Corpo, gozo e sintoma: ao corpse, gozo e sinthome
DOI:
https://doi.org/10.17533/udea.affs.v19n36a05Palavras-chave:
corpo, gozo, sintoma, corpse, sinthomeResumo
A partir da correlação originária no campo da psicanálise entre corpo e sintoma, percorremos os processos de deslocamento teórico na obra de Lacan, que demonstram e inoculam a função do gozo nesta correlação. Uma problematização entre corpo, gozo e sintoma, então se abre, e se desenvolve muito especialmente através das elaborações operadas acerca do campo do gozo. Essas elaborações, associadas à uma redução lógica do Outro (A), assim como às mudanças na concepção da estrutura de linguagem, ampliando-a para além da lógica da significação fálica e do Nome-do-Pai, e em direção ao real, determinam uma renovação da problemática, deslocando aqueles três conceitos para novas configurações, como corpse, gozo e sinthome. A centralidade do real e todos os deslocamentos na elaboração do corpo e do sintoma, inevitavelmente se fundam e se modificam a partir dos movimentos da obra, no que tange a confrontação entre o campo da linguagem, suas possibilidades e impossibilidades de inscrição e grafia do real do gozo pela letra. A dimensão do real ganha aqui outro posicionamento e um radicalização de seus efeitos na prática clínica psicanalítica.
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