Lacan entre Kant e Sade: a lei paterna e a pluralização dos Nomes-do-Pai

Autores

  • André Fernando Gil Alcon Cabral Universidade Federal de Minas Gerais
  • Oswaldo França Neto Universidade Federal de Minas Gerais

DOI:

https://doi.org/10.17533/udea.affs.v15n29a04

Palavras-chave:

perversão, Kant com Sade, Nome-do-Pai, Nomes-do-Pai, objeto a

Resumo

No escrito “Subversão do sujeito e dialética do desejo”, Lacan descreve que a verdadeira função do pai é unir a lei ao desejo. Esta função permite que aproximemos o Nome-do-Pai do imperativo categórico kantiano. Entretanto, observemos que Sade também se deteve nesta espécie de enodamento em que se ata a lei ao desejo puro, de modo que nada impede que a apatia sadiana (rejeição radical do mundo empírico) se evidencie como lógica constitutiva do sujeito. Eis a problemática que Lacan enfrenta em “Kant com Sade” e no seminário Nomes-do-Pai: propor Nomes que, efetivamente, alienem o desejo ao mundo fenomênico.

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Biografia do Autor

André Fernando Gil Alcon Cabral, Universidade Federal de Minas Gerais

Mestrado em Estudos Psicanalíticos pelo Programa de Pós-Graduação em Psicologia pela UFMG. Especialização em Teoria Psicanalítica e especialização em Temas Filosóficos pela UFMG.

Oswaldo França Neto, Universidade Federal de Minas Gerais

Doutor em Psicanálise, professor do Programa de Pós-graduação do Departamento de Psicologia da UFMG.

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Publicado

2018-06-25

Como Citar

Gil Alcon Cabral, A. F., & França Neto, O. (2018). Lacan entre Kant e Sade: a lei paterna e a pluralização dos Nomes-do-Pai. Affectio Societatis, 15(29), 84–106. https://doi.org/10.17533/udea.affs.v15n29a04

Edição

Seção

Artículos de Investigación