A retradução como ato de re-visão feminista: La casa de los espíritus para o português brasileiro

Autores

  • Pâmela Berton Costa Universidade Estadual Paulista

DOI:

https://doi.org/10.17533/udea.mut.v13n1a09

Palavras-chave:

retraducción feminista, pos-boom, traducción literaria, portugués-brasileño, América Latina

Resumo

Os últimos anos viram um renovado interesse nos estudos feministas da tradução, no entanto, ainda não há consenso sobre qual a melhor abordagem para aplicar de forma efetiva estratégias feministas à tradução, especialmente no caso de textos literários. Neste trabalho, a partir de uma comparação prévia entre o original La casa de los espíritus, da escritora chilena Isabel Allende, e a única tradução disponível para o português brasileiro, são discutidas opções feministas de retradução. Apesar de o romance fazer parte do pós-boom latino americano, que muitos estudiosos consideram como um movimento literário feminista, a tradução parece apagar de forma consistente aspectos feministas do livro. Este estudo pretende mostrar que uma retradução literária feminista pode colocar em evidência aspectos de um texto que foram ignorados anteriormente. É importante destacar que não se pretende “corrigir um mau tradutor”, mas refletir sobre o papel da tradutora feminista.

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Biografia do Autor

Pâmela Berton Costa, Universidade Estadual Paulista

Doutoranda em Lingüística - Estudos de Tradução - pela Universidade Estadual Paulista (UNESP). É bolsista da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo. Seus principais interesses de pesquisa são Identidade, Estudos de Tradução, Estudos Feministas de Tradução e Literatura Latino-Americana.

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Publicado

2020-02-26

Como Citar

Berton Costa, P. (2020). A retradução como ato de re-visão feminista: La casa de los espíritus para o português brasileiro. Mutatis Mutandis. Revista Latinoamericana De Traducción, 13(1), 183–205. https://doi.org/10.17533/udea.mut.v13n1a09