Argumentação jurídica e argumentação linguística: quando a língua em uso revela preconceitos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.17533/udea.lyl.n79a14

Palavras-chave:

linguagem jurídica, teoria da argumentação na língua, argumentação linguística, preconceito de gênero

Resumo

Com base na teoria da argumentação na língua, este trabalho teve como proposta investigar a argumentação jurídica, sob o viés da concepção da argumentação linguística, em sentenças de crimes cometidos contra mulheres, para evidenciar se havia indícios de possíveis resquícios de enunciação de caráter preconceituoso. Foram requisitadas as dez últimas sentenças julgadas de cada ano (2014-2018), de uma comarca do Rio Grande do Sul (Brasil). Através da análise dos encadeamentos argumentativos, pôde-se chegar a uma interface entre a argumentação linguística e jurídica, evidenciando que há enunciados e enunciadores que ainda acabam propagando discursos preconceituosos contra a mulher.

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Biografia do Autor

Daiane Valerio, Universidade do Vale do Taquari

Graduada em Letras pela Universidade do Vale do Taquari (Univates). Professora de Língua Portuguesa da rede pública municipal de Doutor Ricardo – RS (Brasil).

Kári Lúcia Forneck, Universidade do Vale do Taquari

Doutora em Letras pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Docente do Curso de Letras e do Programa de Pós-Graduação em Ensino da Universidade do Vale do Taquari (Univates).

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Publicado

2021-04-15

Como Citar

Valerio, D., & Forneck, K. L. (2021). Argumentação jurídica e argumentação linguística: quando a língua em uso revela preconceitos. Lingüística Y Literatura, 42(79), 256–270. https://doi.org/10.17533/udea.lyl.n79a14