Reflexões tradutórias: ressignificação da Pachamama e feminismo
DOI:
https://doi.org/10.17533/udea.mut.24093Palavras-chave:
funcionalismo, Pachamama, gêneroResumo
A tradução terminológica de Pachamama, para Mãe Terra, no português, ou Mother Earth, em inglês, de certa forma ameniza uma tradição cultural-mística-religiosa milenar latino-americana trazida na noção de Pachamama, permitindo, assim, certa desfragmentação desses valores ancestrais, e novas atribuições terminológicas contextualizadas dentro do processo de globalização atual, que afetam diretamente os direitos das mulheres ao redor do mundo. Nesse sentido, este artigo tem como base a teoria funcionalista de Christiane Nord, para a análise tradutória do termo Pachamama, transladado ao âmbito dos estudos de gênero e os direitos das mulheres. Investiga-se esse novo processo de ressignificação de uma cultura voltada para a Mãe Terra, e seu impacto direto sobre os direitos das mulheres. Indaga-se: Qual a sua reciprocidade pelos movimentos de mulheres? Existe dualidade entre suas bases teóricas e a teoria do empoderamento das mulheres, disseminado pela Organização das Nações Unidas? Seu uso desconstrói o significado de gênero ocidentalizado e institucionalizado pela ONU?
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