O fantasma e a neurose obsessiva: uma relação intrincada
DOI:
https://doi.org/10.17533/udea.affs.v20n39a03Palavras-chave:
fantasma, neurose obsessiva, desejo, demanda, grafo do desejo, LacanResumo
O fantasma, como um conceito capital da teoria psicanalítica de orientação lacaniana, é um elemento de relevância transcendental para a compreensão das neuroses. O objetivo do presente artigo é desenvolver a particularidade fantasmática na neurose obsessiva por meio de uma revisão teórica da obra de Jacques Lacan que abrange os anos 1954 a 1960. Lacan delineia o fantasma como uma matriz estrutural intrínseca ao psiquismo, que evidencia a relação particular do sujeito com aquele objeto (a) que constitui a causa de seu desejo inconsciente. Em termos gerais, é possível conceituar o fantasma como uma resposta ao enigma do desejo do Outro, de modo que o fantasma é o lugar onde uma ética é decidida, e é precisamente ali que a função do sintoma na cura é estabelecida. O fantasma torna-se o norte na direção da cura e é possível abordá-lo pela via interpretativa, pois o analista, graças à trama transferencial, torna-se parte do fantasma.
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