O conceito de (Re)tradução segundo a Abordagem Processual: Um Estudo Empírico-Experimental Baseado em Registro de Acionamento de teclado e Mouse
DOI:
https://doi.org/10.17533/udea.mut.327881Palavras-chave:
(re)tradução, processo tradutório, esforço cognitivo, segmentação textual, unidades de traduçãoResumo
Este estudo afilia-se ao campo disciplinar dos Estudos da Tradução, mais especificamente aos estudos descritivos orientados ao processo tradutório. Faz parte de uma pesquisa maior (Malta, 2015) cujo objetivo foi caracterizar o processo tradutório em uma tarefa de (re)tradução a partir de dados de registro de teclado e mouse (key-logging) e rastreamento ocular (eye-tracking) triangulados com protocolos retrospectivos. A análise buscou investigar evidências de esforço cognitivo. Os participantes da pesquisa foram estudantes de tradução e professores de espanhol como língua estrangeira, todos com experiência em tradução. O processo tradutório dos participantes foi capturado em tempo real por programa de gravação de acionamentos de teclado e mouse (Translog-II) e por rastreador ocular (Tobii T60). Este artigo é o segundo de uma trilogia sobre o processo de (re)tradução, cuja primeiro trabalho foi publicado em 2016. Neste artigo serão apresentados e analisados os dados de key-logging. No que tange às fases do processo tradutório, os resultados revelaram que os participantes da pesquisa despenderam mais tempo na fase de redação, seguida da fase de orientação e, por último, da fase de revisão, sendo esta a mais heterogênea. Ademais, registrou-se que o número de microunidades de tradução impactou no tempo de execução da tarefa.
Downloads
Referências
Alves, F. (2003). Tradução, cognição e contextualização: triangulando a interface processo-produto no desempenho de tradutores novatos. D.E.L.T.A. : trabalhos de tradução, 19, 71- 108. Recuperado de http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-44502003000300006yscript=sci_abstractytlng=pt
Alves, F. (2004). Tradução, cognição e tecnologia: investigando a interface entre o desempenho do tradutor e a tradução assistida por computador. Cadernos de Tradução, (14), 186-209. doi: http://dx.doi.org/10.5007/%25x
Alves, F. (2005) Ritmo cognitivo, meta-função e experiência: parâmetros de análise processual no desempenho de tradutores novatos e experientes. En Alves, F.; Magalhães, C. M. y Pagano, A. (Eds.), Competência em tradução: cognição e discurso, (p. 109-169). Belo Horizonte, Brasil: Ed. UFMG.
Alves, F. y Vale, D. C. (2009). Probing the unit of translation in time: aspects of the design and development of a web application for storing, annotating, and querying translation process data. Across Languages and Cultures, 10 (2), 251-273. doi: https://doi.org/10.1556/Acr.10.2009.2.5
Berman, A. (1990) La retraduction comme espace de traduction. Palimpsestes, (13), 1-7.
Braga, C. N. (2007). Indagando o perfil de tradutores em formação: um estudo de caso [Tesis de maestría]. Universidad Federal de Minas Gerais. Recuperado de http://www.bibliotecadigital.ufmg.br/dspace/handle/1843/ALDR-6YWKDU
Buchweitz, A. y Alves, F. (2006) Cognitive adaptation in translation: an interface between language direction, time, and recursiveness. Target text production. Letras de hoje, 41(2), 241-272. Recuperado de http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/fale/article/view/601
Carl, M. (2012) Translog-II: A Program for Recording User Activity Data for Empirical Translation Process Research. IJCLA, 3(1), 153-162. Recuperado de http://openarchive.cbs.dk/bitstream/handle/10398/8435/Michael_Carl_2012.pdf?sequence=1
Carl, M.; Dragsted, B.; Elming, J.; Hardt, D. y Jakobsen, A. L. (2011). The process of pos-editing: a pilot study. En B. Sharp, M. Zock, M. Carl y A.L. Jakobsen (eds.). Proceeding of the 8th natural language process and cognitive science workshop (Vol. 41, pp. 131-142). Copenhagen, Dinamarca: Copenhagen Studies in Languages series.
Cohen, A. D. (2010). Focus on the language learner: Styles, strategies and motivation. En N. Schmitt (ed.), An introduction to applied linguistics (2° ed., 161-178). Londres, Inglaterra: Hodder Education.
Dastjerdi, H. V. y Mohammadi, A. (2013). Revisiting “Retranslation Hypothesis”: A Comparative Analysis of Stylistic Features in the Persian Retranslations of Pride and Prejudice. Open Journal of Modern Linguistics, 3(3), 174-181. doi: 10.4236/ojml.2013.33024
Deane, S. L. (2011). Confronting the Retranslation Hypothesis: Flaubert and Sand in the British Literary System [Tesis de doctorado]. University of Edimburgh, Edimburgh. Recuperado de https://www.era.lib.ed.ac.uk/handle/1842/5494
Desmit, I. (2009). (Re)translation Revisited. Meta: journal des traducteurs, 54(4), 669 - 683. doi: http://dx.doi.org/10.7202/038898ar
Domingos, C. L. y Da Silva, I. A L. (2015). Tradução e Retradução de The Picture of Dorian Gray, de Oscar Wilde: um estudo de corpus com foco na apresentação do discurso. Domínios da Linguagem, 9(2), 150-178. doi: http://dx.doi.org/10.14393/DL18-v9n2a2015-9
Dragsted, B. (2004). Segmentation in translation and translation memory systems: an empirical investigation of cognitive segmentation and effects of integrating a TMSystem into the translation process [Tesis de doctorado]. Copenhagen Business School. Recuperado de http://research.cbs.dk/en/publications/segmentation-in-translation-and-translation-memory-systems(71657590-c021-11db-9769-000ea68e967b).html
Dragsted, B. y Carl, M. (2013). Towards a classification of translation styles based on eye-tracking and keylloging data. Journal of writing research, 5(1), 133-158. doi: http://www.jowr.org/Ccount/click.php?id=69
Duarte, L. M. (2017) Alocação de esforço cognitivo em uma tarefa de (re)tradução: estudo sobre desempenho no par linguístico francês-português [Tesina de máster]. Faculdade de Letras, Universidade Federal de Minas Gerais, Recuperado de: http://www.bibliotecadigital.ufmg.br/dspace/handle/1843/120/browse?value=Luana+Marinho+Duarteytype=author.
Ericsson, K. A. y Simon, H. A. (1984). Protocol analysis: verbal reports as data. Cambridge, Inglaterra: MIT Press.
Gambier, Y. (1994). La retraduction, re tour et tour. Meta, 39, 413-417. doi: http://dx.doi.org/10.7202/002799ar
Hansen, G. (2003). Controllind the process: theorical and methodological reflections on research into translation process. En Alves, F. (ed.) Empirical Translation studies: process and product (pp. 2542). Amsterdam: John Benjamins.
Holmes, J. S. (1988) The name and Nature of Translation Studies. En J.S. Holmes, Translated! Papers and literary Translation and Translation Studies (pp. 67-80) Amsterdam: Rodopi.
Jakobsen, A. L. y Schou, L. (1999). Translog documentation. En Hansen, G. (ed.), Probing the process in translation: methods and results (pp. 9-20). Copenhagen, Dinamarca: Samfundslitteratur.
Jakobsen, A. L. (2002) Translation drafting by professional translators and by translation students. En Hansen, G. (ed), Empirical translation studies (pp. 191-204). Copenhagen Studies in Language. Copenhagen, Dinamarca: Samfusdslitteratur.
Jakobsen, A. L. (2005). Instances of peak performance in translation. Lebende Sprachen, 50(3), 111-116. doi: https://doi.org/10.1515/LES.2005.111
Lee, T. D., Swinnen, S. P. y Serrien, D. J. (1994). Cognitive effort and motor le Aing. Quest, 46 (3), 328-344. doi: http://dx.doi.org/10.1080/00336297.1994.10484130
Malta, G. (2015). O processamento cognitivo em tarefas de (re)tradução: um estudo baseado em rastreamento ocular, registro de teclado e mouse e protocolos verbais [Tesis de doctorado]. Universidad Federal de Minas Gerais. Recuperado de http://www.bibliotecadigital.ufmg.br/dspace/handle/1843/MGSS-A7DPGD
Malta, G. (2016). O conceito de (re)tradução sob uma abordagem processual: um estudo empírico-experimental baseado em rastreamento ocular. Letras e Letras, 32 (1), 283 - 305. doi: http://dx.doi.org/10.14393/LL63-v32n1a2016-15
Malta, G. y Rael, E. C. (2015). As retraduções de La casa de los espíritus: uma (re)visita à hipótese da retradução. Letras raras, 4(3), 75-97. Recuperado de: http://revistas.ufcg.edu.br/ch/index.php/RLR/article/view/464
Mattos. T. y Faleiros. A. (2014). A noção de retradução nos estudos da tradução: um percurso teórico. Letras raras, 3(2), 35-57. Recuperado de: http://revistas.ufcg.edu.br/ch/index.php/RLR/article/view/307
O’Brien, S. (2009). Eye Tracking in translation process research: methodological challenges and solutions. En Mees, L. M; Alves, F. y Gopferich, S. (eds.), Methodology, technology and innovation in translation process research: a tribute to Arnt Lykke Jakobsen (pp. 251-266). Copenhagen: Samfundslitteratur. Recuperado de http://doras.dcu.ie/17157/
Paloposki, O. y Koskinen, A. (2001). Revisiting retranslation. En Hansen, G.; Malmkajaer, K. y Gile, D. (eds.), Claims, changes and challenges in translations studies: select contributions from the EST congress (pp. 27-38). Amsterdam: John Benjamins.
Paloposki, O. y Koskinen, A. (2010). Reprocessing texts: the fine line between retranslating and revising. Across Languages and Cultures, 11 (1), 29–49. Recuperado de https://www.researchgate.net/publication/240762789_Reprocessing_texts_The_fine_line_between_retranslating_and_revising
Susan-Sarajeva, S. (2003) Multiple Visa to travelling Theory: Retranslation of literary and cultural theories. Target, International Journal of Translations studies, 15 (1), 1-36. doi: http://dx.doi.org/10.1075/target.15.1.02sus
Tahir-Gürçalar, S. (2001). Retranslation. En M. Baker y K. Malmkajaer (coord.) Routledge encyclopaedia of translation studies. (1. ed., pp. 125-127). Londres, Inglaterra: Routledge.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Aquellos autores/as que tengan publicaciones con esta revista, aceptan los términos siguientes:
- La revista es el titular de los derechos de autor de los artículos, los cuales estarán simultáneamente sujetos a la Licencia de reconocimiento no comercial sin obra derivada de Creative Commons que permite a terceros compartir la obra siempre que se indique su autor y su primera publicación esta revista.
- Los autores/as podrán adoptar otros acuerdos de licencia no exclusiva de distribución de la versión de la obra publicada (p. ej.: depositarla en un archivo telemático institucional o publicarla en un volumen monográfico) siempre que se indique la publicación inicial en esta revista.
- Se permite y recomienda a los autores/as difundir su obra a través de Internet (p. ej.: en archivos telemáticos institucionales o en su página web) antes y durante el proceso de envío, lo cual puede producir intercambios interesantes y aumentar las citas de la obra publicada.