A violação do direito da mulher à moradia na Europa
DOI:
https://doi.org/10.17533/udea.esde.v79n174a03Palavras-chave:
direito à moradia, exclusão residencial, perspectiva de gênero, política de moradiaResumo
O objetivo desde artigo é analisar a violação do direito à moradia da mulher na Europa na atualidade por meio de um modelo multidimensional de análise da exclusão residencial desde uma perspectiva de gênero estruturado em três dimensões: a econômica, a física e a psicossocial. Os resultados confirmam a existência de um abismo de gênero (gender gap) no cumprimento do direito à moradia na Europa. Desde a dimensão econômica (a moradia inacessível), a evidência estatística sobre as maiores dificuldades da mulher para satisfazer as custas residenciais na Europa é incontestável. Desde a dimensão física (a moradia inadequada), as condições de moradia da mulher são também sistematicamente inferiores nas variáveis analisadas. E desde a dimensão psicossocial (a moradia insegura), os elevados níveis de violência que padece a mulher na Europa em sua esfera doméstica fazem que para muitas delas sua moradia já não desempenhe uma função imprescindível, a de oferecer um abrigo seguro. Para corrigir essas desigualdades é preciso ir além do reconhecimento político e jurídico do direito à moradia e da igualdade entre homens e mulheres, e desenvolver políticas efetivas nesse campo.
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