Autotradução acadêmica: o caso da produção publicada no periódico acadêmico periférico plurilíngue Ecos de Linguagem

Autores

  • Maria Alice Antunes Universidade do Estado do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.17533/udea.mut.v15n1a10

Palavras-chave:

divulgação da ciência, internacionalização da pesquisa científica, autotradução acadêmica

Resumo

Um conjunto de práticas é implementado pelas instituições de ensino superior no Brasil com vistas à internacionalização do conhecimento acadêmico-científico de seus pesquisadores. Uma delas é a criação de periódicos bilíngues. É inegável o papel da tradução nesse processo. Destaco a autotradução acadêmica, considerada como a tradução de um texto de especialidade executada pelo autor-pesquisador que o escreveu originalmente. Neste artigo, analiso o caso do Ecos de Linguagem, um periódico multilíngue, do Instituto de Letras (Universidade do Estado do Rio de Janeiro —uerj—).
Discuto a publicação em periódicos acadêmicos através da autotradução e como esses fenômenos relacionam-se. O periódico incentiva a leitura em diversas línguas sem abrir mão da publicação em português. Entre 2012 e 2018, foram publicados 6 números bilíngues, com 57 artigos, 49% dos quais traduzidos pelos próprios autores. Contrariando prática frequente, entre 2012 e 2015, o Ecos de Linguagem torna visível o nome do autotradutor. Contrariando também a prática mais frequente da tradução para o inglês, o Periódico publicou, entre 2012 e 2015, seis números bilíngues: um em português/italiano, um em português/francês, três em português/espanhol e um em português/
inglês. Este artigo apresenta um estudo de caso com autores que participaram do número em português/ francês. Utiliza entrevistas semiestruturadas com um pesquisador por vez —e e-mails para esclarecer pontos específicos levantados durante as entrevistas— realizadas através de aplicativo de software de videoconferência. A análise dos dados foi feita com base na tipologia de autotradução
concebida por Jung (2002). Os resultados indicaram a necessidade da ampliação dessa tipologia com a inclusão de dois critérios: o suporte e a modalidade.

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Biografia do Autor

Maria Alice Antunes, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Maria Alice Antunes é pesquisadora do programa de Pós-Graduação em Letras, ILE/UERJ. Entre suas principais produções bibliográficas estão Autotradução: breve histórico, razões, consequências, práticas (EdUERJ, 2019) e O respeito pelo original: João Ubaldo Ribeiro e a autotradução (Annablume, 2009). É membro do projeto FORTRALIT (Formação de tradutores: experimentando a tradução literária). Seu canal no youtube, Alice Antunes: Traduzir e Retraduzir, destaca a atuação de tradutores e a história da tradução. 

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Publicado

2022-02-11

Como Citar

Antunes, M. A. (2022). Autotradução acadêmica: o caso da produção publicada no periódico acadêmico periférico plurilíngue Ecos de Linguagem. Mutatis Mutandis. Revista Latinoamericana De Traducción, 15(1), 167–188. https://doi.org/10.17533/udea.mut.v15n1a10