Subjetividade do sujeito-tradutora na tradução no Brasil do livro Mulheres que correm com os lobos
DOI:
https://doi.org/10.17533/udea.mut.19214Palavras-chave:
Identidade Fragmentada, Sujeito-Tradutor (a), SubjetividadeResumo
Considerando-se que a atividade tradutória é sobredeterminada por circunstâncias sócio-históricas e político-ideológicas, este artigo tem como objetivo principal analisar marcas da subjetividade do sujeito-tradutora, a partir de algumas de suas escolhas lexicais, na tradução do livro Mulheres que correm com os lobos: mitos e histórias do arquétipo da mulher selvagem. O corpus deste trabalho é composto por recortes discursivos de trechos selecionados, em inglês e português, da história de Vasalisa, a sábia, da obra de Clarissa P. Estés. O aporte teórico fundamenta-se em autores como Chamberlain, Bauman, Derrida, Hall e Coracini, entre outros. A análise dos dados permitiu-nos concluir que, enquanto a autora se posiciona como sujeito que participa do universo feminino, assunto que constitui a essência do livro; a tradutora, por sua vez, ora se filia a enunciados do discurso da autora, ora parece buscar um apagamento de sua identidade de gênero durante o processo tradutório. Concluímos que a subjetividade da tradutora é marcada por meio de suas escolhas, mostrada por um discurso, o qual se mostra predominantemente marcado por subserviência, e busca de invisibilidade por parte da tradutora
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Referências
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