Os currículos que formam professores de Educação Física e a Síndrome de Estocolmo: explicações para o choque com a realidade

Autores

  • Marcos Garcia Neira Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.17533/udea.efyd.v33n1a04

Palavras-chave:

Currículo, Educação Física, Formação de Professores

Resumo

Este artigo analisa os currículos da formação inicial em Educação Física com o objetivo de obter explicações com respeito ao chamado “choque de realidade”. Os dados obtidos através de observações, análise de docu- mentos e entrevistas com docentes e discentes, foram confrontados com as referências teóricas dos Estudos Culturais. As interpretações realizadas indicam que as experiências de formação durante os cursos de Educação Física podem ser responsabilizadas pelas dificuldades enfrentadas pelos egressos assim que esses começam sua carreira. Os jovens professores tendem a culpar os alunos sem questionar sua formação, e experimentam uma relação que se assemelha à Síndrome de Estocolmo.

|Resumo
= 420 veces | PDF (ESPAÑOL (ESPAÑA))
= 237 veces| | HTML (ESPAÑOL (ESPAÑA))
= 53 veces|

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Marcos Garcia Neira, Universidade de São Paulo

- Pós-Doutorado Universidade do Minho e Pós-Doutorado Universidade Estadual de Campinas. - Doutorado em Educação. - Mestrado em Educação.

Referências

Alviano Júnior, W. (2011). Formação inicial em Educação Física: análises de uma construção curricular. (Tese doutorado em educação). São Paulo: Universidade de São Paulo, Faculdade de Educação.

Apple, M. W. (2003). Educando à direita: mercados, padrões, Deus e desigualdade. São Paulo: Cortez/IPF.

Daolio, J. (2010). A Educação Física escolar como prática cultural: tensões e riscos. In J. Daolio (Coord.), Educação Física escolar: olhares a partir da cultura (pp. 5-18). Campinas: Autores Associados.

Foucault, M. (2006). A ordem do discurso. São Paulo: Loyola, 2006.

Garcia, R. L., & Moreira, A. F. B. (2008). Começando uma conversa sobre currículo. In R. L. Garcia & A. F. B. Moreira (Org.), Currículo na contemporaneidade: incertezas e desafíos (pp. 7-39). São Paulo: Cortez.

Neira, M. G. (2009). Desvelando Frankensteins: interpretações dos currículos de Licenciatura em Educação Física. Revista Brasileira de Docência, Ensino e Pesquisa em Educação Física, 1(1), 118-140.

Neira, M. G., & Kondratiuk, C. Ch. (2013). Memórias de Cibele: caminos trilhados, experiências corporais e identidade docente. Brasil: Phorte Editora.

Neira, M. G., & Lippi, B. G. (2012). Tecendo a colcha de retalhos: a bricolagem como alternativa para a pesquisa educacional. Educação & Realidade, 37(2), 607-625.

https://doi.org/10.1590/S2175-62362012000200015

https://doi.org/10.1590/S2175-62362012000200015

https://doi.org/10.1590/S2175-62362012000200015

Nelson, C., Treichler, P. A., & Grossberg, L. (2008). Estudos Culturais: uma introdução. In T. T. Silva (Org.), Os alienígenas na sala de aula: uma introdução aos Estudos Culturais em educação. Petrópolis: Vozes.

Nunes, M. L. F. (2011). Sobre Frankenstein, Monstros e Ben 10: fragmentos da formação em Educação Física. (Tese doutorado em educação). São Paulo: Universidade de São Paulo, Faculdade de Educação.

Popkewitz, T. S. (2008). Uma perspectiva comparativa das parcerias, do contrato social e dos sistemas racionais emergentes. In M. Tardif & C. Lessard, O ofício do professor (pp. 244-245). Petrópolis: Vozes.

Silva, T. T. (1996). Identidades terminais: as transformações na política da pedagogia e na pedagogia da política. São Paulo: Vozes.

Silva, T. T. (2007). Documentos de identidade: uma introdução às teorías do currículo. Belo Horizonte: Autêntica.

Sodré, M. L., & Neira, M. G. (2011). A formação de professores de Educação Física na Universidade de São Paulo: análise das experiências de estágio disciplinar. Cadernos de Educação Física: Estudos e Reflexões, 10(19), 11-18.

Tardif, M. (2005). O trabalho docente: elementos para uma teoria da docência como profissão de interações humanas. Petrópolis: Vozes.

Torres Santomé, J. (2011). O cavalo de Troia dos conteúdos curriculares. In M. W. Apple, W. Au, & L. A. Gandin, Educação crítica: análise internacional (pp. 82-98). Porto Alegre: Artmed.

Vieira, R. A. G. (2013). Identidades docentes no Ensino Superior de Educação Física: recorte da cidade de Sorocaba. (Dissertação mestrado em educação). São Paulo: Universidade de São Paulo, Faculdade de Educação.

Woodward, K. (2000). Identidade e diferença: uma introdução teórica e conceitual. In T.T. Silva (Org.), Identidade e diferença: a perspectiva dos Estudos Culturais (pp. 7-72). Petrópolis: Vozes

Publicado

2014-06-30

Como Citar

Neira, M. G. (2014). Os currículos que formam professores de Educação Física e a Síndrome de Estocolmo: explicações para o choque com a realidade. Educación Física Y Deporte, 33(1), 51–71. https://doi.org/10.17533/udea.efyd.v33n1a04

Edição

Seção

Artigos de pesquisa

Artigos Semelhantes

1 2 3 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.