Sobrepeso e obesidade em adultos: contribuições de uma análise geoespacial

Resumo

Objetivo: Realizar uma análise geoespacial do comportamento de sobrepeso e obesidade baseado na “Pesquisa Nacional de Situação Nutricional” de 2015.

Metodologia: Aplica-se um modelo de análise geoespacial de distribuição espacial transversal a partir da Pesquisa, em escala departamental. Para tanto, calculam-se as prevalências de sobrepeso, obesidade classe I, II e III segundo o índice de massa corporal e a obesidade abdominal em mulheres e homens, em relação com a circunferência da cintura. Utilizam-se ferramentas de sistemas de informação geográfica, como o índice de Moran Global, o índice local de autocorrelação espacial (LISA) e o G* Getis Ord, para determinar os padrões de agrupamentos de altas e baixas prevalências.

Resultados: Os conglomerados locais ilustrados nos mapas demonstram que seus residuais estão distribuídos normalmente no espaço. Observa-se uma aleatoriedade no modelo da autocorrelação espacial. As agrupações de LISA alta-alta apresentam-se em dez departamentos com estas condições (La Guajira, Magdalena, Atlántico, Sucre Cesar, Norte de Santander, Córdoba, Antioquia, Chocó e Cundinamarca). Segundo o índice de massa corporal, 38,5 a cada 100 habitantes têm sobrepeso; 20,9 a cada 100 habitantes apresentam obesidade, e segundo a circunferência de cintura, 53,2 a cada 100 habitantes têm obesidade abdominal.

Conclusões: A distribuição espacial do sobrepeso e a obesidade pode estar condicionada por variáveis sociodemográficas tratadas no estudo. O país tem o desafio de continuar implementando ações populacionais em saúde pública para diminuir estas condições.