Ato psicanalítico e a formação do analista

Autores

DOI:

https://doi.org/10.17533/udea.affs.v15n28a10

Palavras-chave:

ato analítico, formação do analista, institucionalização

Resumo

Seguimos o percurso do seminário Ato psicanalítico de Lacan, para problematizar e articular o os tempos de uma análise como uma condição crucial para a formação do analista, considerando que é a concepção de ato a que permite enodar esses dois processos. Realizamos um esclarecimento do quadro do semigrupo de Klein estabelecido neste seminário, que indica os momentos de uma análise e suas operações: a alienação, a verdade e a transferência. Esclarecemos a tentativa de Lacan, neste momento de sua obra, em estabelecer uma lógica dos fatos inconscientes e como ele faz isso a partir de uma negação do cogito cartesiano. Uma dupla concepção de ato, em sua vertente simbólica, como um correlato significante, e outra real, como um corte no campo do Outro (A), permite-nos discutir os efeitos de uma análise no que tange à destituição subjetiva, e à modificação da relação do sujeito com o saber, a verdade e o gozo, mas também como um efeito de criação. Ao final, utilizamos essas proposições para fundamentar uma discussão acerca da formação do analista e da vida institucional.

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Biografia do Autor

Leonardo Danziato, Universidade de Fortaleza

Professor Doutor do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade de Fortaleza. Psicanalista, Analista-Membro da Invenção Freudiana - Transmissão da Psicanálise.

Fabiano Chagas Rabêlo, Universidade Federal do Piauí

Professor Mestre da Universidade Federal do Piauí - Campus Ministro Reis Velloso, Parnaíba. Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal do Ceará. Psicanalista, Membro da EPFCL-Brasil.

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Publicado

2018-01-16

Como Citar

Danziato, L., & Chagas Rabêlo, F. (2018). Ato psicanalítico e a formação do analista. Affectio Societatis, 15(28), 228–248. https://doi.org/10.17533/udea.affs.v15n28a10

Edição

Seção

Artículos de Reflexión