Quem fala no ouvido de Einstein? Arte indígena contemporânea no estado de Chiapas (México)
DOI:
https://doi.org/10.17533/udea.boan.6779Palavras-chave:
Chiapas (México), Arte indígena, Arte contemporânea, Identidade "neo-indiana", Tradição e modernidade, SincretismoResumo
Resumo. Este artigo analisa a produção artística atual dos povos indígenas de Chiapas, combinando um enfoque sociológico e uma perspectiva estética. O levante zapatista de 1994 transformou a estrutura urbanística e o tecido social de San Cristóbal de Las Casas de tal forma que, hoje, o mundo indígena idealizado para o turismo não se compara ao mundo indígena real dos bairros urbanos. Esse contexto social condiciona a produção dos "intelectuais criativos" (artistas plásticos, escritores, músicos não tradicionais),
músicos não tradicionais) que representam os diferentes grupos indígenas de Chiapas. Os artistas plásticos
encontram-se em uma posição de inferioridade devido à falta de público e à dependência da ajuda aleatória do Estado; mesmo assim, alguns expressam uma identidade "neoíndia" baseada na reinvenção de paradigmas étnicos que confronta a modernidade e renova elementos da arte contemporânea, apropriando-se de maneira não convencional dos espaços públicos. Esses artistas exemplificam um sincretismo consciente que nos obriga a
a reexaminar os critérios étnicos e a nos distanciar do purismo antropológico para reconhecer a vitalidade experimentada e a natureza aberta das culturas indígenas contemporâneas.
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