Aprender para ou aprender com? Avaliar se avaliando para uma avaliação de língua inglesa otherwise

Autores

DOI:

https://doi.org/10.17533/udea.ikala.v27n3a10

Palavras-chave:

avaliação, ensino de língua inglesa, letramento crítico, decolonialidade, avaliação otherwise, ELI

Resumo

Somos dois professores engajados com o ensino de língua inglesa (ELI) por uma perspectiva crítica. Como muitos outros professores de língua, nós temos sentido muito desconforto ao longo de nossas carreiras profissionais, quando temos que avaliar alguém. Alunos, por sua vez, também vivenciam o desencadeamento de emoções como insegurança e impostura ao enfrentar um teste. Isso acontece pois ainda há um predomínio de pressupostos estruturalistas, modernos e positivistas no ensino, e mais evidentemente, na avaliação. Nesta realidade, voltamos nossa atenção para avaliação de uma forma mais crítica, tentando desenvolver um projeto que desafie os paradigmas tradicionais, hegemônicos e normativos de avaliação no eli, propondo uma alternativa otherwise. Desse modo, em um centro de línguas de uma universidade federal no Brasil, decidimos explorar uma forma diferente de avaliar pedindo para os alunos criarem booklets colaborativamente durante um semestre. Neste artigo, apresentamos e refletimos sobre nossa abordagem. Concluímos argumentando que a avaliação pode ser vista como um movimento de avaliar se avaliando, uma prática caracterizada pela reflexividade de professores e alunos no decorrer do processo.

|Resumo
= 353 veces | HTML (ENGLISH)
= 6 veces| | PDF (ENGLISH)
= 238 veces| | VISOR (ENGLISH)
= 9 veces|

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Camila Haus, Federal University of Paraná

PhD Student, Post-Graduation Program in Letters (ppgl/ufpr), Universidade Federal do Paraná, Paraná, Brazil.

João Victor Schmicheck, Federal University of Paraná

PhD Student, Post-Graduation Program in Letters (ppgl/ufpr), Universidade Federal do Paraná, Paraná, Brazil.

Referências

Albuquerque, M. L., & Haus, C. (2020). Decolonialidade e inglês como língua franca: diálogos com professores brasileiros. Cadernos do Instituto de Letras, 61, 181–208. https://doi.org/10.22456/2236-6385.103202

Back, M., Han, M., & Weng, S. A. (2020). Emotional scaffolding for emergent multilingual learners through translanguaging: Case stories. Language and Education, 34(5), 387–406. https://doi.org/10.1080/09500782.2020.1744638

Benesch, S. (2012). Considering emotions in critical English language teaching: Theories and praxis. Routlegde. https://doi.org/10.4324/9780203848135

Canagarajah, S. (2013). Translingual practice: Global Englishes and cosmopolitan relations. Routledge. https://doi.org/10.4324/9780203073889

Castro-Gómez, S., & Grosfoguel, R. (Eds.). (2007). El giro decolonial: reflexiones para una diversidad epistémica más allá del capitalismo global (21st Ed.). Siglo del Hombre.

Diniz de Figueiredo, E. H., & Martinez, J. (2019). The locus of enunciation as a way to confront epistemological racism and decolonize scholarly knowledge. Applied Linguistics, 42(2), 355–359. https://doi.org/10.1093/applin/amz061

Dovchin, S. (2021). Translanguaging, emotionality, and English as a second language immigrants: Mongolian background women in Australia. tesol Quarterly, 55(2), 1–27. https://doi.org/10.1002/tesq.3015

Duboc, A. P. M. (2007). A avaliação da aprendizagem de língua inglesa segundo as novas teorias de letramento. Fragmentos, 33, 263–277.

Duboc, A. P. M. (2019). Avaliação como aprendizagem e a educação linguística crítica. In D. M. Ferraz; C. J. Kawachi-furlan, (Eds.), Bate-papo com educadores linguísticos: letramentos, formação docente e criticidade (pp. 129–142). Pimenta cultural. https://doi.org/10.31560/pimentacultural/2019.249.129-142

Duboc, A. P., & Siqueira, S. (2020). elf feito no Brasil: Expanding theoretical notions, reframing educational policies. Status Quaestions, 19, 297–331.

Ejoy-English.com (2022). There’s no time for love, Charlie Brown. https://ejoy-english.com/go/video/why-good-grades-matter/4746.

Freire, P. (1987). Pedagogia do oprimido (17th Ed.). Paz e Terra.

García, O; Ascenzi-Moreno, L. (2016). Assessment in schools from a translanguaging angle. In S. Ptashnyk, R. Beckert, P. Wolf-Farré, M. Wolny (Eds.)., Gegenwartige Sprachkontakte im Kontext der Migration (pp. 119–130). Universitatsverlag, Heidelberg. https://ebooks-fachzeitungen-de.ciando.com/img/books/extract/3825375412_lp.pdf

Grosfoguel, R. (2011). Decolonizing post-colonial studies and paradigms of political-economy: Transmodernity, decolonial thinking, and global coloniality. Transmodernity: Journal of Peripheral Cultural Production of the Luso-Hispanic World, 1(1), 1–38. https://doi.org/10.5070/T411000004

Haus, C. (2019). Inglês como língua franca e prática translíngue: uma perspectiva possível. Versalete, 7(12), 51–71.

Haus, C. (2021). “Is it a test of marking ‘x’?” Identificando e interrogando a colonialidade na avaliação no ensino de inglês. Caminhos em Linguística Aplicada, 25(2), 144–164.

hooks, b. (1994). Teaching to transgress: Education as the practice of freedom. Routledge. https://doi.org/10.3366/para.1994.17.3.270

Jenkins, J. (2020). Where are we with elf and language testing? An opinion piece. elt Journal. 74(4), 473–479. https://doi.org/10.1093/elt/ccaa045

Jordão, C. (2006). O ensino de línguas estrangeiras: de código a discurso. In V. Vaz Boni, (Ed.), Tendências contemporâneas no ensino de línguas (pp. 1–9). Kaigangue.

Jordão, C. M. (2014). Pedagogia de projetos e língua inglesa. In M. S El Kadri; T. P. Passoni; R. Gamero (Eds.), Tendências contemporâneas para o ensino de língua inglesa: propostas didáticas para a educação básica. (pp. 17–52). Pontes.

Jordão, C. M. (2019). O lugar da emoção na criticidade do letramento. In D. M. Ferraz; C. J. Kawachi-Furlan (Eds.), Bate-papo com educadores linguísticos: letramentos, formação docente e criticidade. (pp. 58–66). Pimenta Cultural. https://doi.org/10.31560/pimentacultural/2019.249.58-66

Jordão, C. M; Diniz de Figueiredo, E. H; Martinez, J. Z. (2020). Trickstering applied linguistics with Pennycook and Makoni: Transglobalizing North and South. Trabalhos em Linguística Aplicada, 59(1), 834–843. https://doi.org/10.1590/010318136403415912020

Kramsch, C. (2009). The multilingual subject. Oxford University Press.

Kress, G. (2010). Communication: shaping the domain of meaning. In G. Kress. Multimodality: a social semiotic approach to contemporary communication (pp. 32–53). Routledge.

Kubota, R. (2012). The politics of eil: Toward border-crossing communication in and beyond English. In A. Matsuda. Principles and practices of teaching English as an international language (pp. 55–69), Multilingual Matters. https://doi.org/10.21832/9781847697042-006

Martinez, J. Z. (2014). Uma experiência autoavaliativa no nap-ufpr: Práticas de avaliação ressignificadas. In M. S. Retorta; K. B. Mulik. (Eds.), Avaliação no ensino aprendizagem de línguas estrangeiras: diálogos, pesquisas e reflexões (pp. 227–243), Pontes Editores.

Maturana, H. R., & Varela, F. J. (1980). Autopoiesis and cognition: the realization of the living. Reidel. https://doi.org/10.1007/978-94-009-8947-4

Menezes de Souza, L. M. T. (2011). O professor de inglês e os letramentos do século xxi: métodos ou ética? In C. M. Jordão; J. Z. Martinez; R. C. Halu (Eds.). Formação “desformatada” práticas com professores de língua inglesa (pp. 279–303) Novas Perspectivas em Linguística Aplicada, 15, Pontes Editores.

Menezes de Souza, L. M. T., & Duboc, A. P. M. (2021). De-universalizing the decolonial: Between parentheses and falling skies. Gragoatá, 26(56), 876–911. https://doi.org/10.22409/gragoata.v26i56.51599

Mignolo, W. (2021, September). Languaging and coloniality: A decolonial take. dela 2021: Decoloniality and Applied Linguistics [Oral presentation]. Curitiba, Paraná. https://www.youtube.com/watch?v=kbX0-L2EOfg

Mignolo, W. & Walsh, C. E. (2018). On decoloniality: concepts, analytics, praxis. Duke University Press. https://doi.org/10.1215/9780822371779

Rocha, C. H. (2019) Educação linguística na liquidez da sociedade do cansaço: o potencial decolonial da perspectiva translíngue. delta, 35(4), 1–39. https://doi.org/10.1590/1678-460x2019350403

Shohamy, E. (2011). Assessing multilingual competencies: adopting construct valid assessment policies. The Modern Language Journal, 95(3), 418–429. https://doi.org/10.1111/j.1540-4781.2011.01210.x

Siqueira, S. (2015). English as a lingua franca and elt materials: Is the “plastic world” really melting. Current perspectives on pedagogy for English as a lingua franca (pp. 239–257). De Gruyter. https://doi.org/10.1515/9783110335965.239

Siqueira, S. (2018). Inglês como língua franca não é zona neutra, é zona transcultural de poder: Por uma descolonização de concepções, práticas e atitudes. Línguas e Letras, 19(44), 93–112. https://doi.org/10.5935/1981-4755.20180027

Sousa Santos, B. (2007). Para além do pensamento abissal: das linhas globais a uma ecologia de saberes. Novos Estudos, 79, 71–94. https://doi.org/10.1590/S0101-33002007000300004

Vogel, S., & García, O. (2017). Translanguaging. Oxford research encyclopedia (pp. 1–21). Oxford University Press. https://doi.org/10.1093/acrefore/9780190264093.013.181

Artista: Laura Carolina Osorio Villa

Publicado

2022-09-16

Como Citar

Haus, C., & Schmicheck, J. V. (2022). Aprender para ou aprender com? Avaliar se avaliando para uma avaliação de língua inglesa otherwise. Íkala, Revista De Lenguaje Y Cultura, 27(3), 764–782. https://doi.org/10.17533/udea.ikala.v27n3a10