O reverso da inteligência artificial no tratamento das dores da alma.
Desafios da prática atual
DOI:
https://doi.org/10.17533/udea.affs.v22n43a03Palavras-chave:
Inteligência Artificial, ciências cognitivas, ciências físicas, psicanáliseResumo
Resumo
O presente trabalho tem como objetivo problematizar o fato de a inteligência artificial ter desembarcado no campo operacional dos fenômenos psíquicos e do corpo, e se ter instalado de forma inquestionável. Nossa hipótese é que a IA exerce um domínio sobre as práticas da linguagem devido à ação silenciosa da ideia de que a objetividade científica está atrelada a ela. Em primeiro lugar, são apresentados seis problemas decorrentes do uso da tecnologia de IA. Em segundo lugar, demonstra-se a relação entre a ciência da física e a psicanálise para articular a forma como ambas as disciplinas instauram uma lógica neopositivista que constitui o reverso da lógica positivista sobre a qual a IA se sustenta. Nossa pergunta é: de que maneira a lógica neopositivista revela a psicanálise como prática de reverso da inteligência artificial? A análise realizada sobre os problemas situados resulta em certas conclusões que são oferecidas como iluminações para que os agentes de disciplinas relacionadas ao tratamento das dores da alma, na qualidade de usuários e consumidores desta potente ferramenta tecnológica, tenham a possibilidade de refletir ao implementá-la na prática profissional e estejam cientes a algumas consequências de certos modos de utilização. Conclui-se que os seis problemas analisados permanecem ligados por um duplo paradoxo: primeiro paradoxo, uma resposta não está na IA sob a condição de que está nela; segundo paradoxo, a IA contribui para o tratamento dos fenômenos humanos, ao mesmo tempo em que os ameaça, rejeitando as coisas do amor e tapando constantemente o furo no simbólico.
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