Reflexões tradutórias: ressignificação da Pachamama e feminismo

Autores

  • Andreia Rosenir da Silva Universidade Federal de Santa Catarina

DOI:

https://doi.org/10.17533/udea.mut.24093

Palavras-chave:

funcionalismo, Pachamama, gênero

Resumo

A tradução terminológica de Pachamama, para Mãe Terra, no português, ou Mother Earth, em inglês, de certa forma ameniza uma tradição cultural-mística-religiosa milenar latino-americana trazida na noção de Pachamama, permitindo, assim, certa desfragmentação desses valores ancestrais, e novas atribuições terminológicas contextualizadas dentro do processo de globalização atual, que afetam diretamente os direitos das mulheres ao redor do mundo. Nesse sentido, este artigo tem como base a teoria funcionalista de Christiane Nord, para a análise tradutória do termo Pachamama, transladado ao âmbito dos estudos de gênero e os direitos das mulheres. Investiga-se esse novo processo de ressignificação de uma cultura voltada para a Mãe Terra, e seu impacto direto sobre os direitos das mulheres. Indaga-se: Qual a sua reciprocidade pelos movimentos de mulheres? Existe dualidade entre suas bases teóricas e a teoria do empoderamento das mulheres, disseminado pela Organização das Nações Unidas? Seu uso desconstrói o significado de gênero ocidentalizado e institucionalizado pela ONU?

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Biografia do Autor

Andreia Rosenir da Silva, Universidade Federal de Santa Catarina

Doutoranda em Letras Alemãs pela Universidade Federal de Santa Catarina. Ela trabalha como coordenadora assistente da organização Women in Europe for a Common Future (WECF) na Alemanha e do Women Major Group.

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Publicado

2015-08-28

Como Citar

Rosenir da Silva, A. (2015). Reflexões tradutórias: ressignificação da Pachamama e feminismo. Mutatis Mutandis. Revista Latinoamericana De Traducción, 8(2), 359–377. https://doi.org/10.17533/udea.mut.24093

Edição

Seção

Dossier: Pesquisa