O sujeito não é (sem) o corpo: reflexões sobre os tratamentos “On-line”
DOI:
https://doi.org/10.17533/udea.affs.v19n36a06Palavras-chave:
corpo, teleanálise, virtualidade, setting, semblante, gozo, sujeitoResumo
A partir da questão do status do corpo nas relações virtuais, abre-se um debate sobre a pertinência, necessidade e eficácia da psicanálise à distância (ou psicanálise online, ou teleanálise). Argumentos que deslegitimam esta prática são abordados, entre os quais estão: o rigor do setting e algumas leituras “materialistas” do ensino de Lacan. É feita uma revisão do uso do corpo do analista da perspectiva de Winnicott, colocando-o em tensão com a proposta de Lacan, na qual o analista é convidado a ocupar a posição do semblante, uma proposta na qual o assunto é definido como substância de gozo e cuja materialidade é significante. Em suma, entendendo a voz e o olhar como duas formas do corpo, é possível pensar que existem condições para realizar um trabalho analítico, sendo o encontro virtual uma ferramenta que tornará possível a psicanálise em cenários que eram impensáveis no passado.
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