A experiência de uma professora escolar como possibilidade de pensar e fazer da escola um lugar de cultura: trajetória formativa e boas práticas educativas
DOI:
https://doi.org/10.17533/udea.efyd.v33n2a06Palavras-chave:
Boas Práticas Pedagógicas, Educação Física, Trajetória, Escola, PedagogiaResumo
¿O que seriam boas práticas no âmbito das aulas de Educação Física em escolas públicas brasileiras?. Essa questão motivou o projeto que deu origem a este texto, o qual nos permitiu a imersão na rotina de uma professora de Educação Física de elevada reputação na comunidade na qual trabalhava. Aqui apresento uma interpretação do que consideramos, no interior daquela pesquisa, indícios de boas práticas pedagógicas no âmbito da educação física escolar, tendo como suporte analítico a trajetória profissional da professora Mercedes. Vali-me das observações de aulas feitas por uma equipe de colaboradores, dos documentos curriculares da Escola que acolheu a nossa iniciativa e, fundamentalmente, dos registros de quatro seções de entrevistas, duas feitas com a professora e duas com a pedagoga da Escola. O objetivo foi articular a trajetória da professora com o desenvolvimento das suas aulas, a partir do diagnóstico que a sua comunidade a reconhecia como uma excelente professora.
Downloads
Referências
Bourdieu, P. (1996). A ilusão biográfica. En M. M. Ferreira & J. Amado (Orgs.), Usos e abusos da história oral (pp.183-192). Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas.
Bracht, V. (1999). A constituição das teorias pedagógicas da educação física. Cadernos Cedes, Campinas, 19(48), 69-88.
https://doi.org/10.1590/S0101-32621999000100005
Cândido, A. (1983). A estrutura da escola. En L. Pereira & M. Foracchi (Comps.), Educação e sociedade. Leituras de Sociologia da educação (pp.107-28). São Paulo: Companhia Editora Nacional.
Chervel, A. (1990). História das disciplinas escolares: reflexões sobre um campo de pesquisa. Teoria e Educação, 2, 177-229.
Gimeno, J. (2000). A educação obrigatória: seu sentido educativo e social. Porto Alegre: Artmed.
Goodson, I. (1995a). Historia del currículum: la construcción social de las disciplinas escolares. Barcelona: Ediciones Pomares-Corredor.
Goodson, I. (1995b). Dar voz ao professor: as histórias de vida dos professores e o seu desenvolvimento profissional. En A. Nóvoa (Org.), Vidas de professores (pp.63-78). Porto: Porto Editora.
Goodson, I. (2007). Questionando as reformas educativas: a contribuição dos estudos biográficos na educação. Pro-Posições, 18(2), 17-37.
Hamilton, D. (2001). Notas de lugar nenhum: sobre os primórdios da escolarização moderna. Revista Brasileira de História da Educação, 1, 45-73.
Lelis, I. (2001). Profissão docente: uma rede de histórias. Revista Brasileira de Educação, 17, 40-49.
https://doi.org/10.1590/S1413-24782001000200004
Levi, G. (1996). Usos da biografia. En M. M. Ferreira & J. Amado (Orgs.), Usos e abusos da história oral (pp.167-182). Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas.
Moreira, A. F. (1995). O currículo como política cultural e a formação docente. En T. T. Silva, & A. F. Moreira (Orgs.), Territórios contestados: o currículo e os novos mapas políticos e culturais (pp.7-20). Petrópolis: Vozes.
Pineau, P. (1999). Premissas básicas de la escolarización como construcción moderna que construyó a la modernidad. Revista de Estudios del Curriculum. 2(1), 39-61.
PMC Prefeitura Municipal de Curitiba (2006). Diretrizes curriculares para a educação municipal de Curitiba. Volume 3: Ensino Fundamental. Curitiba: PMC.
Sarlo, B. (2003). Escolas. En: R. L. Garcia, & A. F. Moreira (Orgs.), Currículo na contemporaneidade: incertezas e desafios. São Paulo: Cortez.
Souza, M. (1999). O saber e o fazer pedagógicos: a Educação Física como componente curricular...?... isso é História! Recife: Edupe.
Taborda, M. A. (1998). Existe espaço para o ensino de educação física na escola básica? Pensar a Prática. Goiânia, 2, 1-23.
Taborda, M. A. (2003). Educação física escolar e ditadura militar no Brasil (1968-1984): entre a adesão e a resistência. Bragança Paulista, SP: EDUSF.
Taborda, M. A. (Org.). (2006). Educação do corpo na escola brasileira. Campinas: Autores Associados.
Taborda, M. A. (2009). Saberes e práticas sobre a educação do corpo infantil na instrução pública primária nos anos finais do século XIX no Brasil. Sarmiento: Anuário Galego de História da Educación, 13, 131-149.
Taborda, M. A., Oliveira, L. P. A., & Vaz, A. F. (2008). Sobre a corporalidade e a escolarização: contribuições para a reorientação das práticas escolares da disciplina de Educação Física. Pensar a Prática, 11(3), 303-318.
https://doi.org/10.5216/rpp.v11i3.4344
Thompson, E. P. (1981). A miséria da Teoria. Rio de Janeiro: Zahar.
Thompson, E. P. (1987). A formação da classe operária inglesa (Vol. III, A força dos trabalhadores). Rio de Janeiro: Paz e Terra.
Thompson, E. P. (2002). Educação e experiência. En E. P. Thompson, Os românticos. A Inglaterra na era revolucionária. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.
Zuin, A. Á. (2001). Sobre a atualidade do conceito de indústria cultural. Cadernos Cedes, 21(54), 9-18.