Antes de Amazon
Industria editorial y mutaciones culturales
DOI:
https://doi.org/10.17533/udea.rib.v47n1e354358Palavras-chave:
historia del libro, capitalismo, estudios culturales, comercio minorista, supermercadosResumo
O mundo da produção editorial era, até há cerca de três décadas, considerado um reino insensível às mudanças do ambiente, um perímetro imutável, agarrado a práticas arcanas e seguranças inalteráveis. E as suas transformações relevantes e duradouras ocorreram, acreditava-se, quase exclusivamente em dois momentos marcantes: no longínquo passado gutenberguiano e no inefável presente dominado pela Amazon. Pelo meio, uma indústria fossilizada sobreviveu, aborrecida, fazendo sempre a mesma coisa. Teríamos de esperar pela chegada de Jeff Bezos para a fazer sair do seu coma auto-induzido.
Mas a história, em caso algum, é tão plana, unilinear e sem nuances. Para tentar contrariar esta visão que fossiliza a produção editorial, vejamos alguns exemplos, retirados de momentos diferentes, uns distantes no tempo, outros nem tanto, que nos falam de um conjunto de pessoas, práticas e interesses constantemente preocupados em encontrar novos rumos para uma prática secular. A diversidade de aspectos, desde a organização do trabalho aos modelos de comercialização, mostra o campo editorial como um campo obcecado pelo novo, que tomou decisões que deram origem a práticas sólidas, muitas das quais ainda hoje se mantêm.
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