« Les outils du maître ne démantèleront jamais la maison du maître » : analyse discursive d’une traduction marginale
DOI :
https://doi.org/10.17533/udea.ikala.v26n2a03Mots-clés :
intervention linguistique, littérature afro-diasporique, traductions marginales, femmes noires, racismeRésumé
Dans la conférence intitulée « The Master’s Tool Will Never Dismantle The Master’s House » (1984), l’écrivaine afro-américaine Audre Lorde affirme qu’il est impératif de créer de nouveaux outils contribuant à la déconstruction du racisme qui, historiquement, subalternise divers groupes sociaux. Sur la base de cette proposition, nous utilisons comme référence l’analyse du discours de Maingueneau et Bakhtin, en particulier l’intervention linguistique de Rocha, et nous nous appuyons sur le concept de traduction de Bassnett et Lefevere comme réécriture pour réfléchir quant aux effets de la subjectivité sur les traductions qui, pour être produites par des personnes appartenant à des groupes marginalisés, ont la possibilité de subvertir la logique des traductions faites par les grandes maisons d’édition. Ainsi, nous analysons la traduction en portugais du discours de Lorde par Tatiana Nascimento – femme, noire et lesbienne –, dans le but de discuter de nouvelles possibilités de construction de réalités et de subjectivités qui peuvent être produites à partir de ce que nous appelons des « traductions marginales ».
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