Memória e esquecimento: o excedente de visão em Funes, o memorioso, de Jorge Luís Borges
DOI:
https://doi.org/10.17533/udea.lyl.n77a21Palavras-chave:
memória, literatura, excedente de visão, Jorge Luís BorgesResumo
Esta investigação analisou as questões sobre a memória e o esquecimento em Funes, O Memorioso, de Jorge Luis Borges, com base em Bergson (2009), Halbwachs (1990) e Le Breton (1999), entre outros para discutir estes temas. Além disso, a leitura do protagonista baseou-se no conceito de Mikhail Bakhtin do excesso de visão. Os resultados da análise mostraram que a memória no texto de Borges se constrói por um contato intenso com a imaginação e também que o excesso de visão testifica que Funes, à medida que ganha uma capacidade extraordinária para recordar, perde a capacidade necessária para esquecer.
Downloads
Referências
Agamben, G. (2007). Profanações. [Tradução de Selvino José Assmann]. São Paulo: Boitempo.
Barros, D. (2005). Contribuições de Bakhtin às teorias do discurso. Em Brait, B. (Ed.), Bakhtin, dialogismo e construção do sentido (pp. 25-36). Campinas, SP: Editora da Unicamp.
Barrenechea, A. (2002). Tiempo, identidad, memoria y sueño en Borges. Bulletin Hispanique, 104 (2), 929-939. Recuperado de https://www.persee.fr/doc/hispa_0007-4640_2002_num_104_2_5140
Barros, M. (2003). Memórias inventadas: a infância. São Paulo: Planeta.
Benjamin, W. (1987). Sobre o conceito de história. Em Benjamin, W. (Ed.), Obras escolhidas, V.1: Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura (pp. 222-232). [Tradução de Sérgio Paulo Rouanet]. 3. edicão. São Paulo: Brasiliense.
Bergson, H. (1999). Matéria e memória: ensaio sobre a relação do corpo com o espírito. [Tradução de Paulo Neves]. 2. edicão. São Paulo: Martins Fontes.
Borges, J. (1994). Narraciones. Madrid: Ediciones Cátedra.
Borges, J. (1985). Prólogos: com um prólogo dos prólogos. (1994). [Tradução de Ivan Junqueira]. Rio de Janeiro: Rocco.
Candido, A. (2011). Direito à literatura. Em Candido, A. Vários escritos (pp. 171-193). Rio de Janeiro: Ouro sobre azul.
Candido, A. (2006). A literatura e a vida social. Em Candido, A. Literatura e sociedade (pp. 27-49). Rio de Janeiro: Ouro sobre Azul.
Castro, E. (2005). Equívocos da identidade. Em Dodebei, V. & Gondar, J. (Eds.), O que é memória social? (pp. 145-160). Rio de Janeiro: Contra Capa Livraria/Programa de Pós-Graduação em Memória Social da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro.
Clark, K. & Holquist, M. (2008). A arquitetônica da respondibilidade. Em Clark, K. & Holquist, M. Mikhail Bakhtin (pp. 89-116). [Tradução de Jacó Guinsburg]. Cambridge, Mass: Perspectiva.
Foucalut, M. (2014). A ordem do discurso: aula inaugural no Collège de France, pronunciada em 2 de dezembro de 1970 [Tradução de Laura Fraga de Almeida Sampaio]. 24ª edicão. São Paulo: Edições Loyola.
Halbwachs, M. (1990). A memória coletiva [Tradução de Laurent Léon Schaffter]. São Paulo:Vértice; Editora Revista dos Tribunais.
Hall, S. (2003). Significação, representação, ideologia: Althusser e os debates pós-estruturalistas. Em Sovik, L. (Org.), Da diáspora: Identidades e mediações culturais (pp. 160-198) [Tradução de Liv Sovik]. Belo Horizonte: Editora UFMG.
Le Breton, D. (2009). As paixões ordinárias: antropologia das emoções. [Tradução de Luís Alberto Salton Peretti]. Petrópolis, RJ: Vozes.
Piglia, R. (2006). O último leitor [Tradução de Heloisa Jahn]. São Paulo: Companhia das Letras.
Ricoeur, P. (2007). A memória, a história, o esquecimento [Tradução de Alain François et al. ] Campinas, SP: Editora da Unicamp.
Vieira, P. (2007). Jorge Luis Borges: um girovago. Florianópolis: Insular.
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Lingüística y Literatura
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Creative Commons by-nc-sa
Aqueles autores/as que tenham publicações com esta revista, aceitam os seguintes termos:
1. A revista é o titular dos direitos de autor dos artigos, os quais estarão simultaneamente sujeitos à Licença Internacional de Atribuição-Não comercial-CompartilhaIgual 4.0 de Creative Commons que permite a terceiros compartilhar a obra sempre que se indique seu autor e sua primeira publicação esta revista.
2. Os autores/as poderão adotar outros acordos de licença não exclusiva de distribuição da versão da obra publicada (p. ex.: depositá-la em um arquivo telemático institucional ou publicá-la em um volume monográfico) desde que se indique a publicação inicial nesta revista.
3. Permite-se e recomenda-se aos autores/as difundir sua obra através da Internet (p. ex.: em arquivos telemáticos institucionais ou em sua página web) antes e durante o processo de envio, o que pode produzir intercâmbios interessantes e aumentar as citações da obra publicada.