalculável. Eis, que a partir de uma torção na própria ciência moderna, o autor apresenta a verdade como causa da ciência psicanalítica.  Veremos que Lacan formaliza a causa material pela divisão entre saber e verdade.

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Biografia do Autor

André Fernando Gil Alcon Cabral, Universidade Federal de Minas Gerais

Doutorando em Psicologia com ênfase em Estudos Psicanalíticos pelo programa de Pós-Graduação em Psicologia pela UFMG. Mestrado em Psicologia. Especialização em Teoria Psicanalítica e Especialização em Temas Filosóficos pela UFMG. Graduado em Psicologia pelo Centro Universitário Newton Paiva. 

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Publicado

2020-05-05

Como Citar

Cabral, A. F. G. A. (2020). A ciência e o sujeito da psicanálises: Galileu, Descartes e Lacan. Affectio Societatis, 17(32), 105–126. https://doi.org/10.17533/udea.affs.v17n32a05

Edição

Seção

Artículos de Investigación