L’homosexualité dans la théorie et l’histoire de l’institutionnalisation de la psychanalyse
DOI :
https://doi.org/10.17533/udea.affs.v21n41a09Mots-clés :
psychanalyse, homosexualité, éthique psychanalytique, formation analytique, homophobieRésumé
Freud concevait la sexualité humaine dans le domaine pulsionnel et non instinctuel, et remettait en cause la réalisation obligatoire de la pulsion par un objet nécessairement de sexe opposé. D’autres psychanalystes, comme Anna Freud, voyaient dans l’homosexualité une pathologie guérissable, ce à quoi font écho les psychanalystes contemporains quis’opposent au mariage civil homosexuel et à l’adoption d’enfants par des couples de même sexe. Cette discussion a conduit certains psychanalystes, à l’époque de Freud, à chercher les moyens de légitimer une position universelle de boycott de la formation analytique des homosexuels déclarés au sein desbanques de formation de l’IPA (International Psychoanalytical Association), son principal organe de régulation jusqu’alors. Cet article se propose donc d’étudier les circonstances dans lesquelles de tels éléments sont apparus au sein du mouvement psychanalytique et comment ils sont encore présents aujourd’hui. Pour ce faire, nous passons en revue le matériel publié sur ces débats, ce qui contribue à maintenir ce sujet en circulation et à permettre à la psychanalyse de mettre à jour une autocritique constante de ses processus de formation.
Téléchargements
Références
Abraham, K. (1970/1916). O primeiro estágio pré-genital da libido. In K. Abraham, Teoria psicanalítica da libido: sobre o caráter e o desenvolvimento da libido (pp. 51-80). Imago.
Abraham, K. (1970/1924). Breve estudo do desenvolvimento da libido, visto à luz das perturbações mentais. In K. Abraham, Teoria psicanalítica da libido: sobre o caráter e o desenvolvimento da libido (pp. 81-160). Imago.
Abraham, K. (2003/1908). As relações psicológicas entre a sexualidade e o alcoolismo. Revista da Associação Psicanalítica de Porto Alegre, (24), 111-119.
Borillo, D. (2016). Homofobia: história e crítica de um preconceito. Autêntica. Bulamah, L. C. (2016). História de uma regra não escrita: a proscrição da homossexualidade masculina no movimento psicanalítico. Annablume.
Butler, J. (2020). A vida psíquica do poder: teorias da sujeição. Autêntica. Ceccarelli, P. R. (2013). A invenção da homossexualidade. In A. Quinet & M. A. C. Jorge (Org.), As homossexualidades na psicanálise: na história de sua despatologização (pp. 153-167). Segmento Farma.
Conselho Federal de Psicologia. (1999, março 22). Resolução CFP nº 001/1999, de 22 de março de 1999. https://site.cfp.org.br/wp-content/ uploads/1999/03/resolucao1999_1.pdf
Costa, J. F. (1995). A face e o verso: estudos sobre o homoerotismo II. Editora Escuta.
Drescher, J. (2013). A história da homossexualidade e a psicanálise organizada. In A. Quinet, & M. A. C. Jorge (Org.), As homossexualidades na psicanálise: na história de sua despatologização (pp. 47-58). Segmento Farma.
Ferenczi, S. (1992/1909). Novas observações sobre a homossexualidade. In S. Ferenczi, Obras completas: psicanálise IV (pp. 165-170). Martins Fontes.
Ferenczi, S. (1992/1911a). O homoerotismo: nosologia da homossexualidade masculina. In S. Ferenczi, Obras completas: psicanálise II (pp. 117-129). Martins Fontes.
Ferenczi, S. (2002/1911b). Um caso de paranóia deflagrada por uma excitação da zona anal. In S. Ferenczi, Obras completas: psicanálise I (pp. 129- 132). Martins Fontes. Allan Ratts de Sousa, Leonardo Danziato & Karla Patricia Holanda Martins Fontes.
Ferenczi, S. (2002/1911c). O papel da homossexualidade na patogênese da paranóia. In S. Ferenczi, Obras completas: psicanálise I (pp. 155-171). Martins Fontes. Foucault, M. (1992). O que é um autor? Veja/Passagens.
Freud, S. (2004/1915). Pulsões e destinos da pulsão. In S. Freud, Escritos sobre a psicologia do inconsciente (vol. 1, pp. 133-173). Imago.
Freud, S. (2011/1920). Sobre a psicogênese de um caso de homossexualidade feminina. In S. Freud, Obras completas (vol. 15, pp. 114-149). Companhia das Letras.
Freud, S. (2011/1921). Psicologia das massas e análise do eu. In S. Freud, Obras completas (vol. 15, pp. 13-113). Companhia das Letras.
Freud, S. (2011/1933). Acerca de uma visão de mundo. In S. Freud, Obras completas (vol. 18, pp. 321-354). Companhia das Letras.
Freud, S. (2013/1910). Uma recordação de infância de Leonardo da Vinci. In S. Freud, Obras completas (vol. 9, pp. 113-219). Companhia das Letras.
Freud, S. (2017/1905). Três ensaios sobre a teoria da sexualidade. In S. Freud, Obras completas (vol. 6, pp. 13-172). Companhia das Letras.
Garcia-Roza, L. A. (2008). Freud e o inconsciente. Jorge Zahar.
Jones, E. (1996/1927). O desenvolvimento inicial da sexualidade feminina. Revista de Psicanálise da Sociedade Psicanalítica de Porto Alegre, 3(3), 481-494.
Jorge, M. A. C. (2010). Fundamentos da psicanálise de Freud a Lacan: a clínica da fantasia (vol. 2). Zahar.
Jorge, M. A. C. (2011). A tensão psicanalítica essencial. In H. Caldas & S. Altoé (Org.), Psicanálise, universidade e sociedade (pp. 115-124). Cia. de Freud.
Jorge, M. A. C. & Quinet, A. (2013). Entrevista à Revista CLAM do Instituto de Medicina Social da UERJ. In A. Quinet & M. A. C. Jorge (Org.), As homossexualidades na psicanálise: na história de sua despatologização (pp. 343-348). Segmento Farma.
Lacan, J. (1992/1969-1970). O seminário, livro 17: o avesso da psicanálise. Jorge Zahar.
Lacan, J. (2003). Proposição de 9 de outubro de 1967 sobre o psicanalista da escola. In Outros escritos (pp. 248-264). Jorge Zahar.
Marques, L. (2010). As homossexualidades na psicanálise. Trivium. https://www.academia.edu/7949071/AS_HOMOSSEXUALIDA DES_NA_PSICAN%C3%81LISE
Martins, K. P. H., Marques, G. H., Martins, O. C., Sales, R. C., Silva, R. E. P., Jr., Maia, A. A., & Aguiar, G. M. R. (2018). Estado de conhecimento das relações entre psicanálise e a saúde mental: estudo sobre a produção acadêmica entre 2000-2014. In A. F. Lima, I. M. P. Germano, I. B. de Sabóia, & J. C. Freire, (Org.), Sujeito e subjetividades contemporâneas: estudos A homossexualidade na teoria e na história de institucionalização da psicanálise do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da UFC (pp. 77-109). Imprensa Universitária da UFC.
Maya, A. (2013). Homofobia no discurso psicanalítico sobre o casal e a parentalidade homossexual. In A. Quinet & M. A. C. Jorge (Org.). As homossexualidades na psicanálise: na história de sua despatologização (pp. 65- 75). Segmento Farma.
Maya, A. C. M. (2008). Homossexualidade: saber e homofobia [tese de doutorado, Universidade Federal do Rio de Janeiro]. Domínio Público. http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm. do?select_action=&co_obra=133306
Paoliello, G. (2013). A despatologização da homossexualidade. In A. Quinet & M. A. C. Jorge (Org.), As homossexualidades na psicanálise: na história de sua despatologização (pp. 29-46). Segmento Farma.
Quinet, A. (2013). Homossexualidades em Freud. In A. Quinet & M. A. C. Jorge (Org.), As homossexualidades na psicanálise: na história de sua despatologização (pp. 89-105). Segmento Farma.
Rank, O. (2016/1911). Uma contribuição sobre o narcisismo. In Lacuna: uma revista de psicanálise (C. Padovan & N. Müller, apres. e trad.), (2), s.p. https://revistalacuna.com/2016/12/06/n2-02/
Roudinesco, E. (2016). Sigmund Freud na sua época e em nosso tempo. Zahar.
Roudinesco, E. & Plon, M. (1998). Dicionário de psicanálise. Zahar.
Sessão Judiciária do Distrito Federal. (2017, setembro 15). Poder Judiciário. Ata da audiência realizada no dia 15 de setembro de 2017. https://www. documentcloud.org/documents/4056159-ATA-DE-AUDIE-NCIA.html Sousa, A. R. (2020). Homossexualidade(s) e psicanálise: debates entre os primeiros psicanalistas [dissertação de mestrado, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza]. Não publicado.
Trevisan, J. S. (2018). Devassos no paraíso: a homossexualidade no Brasil da colônia à atualidade. Objetiva.
Téléchargements
Publié-e
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
(c) Tous droits réservés Affectio Societatis 2025
Cette œuvre est sous licence Creative Commons Attribution - Pas d'Utilisation Commerciale - Partage dans les Mêmes Conditions 4.0 International.
Les auteurs autorisent la Revue à publier leurs travaux universitaires non seulement sur le site web de la Revue, mais aussi sur tout autre support écrit ou électronique de la Revue, ainsi que dans les bases de données auxquelles la Revue a accès. L'Affectio Societatis reconnaît que les droits moraux et la décision de publier ultérieurement leurs œuvres dans d'autres moyens de publication appartiennent exclusivement aux auteurs, auquel cas ces derniers reconnaissent expressément les crédits dus à l'Affectio Societatis.