Ato psicanalítico e a formação do analista
DOI:
https://doi.org/10.17533/udea.affs.v15n28a10Palavras-chave:
ato analítico, formação do analista, institucionalizaçãoResumo
Seguimos o percurso do seminário Ato psicanalítico de Lacan, para problematizar e articular o os tempos de uma análise como uma condição crucial para a formação do analista, considerando que é a concepção de ato a que permite enodar esses dois processos. Realizamos um esclarecimento do quadro do semigrupo de Klein estabelecido neste seminário, que indica os momentos de uma análise e suas operações: a alienação, a verdade e a transferência. Esclarecemos a tentativa de Lacan, neste momento de sua obra, em estabelecer uma lógica dos fatos inconscientes e como ele faz isso a partir de uma negação do cogito cartesiano. Uma dupla concepção de ato, em sua vertente simbólica, como um correlato significante, e outra real, como um corte no campo do Outro (A), permite-nos discutir os efeitos de uma análise no que tange à destituição subjetiva, e à modificação da relação do sujeito com o saber, a verdade e o gozo, mas também como um efeito de criação. Ao final, utilizamos essas proposições para fundamentar uma discussão acerca da formação do analista e da vida institucional.
Downloads
Referências
Brodsky, G. (2004). Short Story: os princípios do ato analítico. Rio de Janeiro, Brasil: Contra Capa Livraria.
Danziato, L. (2015). O ato e a invenção. Inédito. Mimeo.
Darmon, M. (1994). Ensaios sobre a topologia lacaniana. Porto Alegre, Brasil: Artes Médicas.
Freud, S. (1901/1976). Psicopatologia da vida cotidiana. In Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud (Vol. VI.). Rio de Janeiro, Brasil: Imago.
Freud, S. (1937/1975). Análise terminável e interminável. In Edição Standard Brasileira das Obras Completas de Sigmund Freud (Vol. XXIII). Rio de Janeiro, Brasil: Imago.
Freud, S. (1920/2006). Além do Princípio do Prazer. In Luiz Alberto Hans et al. (Trad.), Escritos sobre a psicologia do inconsciente (Vol. II). Rio de Janeiro, Brasil: Imago.
Lacan, J. (1988). O Seminário, livro 7: A ética da psicanálise. Seminário dos anos 1959-60. Rio de Janeiro, Brasil: Jorge Zahar.
Lacan, J. (1988a). O Seminário, livro 11: Os quatro conceitos fundamentais da psicanálise. Seminário do ano de 1964. Rio de Janeiro, Brasil: Jorge Zahar.
Lacan, J. (1992). O Seminário, livro 17: O avesso da psicanálise. Rio de Janeiro, Brasil: Jorge Zahar.
Lacan, J. (1998). A significação do falo. In Escritos. Rio de Janeiro, Brasil, Jorge Zahar.
Lacan, J. (2001). O ato psicanalítico – Seminário 1967-1968. Rio de Janeiro, Brasil: Escola de Estudos Psicanalíticos. Publicação para circulação interna e uso dos membros.
Lacan, J. (2003). Ato de fundação. In Outros escritos. Rio de Janeiro, Brasil: Jorge Zahar.
Lacan, J. (2003b). Proposição de 9 de outubro de 1967 sobre a formação do analista. In Outros Escritos, Rio de Janeiro, Brasil: Jorge Zahar.
Lacan, J. (2007). O Seminário, livro 23: O sinthoma. Rio de Janeiro, Brasil: Jorge Zahar.
Lacan, J. (2010). Encore. Rio de Janeiro, Brasil: Escola Letra Freudiana. Edição não comercial. Tradução Analúcia Teixeira Ribeiro.
Lacan, J. (2002). RSI. (Versión crítica). Publicación para circulación interna de la Escuela Freudiana de Buenos Aires. Mimeografiada, (Seminário, 22 [1974/75]).
Torres, R. (2010). Dimensões do ato em psicanálise. São Paulo, Brasil: Annablume (Coleção Ato Psicanalítico).
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2018 Affectio Societatis
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by-nc-sa/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Os autores autorizam a Revista a publicar seus trabalhos acadêmicos não apenas no website da Revista, mas também em qualquer outro meio escrito ou eletrônico da Revista, bem como nos bancos de dados aos quais a Revista tem acesso. A Affectio Societatis reconhece que os direitos morais e a decisão de publicar suas obras posteriormente em outros meios de publicação pertencem exclusivamente aos autores, caso em que estes devem reconhecer expressamente os créditos devidos à Affectio Societatis.