Os laboratórios de psicologia no início do século xx: a produção de singulares selfs científicos e de técnicas de si
DOI:
https://doi.org/10.17533/udea.rp-e345739Palabras clave:
humanidades cientificas, objetividade epistêmica, objetividade política, história do corpo, tecnologias do self, introspecçãoResumen
O artigo, que se define como trabalho de reflexão, busca discutir o vínculo entre história da subjetividade e história da objetividade, principalmente no que diz respeito aos primeiros laboratórios de psicologia. Entendendo que explorar tal vínculo requer abordagens simétricas na produção do conhecimento, que não supõem corte entre projetos científicos bem sucedidos e malogrados, nos valeremos de referências provenientes dos estudos Ciência-Tecnologia-Sociedade, da epistemologia política (Despret e Stengers), da genealogia da ética (Foucault) e da história da objetividade (Daston e Galison). Partindo de tais referências, abordaremos três grandes tópicos: a) as práticas operadas nos primeiros laboratórios de psicologia; b) a objetividade propiciada por tais práticas; c) as transformações subjetivas pelas quais os psicólogos experimentais deveriam passar visando obter resultados científicos. Na conclusão, avaliamos se é possível dizer que, no treinamento introspectivo, as técnicas de si operam como uma marca distintiva da constituição de um self científico e como um conceito chave para um estudo histórico destes laboratórios psicológicos.
Descargas
Citas
Bloor, D. (1976). Knowledge and social imagery. Chicago, Illinois: University of Chicago Press.
Bordogna, F. (2005). Scientific personae in American psychology: three case studies. Studies in History and Philosophy of Biological and Biomedical Sciences, 36, p. 95–134.
Boring, E. G. (1929). A history of experimental psychology. New York: Century.
Crary, J. (2010). Técnicas do observador: visão e modernidade no século xix. Rio de Janeiro: Contraponto.
Danziger, K. (1997). The historical formation of Selves. Em: Ashmore, R. D. & Jussim, L. (Eds.) Self and Identity. Nova York. Oxford University Press, p. 137-159.
Danziger, K. (2001). The unknown Wundt: Drive, apperception and volition. Em: Rieber, R. W. & Robinson, D. (Eds.). Em Wilhelm Wundt in history. Nova York: Plenum Press, p. 95-120.
Daston, L. (2017). Objetividade e a fuga da perspectiva. Em: Daston, L. Historicidade e objetividade. Almeida, T. S. (Org.). Alves, D. M. & Iegelski, F. (Trads.). São Paulo: Liber Ars, p. 15-36.
Daston, L. & Galison, P. (2007). Objectivity. Nova York: Zone Books.
Despret, V. (1999). Ces émotions que nous fabriquent: Etnopsychologie de l’authenticité. Le Plessis-Robinson: Synthélabo.
Despret, V. (2004). Le cheval qui savait compter. Paris: Les Empecheurs de Penser en Ronde.
Despret, V. (2011). Dôssie Despret. Fractal: Revista de Psicologia, 23, 5-82.
Ferreira, A. (2005). Verdade e desejo: a hermenêutica confessional como condição de surgimento dos saberes psi. Memorandum 8, 130-140.
Ferreira, A. (2015). Técnicas del yo y la introspección experimental: un posible campo de estudios historiográficos. Revista de Historia de la Psicología, 36, 91 – 112.
Ferreira, A. & Castro, F. (2016). Técnicas de si e a introspecção experimental: uma possível linha de estudos historiográficos. Mnemosine, 12 , 93 – 115.
Foucault, M. (1984). O retorno da moral / entrevista com Gilles Barbedette e André Scala. Em: Escobar, C. H. (Org.). Michel Foucault - Dossier. Rio de Janeiro: Taurus.
Foucault, M. (1995). Sobre a genealogia da ética: uma revisão do trabalho. Em: Dreyfus, H. & Rabinow, P. (Orgs.). Michel Foucault: Uma trajetória filosófica. Rio de Janeiro: Forense Universitária.
Foucault, M. (1996a). Tecnologias del yo. Em: Morey, M. (Org). Tecnologias del yo. Barcelona: Paidós/ICE – UAB.
Foucault, M. (1996b). Hermenéutica del sujeto. La Plata: Altamira. (curso de 1981-1982 no Collège de France).
Foucault, M. (2002). As palavras e as coisas. Muchail, S. T. (Trad.). São Paulo: Martins Fontes.
Foucault, M. (2020). História da Sexualidade, Vol.4: As confissões da carne. Rodrigues, H. C. B.; Portocarrero, V. (Trads.). São Paulo: Paz e Terra.
Green, C. D. (2010). Scientific objectivity and E. B. Titchener’s experimental psychology. Isis, 101, p. 697–721.
Hagner, M. (2013) Toward a history of attention in culture and science. MLN, 118, p. 670-687.
Henle, M. (1974) E. B. Titchener and the case of the missing element. Journal of History of Behavioral Sciences, 10, p. 227-237.
Knorr-Cetina, K. (1981). The manufacture of knowledge: An essay on the constructivist and contextual nature of science. Oxford.
Latour, B. (1987). Science in action: How to follow scientists and engineers through society. Cambridge: Harvard University Press.
Latour, B. (2004). How to talk about the body? The normative dimension of science studies. Body & Society, 10, p. 205–229.
Latour, B. (2005). Reassembling the social: An introduction to Actor-Network Theory. Oxford: Oxford University Press.
Latour, B. (2012). Préface à Objectivité. Em: Daston, L. & Galison, P. Objectivité. Renaut, S. & Quiniou, H. (Trads.). Dijon: Les Presses du Réel, p. 1-6.
Latour, B. (2015). Faturas/Fraturas: da noção de rede à noção de vínculo. Ilha Revista de Antropologia, 17 , p. 123-146.
Latour, B. & Woolgar, S. (1979). Laboratory life: The social construction of scientific facts. Beverly Hills, California, and London: Sage Publications.
Law, John. (2004). After Method. New York: Routledge.
Lynch, M. (1993). Scientific practice and ordinary action: ethnomethodology and social studies of science. Cambridge England New York: Cambridge University Press.
Morey, M. (1996). Introducción. Em: Morey, M. (Org). Tecnologias del yo. Barcelona: Paidós/ICE – UAB.
Schmidgen, H. (2003) Time and Noise: stable surrounds for the time reactions experiments, 1860-1890, In Studies in History of philosophy and science, 34, p. 237-235.
Stengers, I. (1989). Quem tem medo da ciência? São Paulo: Siciliano.
Stengers, I. (1992). La volonté de faire science. Les empêcheurs de penser en rond.
Titchener, E. B. (1898). A Psychological Laboratory. Mind, 7, p. 311-331.
Titchener, E. B. (1901-1905). Experimental psychology: A manual of laboratory practice. 2 vols. Nova York: The MacMillan Company.
Titchener, E. B. (1903). Class experiments and demonstration apparatus. The American Journal of Psychology, 14, p. 175-191.
Titchener, E. B. (1913). Elementos de psicología. México: Librería de Ch. Bouret. Livro originalmente publicado em 1903.
Titchener, E. B. (1912a). Prolegomena to a study of introspection. The American Journal of Psychology, 23, p. 427-448.
Titchener, E. B. (1912b). The schema of introspection. The American Journal of Psychology, 23, p. 485-508.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2021 Revista de Psicología Universidad de Antioquia
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-CompartirIgual 4.0.
Los textos enviados para evaluación en la Revista de Psicología Universidad de Antioquia, no deben estar publicados previamente, ni aceptados para su publicación futura en otra revista.
Al aceptarse los envíos para la publicación en la Revista, el autor cederá parcialmente sus derechos, conservando su uso no-comercial y el derecho de circulación académica como archivo de acceso libre.
Excepto que se establezca de otra forma, el contenido de esta revista cuenta con una licencia Creative Commons "reconocimiento, no comercial-compartir igual" Colombia 4.0, que puede consultarse aquí.
Para más información revisar las Políticas editoriales.