Análise descritiva da tradução do Hitopadeśa por D. Pedro II e Sebastião Dalgado

Autores

  • Adriano Mafra Universidade Federal de Santa Catarina

DOI:

https://doi.org/10.17533/udea.mut.18876

Palavras-chave:

orientalismo, tradução, Sebastião Dalgado, D. Pedro II

Resumo

Este artigo objetiva investigar a atividade tradutória de duas figuras centrais no contexto histórico-literário luso-brasileiro em fins do século XIX a partir da tradução do livro do Hitopadeśa, coletânea indiana de contos e apólogos morais. Sebastião Rodolpho Dalgado, religioso goense radicado em Portugal, dedicou-se fervorosamente aos estudos de línguas orientais, publicando sua versão intitulada Hitopadexa ou instrução útil em 1897. Já Pedro d'Alcântara, segundo e último imperador do Brasil, realizou a tradução da fabularia hindu no início da década de 1890, obra inacabada e jamais publicada. Com o auxílio da Crítica Genética e dos Estudos Descritivos da Tradução, tornou-se possível realizar a análise dos manuscritos de D. Pedro II e o cotejo com a edição de Dalgado, a fim de estabelecer conexões entre as traduções e os métodos de trabalho desses tradutores, bem como avaliar a inserção de ambos no movimento orientalista tão em voga no oitocentos europeu.

|Resumo
= 1181 veces | PDF (ESPAÑOL (ESPAÑA))
= 81 veces| | ARTIGO COMPLETO (ESPAÑOL (ESPAÑA))
= 0 veces|

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Adriano Mafra, Universidade Federal de Santa Catarina

Doutorando em Estudos da Tradução pela Universidade Federal de Santa Catarina (Brasil).

Referências

Abreu, G. (1897). “Introdução ao leitor portugués”. In: Hitopadexa ou instrucção útil. Lisboa: Antiga Casa Bertrand.

Alcântara, P. (1999). Diário do Imperador D. Pedro II. (Org. Begonha Bediaga). Petrópolis: Museu Imperial.

Camara, G. (2005). Então esse é que é o Imperador? Ele não se parece nada com reis: Algumas considerações sobre o intelectual brasileiro Pedro de Alcântara e suas viagens pelas terras do Nilo. Rio de Janeiro. 106 p. Dissertação (Mestrado em História) – Programa de Pós-graduação em História, Pontifícia Universidade Católica: Rio de Janeiro.

Casanova, P. (2002). A República Mundial das Letras. Trad. Marina Appenzeller. São Paulo: Estação da Liberdade.

Dalgado, S. (1897). Hitopadexa ou instrucção útil. Lisboa: Antiga Casa Bertrand.

Even-Zohar, I. (1990). “Polysystem Theory”. Poetics Today. International Journal for Theory and Analysis of Literature and Communication. Vol. 11. Number 1 Spring, pp. 45-51.

Holanda, A., & Ronái, P. (1978). Mar de histórias: das Origens à Idade Média. Vol 1. 2.a Ed. Nova Fronteira.

Lambert, J., Gorp, H. (1985). “On describing Translations”. In: HERMANS Theo (ed.). The Manipulation of Literature: Studies in Literary Translation. London & Sidney: Croom Helm, pp. 42-53.

Loewenstamm, Kurt. (2002). O Hebraísta no Trono do Brasil: Imperador D. Pedro II. São Paulo: Centauro.

Loundó, Dilip. (2011). “O (s) contexto (s) indiano (s) da latinidade em Goa”. Via Atlântica. n. 19, São Paulo, pp. 15-30. Disponível em < http://www.revistas.usp.br/viaatlantica/article/view/50764/54868> Acesso em 18 dez. 2013.

Loundó, Dilip. (1995). “A língua portuguesa na Ásia”. In: Jornal do Comércio. 25/11/1995. Disponível em <http://www.joaodorio.com/Arquivo/2004/12,01/goa.htm> Acesso em 11 dez. 2013.

Müller, F. (1884). Handbooks for the study of Sanskrit: The Hitopadeśa. Book 1. London: Longmans, Green and Co.

Romanelli, S. (2013). A gênese de um processo tradutório. Florianópolis: Horizonte.

Publicado

2014-03-17

Como Citar

Mafra, A. (2014). Análise descritiva da tradução do Hitopadeśa por D. Pedro II e Sebastião Dalgado. Mutatis Mutandis. Revista Latinoamericana De Traducción, 7(1), 26–42. https://doi.org/10.17533/udea.mut.18876

Edição

Seção

Artigos de pesquisa