Subjetividade do sujeito-tradutora na tradução no Brasil do livro Mulheres que correm com os lobos

Autores

  • Maria Amelia Lobo Pires Universidade Estadual De Maringá

DOI:

https://doi.org/10.17533/udea.mut.19214

Palavras-chave:

Identidade Fragmentada, Sujeito-Tradutor (a), Subjetividade

Resumo

Considerando-se que a atividade tradutória é sobredeterminada por circunstâncias sócio-históricas e político-ideológicas, este artigo tem como objetivo principal analisar marcas da subjetividade do sujeito-tradutora, a partir de algumas de suas escolhas lexicais, na tradução do livro Mulheres que correm com os lobos: mitos e histórias do arquétipo da mulher selvagem. O corpus deste trabalho é composto por recortes discursivos de trechos selecionados, em inglês e português, da história de Vasalisa, a sábia, da obra de Clarissa P. Estés. O aporte teórico fundamenta-se em autores como Chamberlain, Bauman, Derrida, Hall e Coracini, entre outros. A análise dos dados permitiu-nos concluir que, enquanto a autora se posiciona como sujeito que participa do universo feminino, assunto que constitui a essência do livro; a tradutora, por sua vez, ora se filia a enunciados do discurso da autora, ora parece buscar um apagamento de sua identidade de gênero durante o processo tradutório. Concluímos que a subjetividade da tradutora é marcada por meio de suas escolhas, mostrada por um discurso, o qual se mostra predominantemente marcado por subserviência, e busca de invisibilidade por parte da tradutora

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Biografia do Autor

Maria Amelia Lobo Pires, Universidade Estadual De Maringá

Tradutora inglês-português. Mestranda em Estudos do Texto e do Discurso, Universidade Estadual de Maringá (UEM). Projeto de Mestrado: "A subjetividade do sujeito-tradutor das ciências biomédicas". Graduada em Odontologia (Universidade Federal do Paraná-UFPr). Especialista em Odontopediatria (Associação Odontológica do Norte do Paraná- AONP_Londrina); Dentística Restauradora e Estética (Associação Brasileira de Odontologia_ ABO-Ponta Grossa) e Aconselhamento Familiar (Faculdade Teológica de Londrina- ISBL-Londrina). Membro do Grupo de Pesquisa Tradução e Multidisciplinaridade: da Torre de Babel à Sociedade Tecnológica (UEM).

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Publicado

2014-05-28

Como Citar

Lobo Pires, M. A. . (2014). Subjetividade do sujeito-tradutora na tradução no Brasil do livro Mulheres que correm com os lobos. Mutatis Mutandis. Revista Latinoamericana De Traducción, 7(2), 290–305. https://doi.org/10.17533/udea.mut.19214

Edição

Seção

Artigos de pesquisa