A tradução do humor no processo tradutório para legendas da série brasileira “A Diarista”
DOI:
https://doi.org/10.17533/udea.mut.330759Palavras-chave:
Série brasileira, tradução do humor, legendaResumo
Este artigo centra-se na análise da tradução do humor de um capítulo da série brasileira “A Diarista”, produzida pela Rede Globo de televisão, e propõe refletir sobre o processo tradutório enquanto reconstrução na tradução para legendas, trabalhando no par de línguas português-inglês. Ao considerar os desafios que envolvem este trabalho – por exemplo, a tradução de linguagem oral em texto escrito, restrições pré-estabelecidas de caracteres e tempo de exibição das legendas, multitarefas para o telespectador – e o trabalho criativo que envolve a tradução do humor, este ensaio examinará e discutirá as influências destes fatores no produto final de uma tradução para legendas que envolve conteúdo humorístico. Para tanto, foram selecionados excertos do episódio que constituem desafios para o sujeito tradutor que precisa, quase sempre, domesticar o texto traduzido (Venuti, 2002), inserindo-o em um curto espaço de exibição e tendo que dominar softwares específicos de tradução. A tradução para legendas do capítulo da série “A Diarista” foi realizada pelas autoras do texto durante a disciplina de Estágio Curricular Supervisionado I do curso de Bacharelado em Tradução da Universidade Estadual de Maringá (UEM). Este trabalho fundamenta-se, principalmente em Rosas (2002), Arrojo (2003) e Venuti (2002) e considera que a tradução de séries humorísticas para legendas sempre envolverá assimilação doméstica do texto estrangeiro e um trabalho de recriação por parte do tradutor.
Downloads
Referências
Arrojo, R. (1993). Tradução, desconstrução e psicanálise. Rio de Janeiro: Imago.
Arrojo, R. (2003). Oficina de Tradução - A Teoria na Prática. (4ª ed). São Paulo: Editora Ática.
Bakthin, M. (1997). Estética da criação verbal. Os gêneros do discurso. (2ª ed). São Paulo: Martins Fontes.
Boito, F. S. (2013). Legendagem e o processo tradutório: uma abordagem discursivo-desconstrucionista da tradução para legendas do documentário “Lixo Extraordinário” [Dissertação (Mestrado) ]. Universidade Estadual de Maringá, Maringá.
Coracini, M. J. (2010). A memória em Derrida: uma questão de arquivo e de sobre-vida. Cadernos de Estudos Culturais, 2 (4), 125-136.
Derrida, J. & Roudinesco, E. (2004). Escolher sua herança. (A. Telles, trad.). Em J. Derrida & E. Roudinesco, De que amanhã: diálogo (pp. 9-47). Rio de Janeiro: Zahar.
Dicionário online informal, 31 jan. 2017. Disponível em: dicionarioinformal.com. Acesso em: 31/01/2017.
Gorovitz, S. (2006). Os labirintos da tradução: a legendagem cinematográfica e a construção do imaginário. Brasília: Editora Universidade de Brasília.
Hall, S. (2015). A identidade cultural na pós-modernidade (12ª ed). (T. T. da Silva & G. Lopes Louro, trads.). Rio de Janeiro: Lamparina.
Jabak, O. (2008). Why is translation into the mother tongue more successful than into a second language? Disponível em:
http://www.translationdirectory.com/articles/article1508.php Acesso em 31/01/2017 às 14:49.
Nida, E. A. (1964). The role of the translator. Em E. A. Nida, Toward a science of translating (p. 145-155). Leiden, Holand: Brill.
Rosas, M. (2002). Tradução de Humor – Transcriando piadas. Rio de Janeiro: Editora Lucerna.
Schleiermacher, F. D. E. (2010). Sobre os Diferentes Métodos de Tradução (C. R. Braida, trad.). Em W. Heidermann (Org.), Clássicos da Teoria da Tradução. Alemão – Português (Vol. 1, p. 38-100). Florianópolis: UFSC.
Venuti, L. (2002). Escândalos da Tradução. Bauru: EDUSC.
Vermeer, H. J. (1985). Esboço de uma teoria de tradução. Lisboa.
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2018 Mutatis Mutandis. Revista Latinoamericana de Traducción
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Aquellos autores/as que tengan publicaciones con esta revista, aceptan los términos siguientes:
- La revista es el titular de los derechos de autor de los artículos, los cuales estarán simultáneamente sujetos a la Licencia de reconocimiento no comercial sin obra derivada de Creative Commons que permite a terceros compartir la obra siempre que se indique su autor y su primera publicación esta revista.
- Los autores/as podrán adoptar otros acuerdos de licencia no exclusiva de distribución de la versión de la obra publicada (p. ej.: depositarla en un archivo telemático institucional o publicarla en un volumen monográfico) siempre que se indique la publicación inicial en esta revista.
- Se permite y recomienda a los autores/as difundir su obra a través de Internet (p. ej.: en archivos telemáticos institucionales o en su página web) antes y durante el proceso de envío, lo cual puede producir intercambios interesantes y aumentar las citas de la obra publicada.