Silagem de resíduos de palmito produzidos a partir da Palmeira Real
DOI:
https://doi.org/10.17533/udea.rccp.v32n1a08Palavras-chave:
ácidos orgânicos, Archontophoenix alexandrae, fermentação, forragem, subprodutos, pHResumo
Antecedentes: Resíduos da produção de palmito da palmeira Real são um problema para a agroindústria devido sua falta de utilização e o seu uso na forma de silagem pode ser uma alternativa na alimentação de ruminantes. Objetivo: Avaliar a composição química e os parâmetros fermentativos, e verificar a qualidade da silagem produzida a partir do resíduo da produção de palmito da Palmeira Real Australiana. Métodos: Foram avaliadas três tipos de silagem de resíduo da produção de palmito da Palmeira Real: silagem de folha, silagem de bainha e silagem da composta (folha + bainha). O resíduo processado foi acondicionado em silos experimentais e distribuídos em um delineamento inteiramente casualizado com 10 repetições e as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de significância. Resultados: A silagem de folha apresentou maior pH (p<0,05) em relação as demais silagens, enquanto para o nitrogênio amoniacal (p<0,05), apresentou menor teor em relação as demais silagens. Não observou-se diferença (p>0,05) para os ácidos lático e butírico, enquanto o ácido acético foi maior para as silagens de bainha e composta em relação as demais silagens. O teor de matéria seca (MS), proteína bruta (PB) foi maior (p<0,05) na silagem de folha em relação as demais silagens. A fibra em detergente neutro analisada estimada apresentou maiores valores (p<0,05) para a silagem de bainha, seguida pela silagem de folhas e silagem composta, respectivamente. O teor de lignina foi maior (p<0,05) para a silagem de bainha. Conclusões: De acordo com os parâmetros fermentativos, os resíduos da produção de palmito da Palmeira Real apresentam potencial para a produção de silagem. No entanto, as diferenças na composição das silagens devem ser consideradas quando oferecidas para animais ruminantes.
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