Percepção do aborto: as vozes dos médicos no Hospital de San José (Bogota)
DOI:
https://doi.org/10.17533/udea.rfnsp.v35n1a08Palavras-chave:
percepção, aborto legal, interrupção voluntária da gravidez, médicos, pesquisa qualitativaResumo
Objetivo: Compreender a percepção sobre a interrupção voluntária da gravidez (IVG), sob três as causais definidas na Sentença C-355 do ano 2006, em um grupo de médicos do Hospital de San José, Bogotá-Colômbia. Metodologia: Pesquisa qualitativa hermenêutica. A amostra configurou-se com quinze médicos do serviço de Ginecologia e Obstetrícia selecionados por amostragem teórica, e o tamanho da amostra determinou-se por saturação da informação. Os dados obtiveram-se por meio de entrevistas de profundidade que foram analisadas com a proposta de Heidegger, Diekelman, Allen e Tanner. Resultados: A Sentença C-355 de 2006 foi percebida como uma disposição necessária que reconhece às mulheres os direitos a decidir sobre a sua vida e reprodução; além disso, oferece uma segura interrupção da gravidez. Do mesmo modo, contribui com a diminuição de problemas sociais, do sistema de saúde e familiares, mesmo que a sociedade colombiana continua com uma percepção negativa da IVG. Contudo, indicam-se a falências da Sentença: ausência nas definições do conceito de saúde e do limite de semanas de gravidez para aplicar a IVG; e de atendimento psicológico e de genética posterior à interrupção. Discussão: A Sentença é um avanço significativo na Colômbia. Embora aceitem a IVG, os participantes reconhecem seus questionamentos a esta prática, consequência dos seus valores religiosos e familiares, também da estigmatizarão social do aborto. Conclusões: É necessarío revisar a Sentença e que os médicos participem neste processo.
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