Sociologia jurídica comprometida, espectros, sombras e outros horizontes
DOI:
https://doi.org/10.17533/udea.esde.v82n179a010Palavras-chave:
sociologia jurídica militante, prática jurídica popular, marxismo, luta popular, uso social da (i)legalidadeResumo
Em nossa América, consolidou-se uma perspectiva hegemônica de sociologia jurídica liberal ativista, que aborda o acesso à justiça, o multiculturalismo, a cultura jurídica da legalidade, o novo constitucionalismo ou constitucionalismo andino, a justiça ambiental, a judicialização da política e a politização da justiça. Somado ao impulso da agenda neoliberal da agência de cooperação do norte global, interpelamos essa perspectiva com todas as suas luzes e sombras e, de baixo e à esquerda, revisitamos os advogados populares, professores críticos, defensores de direitos humanos, lideranças, organizações e comunidades que enfrentam os desafios de posicionar uma sociologia jurídica militante a partir das lutas populares, do acompanhamento aos movimentos sociais, das primeiras linhas, da defesa de presas e presos políticos, das lutas espirituais pelo território e da promoção do pensamento crítico no mundo social e no direito.
A partir da análise de experiências de pesquisa militante, interpela-se o exercício de uma sociologia comprometida com causas populares, a emancipação social e sua capacidade de agenciar outros horizontes jurídico-políticos. Tudo isso a partir de uma compreensão de espectros do marxismo nosso-americano, que assume posição frente ao direito burguês de proprietários, e insta a outros usos sociais das (i)legalidades.
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