Argumentação jurídica e argumentação linguística: quando a língua em uso revela preconceitos
DOI:
https://doi.org/10.17533/udea.lyl.n79a14Palavras-chave:
linguagem jurídica, teoria da argumentação na língua, argumentação linguística, preconceito de gêneroResumo
Com base na teoria da argumentação na língua, este trabalho teve como proposta investigar a argumentação jurídica, sob o viés da concepção da argumentação linguística, em sentenças de crimes cometidos contra mulheres, para evidenciar se havia indícios de possíveis resquícios de enunciação de caráter preconceituoso. Foram requisitadas as dez últimas sentenças julgadas de cada ano (2014-2018), de uma comarca do Rio Grande do Sul (Brasil). Através da análise dos encadeamentos argumentativos, pôde-se chegar a uma interface entre a argumentação linguística e jurídica, evidenciando que há enunciados e enunciadores que ainda acabam propagando discursos preconceituosos contra a mulher.
Downloads
Referências
Abreu, A. S. (2009). A arte de argumentar: gerenciando razão e emoção. Cotia: Ateliê Editorial.
Barbisan, L. B. (2007). Uma proposta para o ensino da argumentação. Letras de Hoje, 42(1), 111-138. http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/fale/article/view/2415/1889
Brasil. (2006). Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006. Cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher... Diário Oficial da União, Brasília, DF, 7 de agosto, 2006.
Dias, M. B. (2010). A Lei Maria da Penha na justiça: a efetividade da Lei 11.340/2006 de combate à violência doméstica e familiar contra a mulher. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais.
Ducrot, O. & Carel, M. (2008). Descrição argumentativa e descrição polifônica: o caso da negação. Letras de Hoje, 43 (1), 7-18. http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/fale/article/view/2865/2804
Ducrot, O. (1987). O dizer e o dito. São Paulo: Pontes.
Ducrot, O. (1981). Provar e dizer: linguagem e lógica. São Paulo: Global Ed.
Ducrot, O. (2009). Argumentação retórica e argumentação linguística. Letras de Hoje, 44(1), 20-25. http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/fale/article/view/5648/4116
Moreno, C. & Martins, T. (2006). Português para convencer: comunicação e persuasão em direito. São Paulo: Ática.
Perelman, C. & Tyteca, L. (1996). Tratado da argumentação: a nova retórica. São Paulo: Martins Fontes.
Saussure, F. de. (2001). Curso de linguística geral. São Paulo: Editora Cultrix.
Silva, C. L. da C. (2009). Argumentação e ensino de língua materna. En Silva, C. L. da C., Toldo, C. S., Barbisan, L. B. & Marquardt, L. L. (Eds.). Teorias do discurso e ensino. Porto Alegre: EDIPUCRS.
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Lingüística y Literatura
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Creative Commons by-nc-sa
Aqueles autores/as que tenham publicações com esta revista, aceitam os seguintes termos:
1. A revista é o titular dos direitos de autor dos artigos, os quais estarão simultaneamente sujeitos à Licença Internacional de Atribuição-Não comercial-CompartilhaIgual 4.0 de Creative Commons que permite a terceiros compartilhar a obra sempre que se indique seu autor e sua primeira publicação esta revista.
2. Os autores/as poderão adotar outros acordos de licença não exclusiva de distribuição da versão da obra publicada (p. ex.: depositá-la em um arquivo telemático institucional ou publicá-la em um volume monográfico) desde que se indique a publicação inicial nesta revista.
3. Permite-se e recomenda-se aos autores/as difundir sua obra através da Internet (p. ex.: em arquivos telemáticos institucionais ou em sua página web) antes e durante o processo de envio, o que pode produzir intercâmbios interessantes e aumentar as citações da obra publicada.