A noção de estilo para um estudo comparativo da antropologia social junto a povos indígenas no Brasil, Canadá, Austrália e Argentina
DOI:
https://doi.org/10.17533/udea.boan.v38n66a4Palavras-chave:
estilos da antropologia, antropologias periféricas, contextos nacionais, etnologia indígena, Roberto Cardoso de OliveiraResumo
Examina-se a noção de estilo para examinar a antropologia social que aborda povos indígenas no contexto de quatro países diversos, Brasil, Argentina, Canadá e Austrália. Roberto Cardoso de Oliveira, partindo da noção de antropologias periféricas, aquelas antropologias que surgiram fora dos países onde a disciplina se consolidou – Grã-Bretanha, França e os Estados Unidos – passou a dar preferência à noção de estilo, desde a noção do filósofo Gilles Gaston-Granger, para abordar as particularidades de cada tradição antropológica que se desenvolveu no contexto de Estados nacionais diversos com histórias diferentes, para não se confundir com a noção de periferias no sentido político-econômico.
Downloads
Referências
Azzan Júnior, Celso. (2004) Antropologia e sociedade no Quebec - antes e depois da Revolução Tranqüila. São Paulo: Annablume.
Baines, Stephen. G. (2018) Etnologia Indígena no contexto de Estados nacionais diversos: Brasil, Austrália, Canadá. Em: Anuário Antropológico, Brasília, UnB, vol. 43, N.° 1, pp. 365-454.
Baines, Stephen G. (2014) Resenha de livro Ribeiro, Gustavo. L.; Escobar, Arturo, (Orgs). (2012). Antropologias Mundiais: transformações da disciplina em sistemas de poder. Brasília: Editora UnB. In: Anuário Antropológico, vol. 39, N.° 1, pp. 259-262.
Baines, Stephen. G. (2012) Social Anthropology with Indigenous Peoples in Brazil, Canada and Australia - a comparative approach. En: Vibrant, vol. 9, N.º 1, pp. 209-238. [Disponível em] http://www.vibrant.org.br/issues/v9n1/
Baines, Stephen. G. (2003) Organizações indígenas e legislações indigenistas no Brasil, na Austrália e no Canadá, Arquivos do Museu Nacional, Rio de Janeiro, vol. 61, N.º 2, pp. 115-128. [Disponível em] https://revistas.ufrj.br/index.php/amn/article/view/48666/26336>
Baines, Stephen. G. (1997) Tendências recentes na política indigenista no Brasil, na Austrália e no Canadá. Série Antropologia, 224. Brasília: DAN, UnB.
Baines, Stephen. G. (1996a) Etnologia Indígena no Canadá: Primeiras Impressões. Série Antropologia, 196, Brasília, Departamento de Antropologia, Universidade de Brasília.
Baines, Stephen G. (1996b) Social Anthropology with Aboriginal Peoples in Canada: First Impressions. Em: Série Antropologia, 197, Brasília, Departamento de Antropologia, Universidade de Brasília.
Baines, Stephen G. (1995) Primeiras impressões sobre a etnologia indígena na Austrália. Em: Cardoso de Oliveira, R.; Rúben, G. R (orgs.). Estilos de Antropologia, Campinas. Editora da UNICAMP, (Coleção Repertórios), pp. 65-119.
Baines, Stephen. G. (1993a) Primeiras Impressões sobre a Etnologia Indígena na Austrália. Em: Série Antropologia 139. Brasília. Departamento de Antropologia, Universidade de Brasília.
Baines, Stephen. G. (1993b) First Impressions from a Brazilian Perspective on the Study of Aboriginal Populations in Social Anthropology in Australia. Em: Série Antropologia 144. Brasília. Departamento de Antropologia, Universidade de Brasília,
Baines, Stephen. G. (1991) Etnologia e Indigenismo na Austrália. Em: Série Antropologia 115. Brasília. Departamento de Antropologia, Universidade de Brasília.
Baines, Stephen G.; Miller, Bruce G. (2021) Introduction, Dossier: Indigenous Peoples, tribunals, prisons, and legal and public processes in Brazil and Canada. Vibrant, Virtual Brazilian Anthropology, 18, pp. 1 - 9. [Disponível em] https://www.scielo.br/j/vb/a/KgBHtvFfds7qbqHftkWnNRB/?lang=en
Benites, Tonico. (2015). Os antropólogos indígenas: desafios e perspectivas. Novos Debates: Fórum de Debates em Antropologia, Brasília, Associação Brasileira de Antropologia, vol. 2, N.º 1, pp. 233-243.
Cardoso de Oliveira, Roberto. (1988) Por uma etnografia das antropologias periféricas. Capítulo 7, Em: Cardoso de Oliveira, Roberto. Sobre o Pensamento Antropológico. Rio de Janeiro, Tempo Brasileiro; Brasília, CNPq, (Biblioteca Tempo Universidade; N.º 83), pp. 143 - 159.
Cardoso de Oliveira, Roberto. (1998). Antropologias periféricas versus antropologias centrais. Capítulo 6, In: Cardoso de Oliveira, Roberto. O trabalho do antropólogo. Brasília, Paralelo 15; São Paulo, Editora UNESP, pp. 107 - 133.
Cardoso de Oliveira, Roberto (2000). O movimento dos conceitos na antropologia. Capítulo 2, Em: Cardoso de Oliveira, Roberto. O Trabalho do Antropólogo. Brasília, Paralelo 15; São Paulo, Editora UNESP. pp. 37 - 52.
Cardoso de Oliveira, Roberto; Ruben, Guilhermo R. (Org.) (1995), Estilos de Antropologia. Campinas, SP., Editora da Unicamp.
Corrêa, Mariza. (1987) História da Antropologia no Brasil (1930-1960), Vol. 1 Testemunhos: Emílio Willems, Donald Pierson. São Paulo: Vértice, Editora Revista dos Tribunais; Campinas, S.P., Editora da UNICAMP.
Crépeau, Robert R. (1995). A antropologia indígena brasileira vista do Quebec: uma proposta de pesquisa. Em: Cardoso de Oliveira, Roberto; Ruben, Guilhermo R. (Org.) Estilos de Antropologia. Campinas, SP., Editora da Unicamp, pp.139 - 154.
Cruz, Felipe. (2017) “Indígenas antropólogos e o espetáculo da alteridade”. Revista de Estudos e Pesquisas sobre as Américas, vol. 11, N.º 2, pp. 93-108.
Fígoli, Leonardo H. (1990) Ciência sob o Olhar Etnográfico: Estudo da Antropologia Argentina. Tese de doutorado, Departamento de Antropologia, Universidade de Brasília.
Gerholm, Tomas; Hannerz, Ulf 1982. Introduction: The Shaping of National Anthropologies. Em: Ethnos, 47, pp. 5-35.
Handler, Richard. (1984) On Sociocultural Discontinuity: Nationalism and Cultural Objectification in Quebec. Em: Current Anthropology vol. 25, N.º 1, pp. 51-76.
Herzfeld, Michael. (1986) Ours Once More: Folklore, Ideology and the Making of Modern Greece. London, Pella.
Kapferer, Bruce. (1989) Nationalist Ideology and a Comparative Anthropology. Em: Ethnos, 54 (3 4), pp.161-199.
Luciano, Gersem José dos Santos. (2015). Os indígenas antropólogos: desafios e perspectivas. Novos Debates: Fórum de Debates em Antropologia, Brasília, Associação Brasileira de Antropologia, vol. 2, N°. 1, pp. 244-251.
Krotz, Esteban, (1997) “Anthropologies of the South. Their rising, their silencing, their characteristics.” Em: Critique of Anthropology 17 (3), pp. 237-251.
Kuper, Adam. (1994) Culture, Identity and the Project of a Cosmopolitan Anthropology. Em: Man (N.S.) 29, pp. 537-554.
Lenton, Diana. (2010) Política indigenista argentina: una construcción inconclusa. Em: Anuário Antropológico 2009, pp. 57-97.
Narayan, Kirin. (1993) How Native is a Native Anthropologist? Em: American Anthropologist, vol. 95, N.º 3, pp. 671-686.
Peirano, Mariza G. S. (2004), Pecados e virtudes da antropologia - uma reação ao problema do nacionalismo metodológico. Em: Novos Estudos, N°. 69 CEBRAP, pp. 49-56.
Peirano, Mariza G. S. (1992) Uma Antropologia No Plural: Três Experiências Contemporâneas. Brasília: Editora Universidade de Brasília.
Peirano, Mariza G. S. (1981) The Anthropology of Anthropology: The Brazilian Case. Tese (Doutorado), Harvard University, (Publicada na Série Antropologia N°. 110, Brasília: DAN, UnB, 1991).
Ramos, Alcida Rita. (1990). Ethnology Brazilian Style. Em: Cultural Anthropology, 5(4) pp. 452 - 472.
Ribeiro, Gustavo Lins. (2006). Antropologias Mundiais: para um novo cenário global na antropologia. RBCS, Vol. 21, N°. 60, pp. 147 - 165.
Ribeiro, Gustavo L.; Escobar, Arturo. (Org.) (2012) Antropologias Mundiais: Transformações da disciplina em sistemas de poder. 1. ed. Brasília, Editora da UnB/ Letras Livres.
Ribeiro, Gustavo L.; Lima, Antônio Carlos de Souza (org.). (2004) O Campo da Antropologia no Brasil. Em: Trajano Filho, W.; Ribeiro, Gustavo L. (org.). O Campo da Antropologia no Brasil. Rio de Janeiro: Contra Capa, pp. 07-12.
Ribeiro, Darcy. (1970) Os Índios e a Civilização: a integração das populações indígenas no Brasil moderno. Río de Janeiro, Civilização Brasileira.
Rúben, Guilhermo R. (1995) O “tio materno” e a Antropologia quebequense. Em: Cardoso de Oliveira, Roberto; Rúben, Guilhermo. R. (Orgs.). Estilos de Antropologia. Campinas, SP., Editora da UNICAMP, pp. 121-138.
Smith, M. Estellie. (1984) “Comments” on Handler, R. “On Sociocultural Discontinuity: nationalism and cultural objectification in Quebec.” Em: Current Anthropology, vol. 25, N.º 1, pp. 67-69.
Stocking Jr., George W. (1982), Afterword: A View from the Center. Em: Ethnos, vol. 47, N.º 1-2, pp. 172-186.
Teófilo da Silva, Cristhian. (2016) Regimes de indianidade, tutela coercitiva e estadania: examinando a violência institucional contra indígenas no Brasil e no Canadá. Em: Espaço Ameríndio, Porto Alegre, vol. 10, N.º 2, pp. 194-222.
Teófilo da Silva, Cristhian. (2014) Da etnicização das teorias aos dilemas de envolvimento com as Primeiras Nações na anthropologie québecoise. Em: Interfaces Brasil/Canadá. Canoas, vol. 14, N.º 2, pp. 231-254.
Teófilo da Silva, Cristhian. (2013) Les peuples autochtones, l’autodétermination et l’autonomie politique au Brésil: éléments pour le dialogue interethnique avec les organisations et mouvements autochtones au Canada. Série CEPPAC, Brasília, N°. 45, pp. 1-18.
Trajano Filho, Wilson; Ribeiro, Gustavo L (Org.). (2004) O Campo da Antropologia no Brasil. Rio de Janeiro, Contra Capa Livraria; Associação Brasileira de Antropologia.
Trinchero, Hugo. (2010) “Los pueblos originarios en la formación de la nación argentina. Contrapuntos entre el centenario y el bicentenario”. Em: Revista Espacios de Crítica y Producción, vol. 43, pp. 106-123.
Vessuri, Hebe M. C. (1995) Estilos nacionais de antropologia? Reflexões a partir da sociologia da ciência. Em: Cardoso de Oliveira, Roberto; Ruben, Guilhermo R. (Org.) Estilos de Antropologia. Campinas, São Paulo: Editora da Unicamp, (Coleção Repertórios), pp.155-176
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Boletim de Antropologia
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Os autores que publiquem no “Boletim de Antropologia” aceitam as seguintes condições:
- Os autores conservam os direitos autorais e cedem à revista o direito da primeira publicação, com o trabalho cadastrado com a licença de atribuição de Creative-Commons, que permite a terceiros utilizar o publicado contanto que mencionem a autoria do trabalho e à primeira publicação nesta revista.
- Os autores podem realizar outros acordos contratuais independentes e adicionais para a distribuição não exclusiva da versão do artigo publicado nesta revista (por exemplo, incluí-lo em um repositório institucional ou publicá-lo em um livro) contanto que mencionem explicitamente que o trabalho foi publicado por primeira vez nesta revista.