A Clínica Jurídica Fredonia e duas estratégias que contribuem para a deliberação interna e o diálogo intercultural
DOI:
https://doi.org/10.17533/udea.boan.6786Palavras-chave:
Camponeses, Antropologia jurídica, Direitos humanos, Discurso interno, Diálogo intercultural, AntioquiaResumo
Resumo. Inspirado nos conceitos de An-Na'im (1995) sobre o discurso interno e o diálogo transcultural, este artigo se concentra na análise de dois instrumentos jurídicos utilizados por estudantes de Direito e usuários do Escritório de Apoio Jurídico de Fredonia (Antioquia) durante sua interação, os quais, se estimulados adequadamente, poderiam resultar não apenas em processos educativos reflexivos sobre os postulados fundamentais do Direito, mas também poderiam constituir novas estratégias que permitissem atualizar as próprias expectativas da pessoa sobre sua cultura. Para os profissionais do Direito, trata-se de investigar sua transição entre duas formas de expressão, um discurso predominantemente jurídico e outro mais familiar, em que ocorre uma aproximação com o discurso e os valores do usuário. Do ponto de vista do usuário, a análise aponta para a rede de aconselhamento local. Tomando essa questão-chave como ponto de partida, as ideias e os valores dos usuários sobre seu ambiente dão lugar ao objetivo final de resolver conflitos de forma legal.
Downloads
Referências
An-Na ́im, Abdullahi Ahmed (1995). “Introduction”, “Toward a Cross Cultural Approach to Defi ning International Standards of Human Rights: The Meaning of Cruel, Inhuman, or Degrading Treat-ment or Punishment”, “Conclusion”. En: An-Na ́im, A. (ed.). Human Rights in Cross-Cultural Perspectives: Quest for Consensus. University of Pennsylvania Press, Philadelphia, pp.1-15, 19-43, 427-435.
Bourdieu, Pierre (2002 [1989]). O poder simbólico. Bertrand, Rio de Janeiro.
Dembour, Marie-Bénédicte (2001). “Following the Movement of a Pendulum between Universalism and Relativism”. En: Cowan, J.; Dembour, M. B. y Wilson, R. (eds.). Human Rights, Culture and Context: Anthropological Perspectives. Cambridge University Press, Cambrige, pp. 56-79.
Dumont, Louis (2000 [1983]). O individualismo. Uma perspectiva antropológica da ideologia moderna.Rocco, Rio de Janeiro.
García Villegas, Mauricio (1993). La efi cacia simbólica del derecho. Uniandes, Bogotá.
Geertz, Clifford (1994). Conocimiento local. Paidós, Barcelona.
Goffman, Erving (1959). The Presentation of Self in Everyday Life. Anchor Books, Nueva York.
Gott, Gil (2002). “Imperial Humanitarism. History of an Arrested Dialectic”. En: Hernández-Truyol, B. (ed.). Moral Imperialism: A Critical Anthology. New York University Press, Nueva York, pp. 19-38.
Gudeman, Stephen y Rivera, Alberto (1990). Conversations in Colombia. The Domestic Economy in Life and Text. Cambridge University Press, Cambridge.
Jackson, Michael (1998). Minima Ethnographica. Intersubjectivity and Anthropological Project. The University of Chicago Press, Chicago.
Macía Vergara, Laura (2003). Entre la mesa y la pared. Clientes y doctores en un consultorio jurídico popular. Uniandes, Bogotá, Serie de Documentos de Investigación N.o 4. Nuevos Estudios Socio-jurídicos.
Monroy, S. (2006a). “Holismo e individualismo durante el ejercicio de la ciudadanía en el Consultorio Jurídico de Fredonia, Antioquia”. En: Universitas Humanistica, Bogotá, N.o 61, enero-junio, pp. 163-182.
____________ (2006b). Choque ideológico em um escritório modelo rural de Antioquia, Colômbia. Reconhecimento, identidade e sobreposição de valores. Tesis de Mestre em Antropologia Social,Universidade de Brasília, Brasília.
Monroy, S. y Llanes, C. (2005). “Comunidades de conversación: la construcción de los casos jurídico y personal en un consultorio jurídico rural”. En: Revista Colombiana de Antropología.ICANH, Bogotá, Vol. 41, enero-diciembre, pp. 74-106.
Moore, Sally Falk (1978). Law as process. An anthropological approach. Routledge & Keegan Paul, London-Boston.
Robert, Henri (2002 [1929]). O advogado. Martins Fontes, São Paulo.
Santos, Boaventura de Souza (2003). “Por uma concepção multicultural de direitos humanos”. En: Santos, B. de S. (ed.). Reconhecer para libertar. Os caminhos do cosmopolitismo multicultural.Civilização Brasileira, Rio de Janeiro pp. 429-462.
Segato, Rita Laura (2005). “Raça é signo”. En: Série Antropologia. Departamento de Antropologia, Uni-versidade de Brasília, Brasilia, N.o 372, [En línea] http://www.unb.br/ics/dan/Serie372empdf.pdf, consulta: septiembre de 2006.
____________ (2004). “Antropología y derechos humanos: alteridad y ética en el movimiento de los derechos universales”. En: SérieAntropologia. Departamento de Antropologia, Universidade de Brasília, Brasília, N.o 356, [En línea] http://www.unb.br/ics/dan/Serie356empdf.pdf, consulta: octubre de 2006.
____________ (2002). “Identidades políticas/alteridades históricas. Una crítica a las certezas del plu-ralismo global”. En: NuevaSociedad, Buenos Aires, N.o 178, marzo-abril, pp. 104-125.
Woortmann, Ellen y Woortmann, Klaas (1997). O trabalho da terra. Universidade de Brasília, Brasília.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2010 Boletim de Antropologia
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Os autores que publiquem no “Boletim de Antropologia” aceitam as seguintes condições:
- Os autores conservam os direitos autorais e cedem à revista o direito da primeira publicação, com o trabalho cadastrado com a licença de atribuição de Creative-Commons, que permite a terceiros utilizar o publicado contanto que mencionem a autoria do trabalho e à primeira publicação nesta revista.
- Os autores podem realizar outros acordos contratuais independentes e adicionais para a distribuição não exclusiva da versão do artigo publicado nesta revista (por exemplo, incluí-lo em um repositório institucional ou publicá-lo em um livro) contanto que mencionem explicitamente que o trabalho foi publicado por primeira vez nesta revista.